9:18Ele vem aí!

O ex-presidente Jair Bolsonaro deverá desembarcar no Paraná na segunda quinzena de agosto em seu tour de campanhas eleitorais. A previsão é que dará força a candidatos de 160 municípios. Por aqui ele vai a Foz do Iguaçu Cascavel e Londrina.

 

8:42Leitores do velho Graça

por Guilherme Tauil, no Portal da Crônica Brasileira

Em janeiro deste ano, a obra de Graciliano Ramos entrou em domínio público, e alguns de seus romances já chegaram de cara nova às prateleiras. Até o momento, no entanto, não se tem notícia de reedições dos seus livros de crônicas. Embora a prosa curta do alagoano seja ofuscada pela longa, suas crônicas sobreviveram ao tempo e foram compiladas nos volumes póstumos Linhas tortas e Viventes das Alagoas, ambos de 1962.

Três dos nossos cronistas aqui do Portal escreveram sobre Graciliano, sendo Rubem Braga o mais chegado no assunto. Não é pra menos, já que os dois foram vizinhos durante alguns meses de 1937, no Rio de Janeiro. Braga morava numa pensão da rua Corrêa Dutra, 164, no Catete, e levou o colega para lá. Um lugar barato era exatamente o que ele buscava, sem dinheiro para bancar o aluguel de uma casa e já angustiado por estar hospedado com a esposa na casa de José Lins do Rego, no Humaitá. Graciliano tinha saído da prisão recentemente e, depois de longos 10 meses e 10 dias confinado, contava com a ajuda de amigos para se reerguer, física e moralmente.

Ao chegar na pensão, segundo seu biógrafo Dênis de Moraes, Graciliano se queixou do cheiro de carne frita que exalava da cozinha – “Isto aqui parece pior que a Casa de Detenção!”, disse –, mas acabou ficando. Além de Braga mais a esposa Zora Seljan, outros jovens intelectuais, como Moacir Werneck de Castro e Lúcio Rangel, compunham a vizinhança. Toda noite eles se juntavam em algum quarto, já que não havia sala comunitária, para conversar sobre literatura, discutir política, jogar xadrez e beber cachaça.

Foi naquele quartinho pequeno, de duas camas, duas cadeiras, um armário velho de pinho e uma mesinha bamba escorada por um grosso dicionário, que Graciliano se recompôs da violência carcerária e botou Vidas secas no papel. Em “Memórias”, uma resenha sobre o livro Memórias do cárcere, Braga escreve sobre a prisão arbitrária do amigo, sem deixar de apontar os agentes responsáveis por tal perseguição política, inclusive o presidente Getúlio Vargas, de quem Graciliano, pelo menos nesse período, era um confesso admirador.

“O que o livro narra é desumano, é torpe”, escreve Braga. Além de seu valor de “reportagem terrível”, Memórias do cárcere é escrito com “a crispada força” do velho Graça, que “se debruça sobre o animal humano sujeito às piores provas”. Para o cronista, é neste livro que Graciliano se prova, “mais do que em qualquer outro, um grande escritor”.

Em 27 de outubro de 1942, por ocasião de seu cinquentenário, Graciliano foi homenageado com um jantar solene, no qual recebeu um prêmio de 5 mil cruzeiros pelo conjunto de sua obra, oferecido pela Sociedade Felipe de Oliveira. Diversos artistas, intelectuais e políticos se reuniram no restaurante Lido, em Copacabana, nesse ato que tentava reparar um pouco as humilhações que o escritor tinha sofrido na prisão. Rubem Braga não compareceu, mas enviou o belo “Discurso de um ausente”, em que saudou sobretudo a atuação política do amigo, sempre combatendo “a tolice que brilha em público”.

De passagem, Rachel de Queiroz comentou a cerimônia na crônica “Graciliano”, um pouco admirada pelos relatos de que ele tinha recebido as homenagens graciosamente e até feito discursos, o que contrastava com sua imagem de “esquisito, esquivo, muitas vezes tão malcriado quanto qualquer dos seus personagens”. A cronista não queria, com isso, “censurar-lhe as esquisitices, a misantropia, as esquivanças”, pois o escritor já tinha alcançado a glória literária e não precisava cortejar a amizade de ninguém. Afinal, diz Rachel, se toda a literatura brasileira sumisse num acaso sobrenatural e só sobrassem os livros de Graciliano Ramos, sua obra seria suficiente para comprovar que “nossa literatura não existira em vão”. Continue lendo

7:57Dino quer acabar com a festa das ‘emendas pizza’

por Bruno Boghossian, na FSP

Decisão no STF sobre emendas de comissão esvazia ferramenta de poder da turma que manda no Congresso

O Congresso brincou de ignorar uma decisão do STF. Depois que o tribunal proibiu as emendas de relator, a turma da Câmara e do Senado trocou a moeda corrente. Em 2023, repartiu entre parlamentares quase R$ 7 bilhões em emendas de comissão. Neste ano, já foram R$ 10 bilhões.

O dinheiro foi distribuído em nome das comissões do Congresso, mas quem definiu o destino da verba foram deputados e senadores escolhidos por quem manda: Arthur Lira (PP)Davi Alcolumbre (União Brasil), Marcelo Castro (MDB) e Eduardo Braga (MDB). Eles fatiaram o que se chamava de “emenda pizza”.

O STF tolerou esse balcão de negócios por tempo demais. Nesta quarta (1º), o ministro Flávio Dino empurrou a corte na direção do que pode ser a asfixia da farra das emendas.

Dino ordenou que o Congresso pare de descumprir o que o STF determinou quando pôs fim às emendas de relator. Ele proibiu que a partilha dos bilhões das emendas de comissão seja feita às escondidas, sem expor critérios de divisão ou identificar os responsáveis pelas indicações.

A decisão esvazia uma ferramenta de poder importante. O controle absoluto sobre a divisão do dinheiro permitiu que chefes do Congresso garantissem a lealdade de outros parlamentares e reduzissem sua dependência em relação ao Executivo.

O acerto garantiu a sustentação de Jair Bolsonaro, que assinava os cheques preenchidos pelos parlamentares. O governo Lula não foi inocente na história, porque pagou a conta do Congresso nesses últimos 18 meses. O petista, por outro lado, trabalhou para que o STF fechasse a torneira.

Dino determinou também o cumprimento de novas regras para as chamadas “emendas Pix”, depositadas nos caixas de prefeituras e estados mesmo quando não estão vinculadas a nenhum projeto específico. O ministro ordenou ainda uma auditoria nos pagamentos feitos nos últimos anos. De uma vez, dificultou o repasse desse presente para os redutos eleitorais dos parlamentares e ainda ameaçou chamar a polícia para acabar com a festa.

7:44Torre Eiffel

por Millôr Fernandes

  • Basta olhar; a Torre Eiffel é uma ponte que não deu certo.
  • Torre Eiffel – uma monstruosidade arquitetônica com o qual o conformismo se maravilha.

7:39JORNAL DO CÍNICO

Do Filósofo do Centro Cínico

Não é de se duvidar que, no meio da campanha para prefeito, os principais candidatos se reúnam secretamente para se perguntar: “Como é que vai ser”. Depois de muita discussão, chegarão à conclusão de que, sem ter uma solucionática, o melhor mesmo é deixar para o povão decidir no voto.

7:32Falta pouco para a coisa

por Marcos Barrero, de São Paulo

Parece que tá longe, mas tá perto. Dentro de dois meses, seremos obrigados, pela ditadura da lei, a sair de casa, brigar por vaga pra botar o carro, encarar uma puta fila, subir e descer escada, errar a sala, discutir com o mesário e – o que é pior – ainda escolher candidato. Ou seja: assinar um doc em branco em nome de uns tipos que a gente só viu nas fotos dos santinhos e no divertido horário eleitoral. Como se não tivéssemos nada melhor pra fazer no feriado.
Considerando que os nomes pra prefeito são balas perdidas, costumo ficar atento à lista dos candidatos a vereador. Ontem mesmo saíram os 45 nomes dispostos a defender o povo pela brava e ilibada legenda do União Brasil. Só gente fina, de primeira linha. A médica Nise Yamagochi, defensora da cloroquina, o ex-BBB/Jovem Pan/”poeta” Adrilles Jorge, a rainha dos bichinhos Luísa que é um Mel de pessoa, entre outros pares. Mas acho que vou depositar minha confiança na Zilu Zezé. Ou até ela, pós-graduada no assunto, pode me trair?

7:08As 20 leis da civilização

por Carlos Castelo

A civilização moderna é esse espetáculo de progresso e conveniência, onde a tecnologia promete simplificar nossas vidas e a rotina diária deveria ser uma dança harmoniosa entre a eficiência e a tranquilidade. No entanto, o universo parece ter um senso de humor bastante cruel, rege nosso dia a dia com uma série de leis imutáveis e irritantes. Tais leis não são encontradas em nenhum livro de direito, mas são aplicadas com precisão quase divina. Aqui estão as 20 leis que governam nossa existência na era contemporânea, um conjunto de regras inescapáveis que tornam a vida um teste constante de resiliência. Elas parecem ter sido criadas para testar a sanidade mental, lembrando-nos, de forma sardônica, que não importa o quão avançada seja nossa tecnologia, o caos sempre encontra uma maneira de se infiltrar. Prepare-se para reconhecer as verdades universais da civilização moderna. Mas uma coisa é certa: não adianta se revoltar ao lê-las; lei é lei e estamos aqui para acatá-las.

A primeira lei: os fones de ouvido só se enrolam quando você está com pressa.
A segunda lei: o Wi-Fi só cai durante aquela reunião importante.
A terceira lei: as chaves desaparecem apenas quando você está atrasado.
A quarta lei: as baterias dos controles remotos sempre acabam no meio do filme.
A quinta lei: o semáforo fica vermelho só quando você está com dor de barriga.
A sexta lei: os objetos sempre caem nos lugares mais difíceis de alcançar.
A sétima lei: a fila do supermercado é mais longa quando você tem poucos itens.
A oitava lei: os post-its importantes sempre caem quando você mais precisa deles.
A nona lei: as notificações do celular chegam apenas quando você está tentando se concentrar.
A décima lei: os elevadores toda vez estão no andar oposto ao seu.
A décima-primeira lei: produtos vendidos em sacos plásticos não podem ser abertos, nem com os dentes.
A décima-segunda lei: a impressora só trava quando você precisa imprimir algo urgente.
A décima-terceira lei: os pacotes de salgadinhos sempre abrem espalhando tudo.
A décima-quarta lei: as ferramentas que você precisa desaparecem no momento exato em que você precisa delas.
A décima-quinta lei: o café acaba quando você necessita dele para se manter acordado.
A décima-sexta lei: as ideias brilhantes surgem apenas quando você não tem caneta e papel para anotar.
A décima-sétima lei: o ônibus acaba passando um minuto antes de você chegar ao ponto.
A décima-oitava lei: a chuva começa quando você sai sem guarda-chuva.
A décima-nona lei: os amigos sempre ligam quando você está ocupado ou no banheiro.
A vigésima lei: o celular invariavelmente cai com a tela para baixo.

(Publicado no O Dia)

16:31O exemplo de Rebeca

Do comentarista esportivo

Rebeca Andrade, a segunda melhor ginasta do mundo, deveria ser exemplo para o futebol brasileiro que não participa da Olimpíada de Paris no masculino e, no feminino, dá até tristeza de ver em campo. A menina de Guarulhos (SP), filha de uma doméstica que criou oito filhos, além do talento, nunca demonstrou ter o “complexo de vira-lata” criado por Nelson Rodrigues e que tanto atrapalha os brazucas que já entram perdendo em qualquer competição internacional. Rebeca hoje foi prata, mas é ouro.

16:00Holofote no orçamento secreto

O ministro Flávio Dino colocou um holofote em cima da destinação de verbas do tal orçamento secreto. Primeiro determinou que a Controladoria Geral da União faça uma auditoria nos repasses de emendas parlamentares que beneficiaram organizações não governamentais de 2020 a 2024. Também determinou que a indicação do repasse de emenda para estados e municípios tenha vinculação federativa, ou seja, o senador ou deputado federal só pode destinar a verba para o estado que o elegeu. Diante disso, e com a campanha eleitoral esquentando,  tem gente com lupa para saber se a deputada federal Rosângela Moro ou qualquer outro parlamentar paranaense cumpriram a regra. Isso é política!

15:16Campanha sobre tabagismo e doenças crônicas

Da Agência Estadual de Notícias

Doenças crônicas e tabagismo são o foco da campanha estadual para a saúde do homem

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) lançou nesta quinta-feira (1º) a campanha estadual Agosto Azul para a conscientização da população masculina da importância em manter hábitos de vida mais saudáveis. Com o tema “Prevenção de Doenças Crônicas e Tabagismo”, a iniciativa reforça o quanto a prevenção e promoção da saúde contribuem para melhorar as condições de vida do homem e o acesso aos serviços de saúde para enfrentamento dos fatores de risco e redução da mortalidade por doenças crônicas.

https://www.aen.pr.gov.br/Noticia/Doencas-cronicas-e-tabagismo-sao-o-foco-da-campanha-estadual-para-saude-do-homem