11:14O bar do PL

PL bar não é o que vocês estão pensando. Era do Pedro Lauro. Quando resolveu disputar a prefeitura, tascou lá o slogan: “Acorda Curitiba”. E completou: “Pedro Lauro, uma ótima opção”. O cartaz foi pregado numa das paredes do bar – e lá ficou para sempre.

10:55Reajuste para três

Da assessoria de imprensa da Alep

O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Ademar Traiano (PSD), promulgou nesta segunda-feira (05) o reajuste sobre os vencimentos dos servidores do Poder Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas. Os valores de 8,03% da recomposição correspondem às perdas inflacionárias no período de um ano, definido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Incluem-se os servidores ativos e inativos dos quadros efetivos e os cargos em comissão. O ato de promulgação foi realizado ao final da sessão plenária no gabinete da Presidência e contou com a participação de presidentes e diretores dos sindicatos que representam os servidores dos poderes.

9:48Slogan

Do Analista dos Planaltos

Até os que não entendem de marketing, entenderam tudo. Quem viu o slogan de Pimentel se assustou. “Eduardo tá preparado” pareceu forçado.

8:04NELSON PADRELLA

PARA MEU AMIGO JEAN-ARTHUR RIMBAUD

Para onde vamos, capitão, na nave bêbada
nesta noite do mais escuro escuro?
Os marinheiros jogaram-se no mar
assustados por um medo mais que medo
Não são prados com flores e perdizes
estas ondas que nos querem naufragar
Tudo é escuro: o mar, a noite, a alma
que já sabe que vai mostrar-se à Morte
As madeiras se quebram, rasgam-se os panos
e o barco bêbado brinca em seu naufrágio

7:50Editorial do Estadão ataca Rosangela Moro

Editorial de hoje do jornal O Estado de São Paulo tem como alvo a deputada federal Rosangela Moro, candidata a vice-prefeita de Curitiba na chapa de Ney Leprevost. O título e o complemento resumem a pancada:

Oportunismo escancarado

Mal se elegeu deputada por SP, Rosangela Moro torna a transferir título para Curitiba para se candidatar a vice-prefeita, caso que ilustra o esvaziamento da representação eleitoral

A  íntegra do que pensa o jornal: Continue lendo

7:26Colheita de votos

Beto Richa desistiu da candidatura a prefeito e disse que vai ficar neutro na campanha. Para quem vai os votos do tucano? Juntando lé com cré, não dá para esquecer que a primeira tentativa do deputado federal se fortalecer para a disputa foi o inesperado encontro com Jair Bolsonaro, cacique maior do PL. Logo… Eduardo Pimentel e sua tropa estão esfregando as mãos na expectativa da colheita de votos. A conferir.

7:15Reconhecimento

por José Maria Correia

Parece ter sido necessário que quatro jovens espetaculares atletas negras conquistassem sete das onze medalhas olímpicas do Brasil para que o conjunto da sociedade brasileira despertasse em reconhecimento e aplausos ao sacrifício e a capacidade de superação e de luta de quem vence em condições de competição tão desiguais e vindo das periferias.

Que esses olhares de admiração e reconhecimento se estendam e sigam em solidariedade para além das quadras esportivas e das arquibancadas e continuem no cotidiano em substituição aos preconceitos das chamadas classes sociais divididas por poderes aquisitivos.

 

7:05A postura do governo Lula para com a Venezuela está correta

por Joel Pinheiro da Fonseca, na FSP

O Itamaraty acerta ao se limitar à cobrança das atas de votação antes de se pronunciar

Maduro roubou e levou. É uma triste constatação, mas a esta altura já é praticamente certa. A oposição teve mais votos, conforme pode ser comprovado nos mais de 80% das atas eleitorais a que ela teve acesso e que disponibilizou online, com as devidas assinaturas e QR Codes. Já o regime segue se recusando a apresentar quaisquer atas e, dado que é tecnicamente difícil falsificá-las, deve seguir assim, inventando alguma desculpa que não convencerá ninguém.

Enquanto isso, grande parte dos países americanos e europeus se prontificou a não reconhecer a vitória de Maduro. Alguns, como os EUA, reconhecem a vitória de seu opositor. Já o Brasil tem adotado uma postura mais cautelosa: não reconhece vitória nenhuma e se limita a pedir muito educadamente as benditas atas eleitorais que estão com o CNE (Conselho Nacional Eleitoral).

Agora, um grupo de ex-chefes de Estado espanhóis e latino-americanos —membros da Iniciativa Democrática de España y las Américas (Grupo Idea)— cobra uma postura mais dura do Brasil. O Brasil não é um país que valoriza a democracia? Então, qual a dificuldade em condenar em voz alta aquilo que está óbvio para o mundo inteiro?

Naquilo que descreve da farsa eleitoral comandada por Maduro, o Idea diz a mais pura verdade. Quando, no entanto, questiona a conduta brasileira, afirma algo questionável: “Admitir tal precedente [o escândalo das eleições venezuelanas] ferirá de morte os esforços que com tanto sacrifício seguem sendo feitos nas Américas para sustentar a tríade da democracia, do Estado de Direito e dos direitos humanos”.

Ora, julgam os signatários que, se o Brasil se juntar ao coro dos demais, Maduro deixará o poder? Isso já foi tentado antes e já sabemos a resposta. Nem notas de repúdio, nem corte de relações, nem sanções econômicas conseguirão tirar Maduro do poder. A única coisa que potências externas como EUA poderiam fazer para mudar o regime é uma intervenção militar. Mas quem seria louco o bastante para embarcar numa aventura tão obviamente desastrada?

O fato incontornável é que, depois de um breve engodo eleitoral, a ditadura Maduro seguirá no poder como sempre esteve. Sabendo disso, é preciso decidir como interagir com ela.

Cortar relações diplomáticas —a consequência inevitável de se denunciar publicamente a fraude— em nada nos ajudaria. Temos interesses em comum com a Venezuela —na compra de energia, no controle das fronteiras, no pagamento de dívidas e diversas outras questões que podem surgir. Assim como negociamos sem problemas com ditaduras como China e Arábia Saudita, podemos negociar com ela.

Lembremos, ademais, que Maduro pode estar isolado no continente, mas segue próximo de China e Rússia, que terão tanto mais influência sobre o regime quanto menos influência tivermos nós e demais países americanos. É isso que desejamos?

Nosso erro, olhando para trás, foi a pretensão ingênua de que poderíamos pôr fim à ditadura. Agora que está claro o fiasco do plano, cumpre manter as relações. O problema é que, para chegar a essa nova normalização, teremos que dar uma resposta pública à pergunta sobre quem venceu o pleito de 2024.

Itamaraty acerta ao se limitar à cobrança das atas antes de se pronunciar. Não se confunda essa postura com as falas improvisadas de Lula e as manifestações do PT, todas vergonhosas e desnecessárias. Mas mesmo essa postura acertada tem data de validade. Em algum momento ficará claro que as atas não virão mesmo, e aí restará ao governo utilizar alguma desculpa para continuar considerando legítimo o governo Maduro. É o preço de nossa pretensão ingênua de que poderíamos pôr fim à ditadura diplomaticamente. Dado esse erro original, o Itamaraty agora faz o melhor que dá.