8:15JORNAL DO CÍNICO

Do Filósofo do Centro Cínico

Durante a campanha eleitoral, no Brasil inteiro os candidatos apresentam propostas e discutem o transporte coletivo para o povão. Aí, como último esforço para ganhar os votos consagradores, fazem carreatas em cima de caminhonetes que valem mais do que o dinheiro que um usuário vai ganhar a vida inteira.

7:42Fernandinho

Depois de dois meses por contusão, Fernandinho voltou a jogar pelo Atlético Paranaense na vitória de 3 a 0 sobre o Cruzeiro ontem na Baixada, resultado que afastou um pouco o fantasma do rebaixamento para a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro. Ele entrou no segundo tempo, foi ovacionado pela torcida e em 25 minutos provou que é mesmo o maestro de um time que, sem sua presença, fica perdido em campo, com os jogadores batendo cabeça. Fernandinho tem 39 anos. Se quiser, pode vestir a camisa rubro-negra até os 50. A presença dele em campo é inspiradora e ilumina companheiros e a torcida.

7:28Pesquisa sobre pesquisas

As três pesquisas divulgadas ontem apontaram o nome de Eduardo PImentel (PSD) como o mais provável para ser eleito prefeito de Curitiba. Hoje as urnas vão revelar também se os institutos que as produziram ganharam mais credibilidade – ou não. Sabe-se que nos levantamentos internos feitos pelo comando da campanha de Pimentel, os números de ontem foram bem parecidos com os expostos sob autorização da Justiça Eleitoral. A conferir.

6:49Capitais terão novo teste do antibolsonarismo no segundo turno

por Bruno Boghasian, na FSP

Urnas vão ajudar a medir intensidade e durabilidade de sentimento de rejeição ao rótulo de Bolsonaro

O segundo turno em algumas capitais vai ajudar a medir a intensidade e a durabilidade do antibolsonarismo. A existência desse sentimento no nível local pode ser considerada um sinal de que a rejeição não se limita à figura de Jair Bolsonaro, que impactou a eleição de 2022, e afeta candidatos que abraçam o rótulo político do ex-presidente.

O desempenho forte de candidatos bolsonaristas nestas eleições municipais reforçou a leitura de que o ex-presidente ainda é capaz de dar impulso a personagens de sua órbita ideológica. A passagem para o segundo turno, por outro lado, evidencia que esse benefício muitas vezes vem acompanhado de uma espécie de restrição antimajoritária.

Alguns candidatos conseguirão superar essas barreiras, a depender das características das disputas e das condições locais. Mas o antibolsonarismo já apareceu, em alguma medida, no segundo turno de cidades como Curitiba, Fortaleza, Belo Horizonte e Cuiabá, onde a presença de nomes muito afinados com o ex-presidente estimula a união de grupos de eleitores em torno de adversários de linhas políticas variadas.

O sentimento do eleitor toma três formas diferentes. Em Curitiba, a presença de Cristina Graeml, alinhada a posições radicais que vão da antivacinação ao golpismo, empurra uma fatia dos eleitores para o campo de Eduardo Pimentel, candidato de direita que foi renegado por Bolsonaro. Numa segunda vertente, a reação ajuda um nome de centro, como é o caso de Belo Horizonte.

Em Fortaleza e Cuiabá, candidatos bolsonaristas chegaram ao segundo turno bem posicionados para enfrentar nomes do PT. Fingiram suavizar a própria filiação à plataforma do ex-presidente, mas não conseguiram anular uma dose de rejeição que ampliou o apoio aos adversários de esquerda —algo especialmente notável na capital de um reduto conservador como Mato Grosso.

Ao longo de anos, o antipetismo se consolidou como fator que influencia o comportamento de eleitores a partir de circunstâncias específicas, como o perfil dos candidatos e os valores presentes na disputa. A rejeição a bolsonaristas atravessa um processo semelhante, que passará por mais um teste neste segundo turno.

19:47Quaest: Pimentel 55% e Graeml 45% dos votos válidos

Do G1PR

Quaest em Curitiba, votos válidos: Pimentel tem 55% e Graeml, 45%

Número é calculado com base em votos válidos, forma como o TSE divulga resultado oficial das eleições. Para o cálculo, foram consideradas as intenções de voto da pesquisa, o padrão e o perfil de comparecimento eleitoral em Curitiba. Margem de erro é de 3 pontos para mais ou para menos.

A pesquisa Quaest, encomendada pela RPC e divulgada neste sábado (26), com os votos válidos da disputa para a Prefeitura de Curitiba, mostra o candidato Eduardo Pimentel (PSD) com 55% e Cristina Graeml (PMB) com 45%.

A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Este é o cenário estimulado, ou seja, os nomes e partidos dos candidatos são apresentados para os entrevistados.

Conforme a legislação eleitoral, votos válidos são aqueles dados diretamente a um determinado candidato ou a um partido. Os votos nulos e os em branco não são considerados válidos.

A pesquisa Quaest, contratada pela RPC, realizou 1.002 entrevistas com eleitores de 16 anos ou mais entre os dias 25 e 26 de outubro. A margem de erro máxima para o total da amostra é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número PR-00452/2024.

Como é definido o valor dos votos votos válidos da pesquisa Quaest

Para calcular os votos válidos, que é a forma como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulga o resultado das eleições, a Quaest levou em consideração as intenções de voto da pesquisa, o padrão e o perfil de comparecimento eleitoral na cidade de Curitiba.

Além disso, nos votos válidos, considera também o nível de probabilidade de os eleitores saírem de casa para votar, ou seja, o nível de engajamento dos eleitores de cada candidato – é o modelo likely voter, que considera eleitores com maior propensão a votar.

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19:28AtlasIntel: Eduardo Pimentel tem 57,5% e Cristina Graeml 42,5% dos votos válidos

Da CNN Brasil

Eleição em Curitiba: Pimentel tem 57,5% e Graeml, 42,5% em votos válidos, diz AtlasIntel

Foram ouvidos 1.221 eleitores entre os dias 20 e 25 de outubro; margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos

A última pesquisa AtlasIntel antes do segundo turno mostra Eduardo Pimentel (PSD) na liderança contra Cristina Graeml (PL) na disputa pela Prefeitura de Curitiba.

Em votos válidos – quando se excluem brancos, nulos e indecisos –, Pimentel tem 57,5% das intenções de voto. Graeml aparece com 42,5%, segundo o levantamento, divulgado neste sábado (26).

A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Foram ouvidos 1.221 eleitores da cidade de Curitiba pela AtlasIntel, por recrutamento digital aleatório, entre os dias 20 e 25 de outubro. O nível de confiança é de 95%.

A pesquisa, contratada pelo próprio instituto, foi registrada na Justiça Eleitoral como PR-08211/2024.

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17:35A escolha

Não pergunte a um torcedor atleticano se ele acha mais importante a vitória do time dele sobre o Cruzeiro logo mais na Baixada ou a de quem vai escolher na urna na eleição de amanhã.

7:16Como o eleitor racional deve agir?

por Hélio Schwartsman, na FSP

Num mundo hiper-racional, o mais vantajoso seria não sair de casa, mas não vivemos num mundo hiper-racional

Como o eleitor racional deve agir neste domingo (27)? Se o Brasil adotasse o voto facultativo, a resposta seria simples: não votar. Mas, como por aqui o comparecimento é em tese obrigatório, é necessário fazer uma conta antes de chegar a uma conclusão.

Se os seus custos com transporte mais o preço que você atribui a seu tempo excederem R$ 3,51 (valor da multa por turno perdido), fique em casa ou vá passear e depois regularize sua situação com a Justiça Eleitoral. Dá para fazer tudo pela internet, em tempo inferior ao que você levaria para votar.

Como imagino que existam leitores revoltados com este “conselho”, eu me explico. Não estou sugerindo que a política não seja importante nem que todos os candidatos se equivalham. Ela é importantíssima e perfil ideológico e características individuais dos eleitos fazem diferença. O que não faz é o seu voto.

A menos que você more numa cidade muito pequena onde a disputa seja acirradíssima, é desprezível a probabilidade de o seu voto individual alterar o resultado. Quem quiser maximizar sua utilidade, uma definição comum de racionalidade, deve empregar seus recursos em outras atividades.

A questão é que, para o bem e para o mal, não vivemos num mundo hiper-racional. Se vivêssemos, não haveria tanto desperdício, o que permitiria resolver o problema da fome. Também não cairíamos em armadilhas do tipo “tragédia dos comuns”, o que facilitaria o enfrentamento da mudança climática. O próprio populismo não teria espaço para prosperar, já que as pessoas fariam contas antes de acreditar em promessas vazias.

Por outro lado, num mundo 100% racional, ninguém daria gorjeta num restaurante a que não pretende voltar e esposas abandonariam seus maridos doentes para ficar com um parceiro saudável. Sob o primado da utilidade máxima, sempre vale a pena roubar a carteira do melhor amigo, se tivermos garantia de não ser apanhados.

Mas divago. Meu ponto é mais simples. Como é zero a chance de ninguém aparecer para votar, não há necessidade de instituições autoritárias como o voto obrigatório.