10:54Direita, esquerda e o Mineirinho

Excelente artigo de Vanderlei Rebelo destrincha em brasileiro como vai ser a disputa eleitoral de Bolsonaro x Moro na eleição para prefeito de Curitiba entre os da direita empolgada. Por aqui se complementa com uma teoria: ao longe, a turma da esquerda só olha e esfrega as mãos para a trombada cause estrados. Parecida com o Mineirinho da piada que espera a hora certa para depois do bafafá para… bem, deixa pra lá.  Confira:

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10:36Despesas com publicidade em ano eleitoral podem ser fiscalizadas pelo TCE-PR

O Tribunal de Contas do Paraná informa:

O Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) consolidou, em decisão proferida em processo de revisão do seu Prejulgado nº 13, o entendimento de que os limites referentes às despesas com publicidade em ano eleitoral podem ser objeto de fiscalização pelo Tribunal, por dizerem respeito a atos de gestão praticados na gerência de recursos públicos.
A decisão foi tomada com base nos termos dos artigos 70 da Constituição Federal e 75 da Constituição do Estado do Paraná, em relação aos limites fixados no artigo 73, inciso VII, da Lei Federal nº 9.504/97, com redação dada pela Lei nº 14.356/22.
A alteração foi promovida em razão da aprovação da Resolução nº 95/22 do TCE-PR, resultante dos trabalhos da Comissão do Programa de Avaliação de Contas Municipais de Governo (ProGov). De acordo com essa resolução, a análise das contas anuais passou a se voltar para os atos de governo, abrangendo, além dos aspectos orçamentários, contábeis, financeiros e patrimoniais orçamentários, contábeis e fiscais, a avaliação de políticas públicas.
Assim, em relação aos atos de gestão relacionados a despesas específicas, como é o caso dos gastos com publicidade, as possíveis irregularidades de que se tenha conhecimento no exame das contas ou em outros expedientes deverão ser analisadas em procedimentos próprios, com ampla instrução e possibilidade de se incluir outros gestores. Continue lendo

9:34Medalhas da isenção

Os medalhistas olímpicos do Brasil terão isenção de imposto de renda nos prêmios que vão receber. O Gaiato da Boca Maldita acha que a ninguenzada que ganha medalha de ouro todo dia na modalidade sobrevivência na selva, no mínimo deveria estar isenta do aumento do imposto.

8:48Naquele dia, quando cheguei em casa

por Mário Montanha Teixeira Filho

Cheguei em casa. Passava pouco do meio-dia. No calendário, 12 de janeiro de 2005. Tudo em ordem, a não ser por uma circunstância que me perturbou: eu não tinha pai. Era um homem sem pai. Meu pai morto vinte quatro horas antes da minha aflição. Meu pai que havia tão pouco tempo falava comigo, seus olhos em mim. Azuis de um mar caribenho. Olhos serenos de contemplação.

Um pedaço da minha existência parecia perdido. E a tristeza, que era profunda, ganhou a companhia da lembrança. Eu me vi menino outra vez. Meu pai, herói da Segunda Guerra, e as suas muitas histórias. Grandes combates, odisseias na neve e chumbo cruzando os ares, há de se pensar. Mas não foi assim que a guerra se expressou nas palavras do meu pai. Por ele, eu conheci um mundo repleto de crônicas, o cotidiano de gente que levava para o estrangeiro as suas angústias, os seus sonhos, a sua juventude. Uma guerra feita por homens – carne, osso e paixão. E contada por quem enxergou no fundo das relações humanas um valor fundamental. Meu pai foi capaz de transformar guerra em poesia. Chorar pelos que não voltaram, acompanhar a trajetória de cada um.

Lembro-me da primeira vez que o vi se derramar em lágrimas, no aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro. A fortaleza que sempre me protegeu estava frágil. Dava com os nomes de alguns ex-combatentes e se emocionava diante da dura realidade da morte. Eram seus companheiros que tombaram, irmãos da campanha da Itália. Assustei-me até compreender, quando a infância já estava longe, o significado daquele instante. No monumento aos pracinhas, o pranto era de um soldado que quebrou as regras da hierarquia militar para salvar uma vida. E que, entristecido, observou a interrupção de outras vidas. O pranto de quem pensou e realizou o simples: a vida acima dos regulamentos; a vida, criação divina, acima das invenções do homem; a vida para ser vivida; o homem para ser feliz.    

O herói da guerra foi o meu herói de todos os dias. Meu pai. Não repartimos as mesmas convicções, não torcemos pelo mesmo time, não ouvimos as mesmas músicas, não lemos necessariamente os mesmos livros, não reverenciamos os mesmos mártires, não seguimos a mesma doutrina. Foi ele, porém, o meu professor definitivo. Deu-me exemplo de sinceridade, de respeito às pessoas que amou, de honestidade intelectual e paz de espírito. Poeta mais do que advogado, pensador mais do que político. Assim foi. Assim é.

Então, volto a refletir e me corrijo. Não sou um homem sem pai. Nunca serei. Meu pai é presença em cada gesto meu. Meu pai sempre estará comigo. Filho, carrego o seu nome. Não sei se me cabe, mas tenho orgulho.

Mário Montanha Teixeira, agora, quando retornar à minha casa, saberei que estás vivo.

8:32Para favelas

A Itaipu vai distribuir R$ 24,5 milhões em 36 meses a 100 favelas do Paraná, conforme convênio feito com a Central Única das Favelas (Cufa-PR). Por ele fica-se sabendo que Curitiba e Região Metropolitana têm 60. As outras 40 são de cidades do Interior, entre os quais Londrina e Maringá. Sobre esta última ficou no ar uma dúvida porque um dos orgulhos dos moradores da Cidade Canção é bater no peito e dizer que lá não existe este tipo de aglomeração habitacional.

8:21JORNAL DO CÍNICO

Do Filósofo do Centro Cínico

Daniel Ortega, o ditador da Nicarágua, expulsou o embaixador brasileiro do país. Em Brasília só se ouve no Palácio do Planalto a seguinte choradeira: “Não se fazem mais revolucionários como antigamente”.

8:09Areia e ordem unida

Está entrando areia na expansão das escolas cívico-militares como quer o capitão Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo. A Justiça mandou suspender o projeto. No Paraná a garotada continua tranquila na ordem unida.

7:59Enquanto isso, em Brasília

  • As despesas do Judiciário devem aumentar dos R$ 56,11 bilhões deste ano para R$ 59,95 bilhões no ano que vem. O sistema custa 1,6% da renda do Brasil, maior gasto entre 53 países ricos e emergentes, quatro vezes mais que que a média apurada pela FSP.
  • Flavio Dino, ministro do STF, deu a ordem, mas Câmara e Senado responderam que é impossível identificar os autores das emendas de comissão, as que teoricamente são distribuídas pelas comissões temáticas do Congresso. Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, disse que é impossível rastrear o caminho do dinheiro porque no Legislativo não existe a figura do “patrocinador”, Os parlamentares das duas Casas decidem, sem transparência  nenhuma, R$ 50 bilhões do orçamento.

7:06Aja, presidente!

por Célio Heitor Guimarães

Vem cá, companheiro-presidente. Achegue-se à roda de pinhão. Sirva-se de um sapecado. E pegue um para a Janja. Tem também cozido. É uma iguaria aqui da terra dos pinheirais.

Agora, responda com sinceridade: que vacilo é esse em relação à “reeleição” de Nicolás Maduro? Foi uma farsa e o amigo sabe disso. Maduro é um patifório comprovado. E o amigo também sabe disso. Há 11 anos tortura o povo venezuelano, dominando as Forças Armadas e o Poder Judiciário através de agrados nenhum pouco republicanos, manipulando recursos públicos, inviabilizando candidaturas oposicionistas, calando a imprensa, constrangendo funcionários públicos e aprisionando e matando opositores. É um ditador sanguinário e cruel. Zombou até mesmo de V. Exª. quando mandou-lhe tomar um chazinho de camomila diante da sua preocupação. E afirmou que as eleições brasileiras não são auditadas – repetindo a imbecilidade bolsonarista.

Meu prezado Lula, você já cometeu enorme asneira ao convidar Maduro para a sua posse e dar-lhe tratamento preferencial. Agora, trata-o com mesuras, dizendo que a eleição foi “normal” e pedindo a apresentação das atas. Nunca as receberá. Já foram consumidas, depois de o ditador haver sido declarado reeleito antes do término da votação, sendo empossado no mesmo dia, sem que fosse divulgada nenhuma comprovação de vitória.

Acrescente-se que o Carter Center, o mais importante observador eleitoral independente do pleito na Venezuela – se não o único – concluiu que o processo eleitoral no país não pode ser considerado democrático. Países como os Estados Unidos, Costa Rica, Equador, Peru e Uruguai afirmaram, já no primeiro momento, a existência de fraude e não reconheceram a vitória de Maduro.

O candidato oposicionista Edmundo Gonzáles também se proclamou eleito, com base em boletins eleitorais em posse da oposição. Foi apoiado pela líder oposicionista Maria Corina. O Ministério Público da Venezuela, também controlado pelo chavismo, abriu investigação contra a dupla por provocação de insurreição.

Com sua atitude dúbia, Luiz Inácio, você tem se mostrado mero vassalo de Maduro – como disse o colunista Ricardo Rangel na revista Veja. E isso é péssimo. Para você próprio e para o Brasil. 

O PT já se precipitou reconhecendo não só o pleito eleitoral venezuelano como também a vitória de Maduro. Mas o que se poderia esperar de um partido dirigido por Gleisi Hoffmann?

Lula tem amargado queda de popularidade. Nas últimas pesquisas, não conseguiu mais de 33% de aprovação. Os eleitores que lhe deram a vitória em 2022, andam meio decepcionados. Se apoiar Nicolás Maduro contra o povo venezuelano, chancelando a vergonhosa e escancarada fraude eleitoral da Venezuela e ignorando, inclusive, pedido expresso de 30 ex-presidentes da América Latina e da Espanha, estará colocando em risco a eleição de 2026. É uma derrota que se desenha.

Há momentos em que se precisa ser firme e forte, companheiro-presidente. Este é um deles. A questão é “delicada”? É. É “complicada”? É. Mas tem de ser enfrentada. Não há interesse político ou diplomático que supere a falta de democracia e liberdade.

16:56Coleção

O Gaiato da Boca Maldita quer colecionar as pesquisas que são proibidas de divulgação. Acha que, no final das contas, pode ter em mãos uma que seja confirmada pelas urnas. Quer saber se, depois da eleição, poderá divulgar sem risco de pagar uma multa com dinheiro que não tem.