7:42Um gelo

Se juntar todas as homenagens prestadas a Silvio Santos nas redes e canais de televisão do país, ele entra de novo para o livro de recordes. Isso foi ontem, quando morreu. Hoje será o enterro, mas começou a pancadaria em jornais e sites que colocaram holofotes em cima do seu bem sucedido lado empresarial. Faz parte. O homem que deixou uma fortuna avaliada em mais de US$ 1 bilhão e 4 mil funcionários no grupo de empresas que levava o nome dele, foi muito bem definido por quem o conhecia de perto e revelou numa das dezenas de entrevistas feitas sobre sua personalidade: “Um gênio carismático, simpático, alegre no palco, nos bastidores da televisão, nas ruas e em casa – mas nos negócios… era um gelo”.

7:25O troféu da Lava Jato

Renato Duque, ex-diretor de serviços da Petrobras, foi preso ontem pela Polícia Federal. Estava foragido há 12 dias. Foi condenado a 39 anos de prisão pela Justiça Federal. Não pode recorrer. É o único “troféu” que restou para a Operação Lava Jato – aquela que pintou, bordou e acabou com o juiz no Senado, depois de ser ministro, e o procurador como estrela de partido político, mas cassado.

 

6:56STF se meteu onde não deve e virou vidraça

por Elio Gaspari, na FSP

Combate às armações do bolsonarismo perdeu com blindagem a Alexandre de Moraes

Faz tempo, o juiz Sergio Moro ainda não era um campeão nacional com a Lava Jato, que encarnaria as aspirações gerais, encarcerando empreiteiros larápios.

Julgava-se um habeas corpus e o ministro Gilmar Mendes disse o seguinte: “O juiz é órgão de controle no processo criminal. Tem uma função específica. Ele não é sócio do Ministério Público e, muito menos, membro da Polícia Federal”.

Isso aconteceu em maio de 2013. Gilmar Mendes condenava o comportamento de Moro.

Num exercício de passadologia, imagine-se que Gilmar e dezenas de advogados que criticavam a conduta de Moro tivessem prevalecido.

Os excessos da Lava Jato teriam sido contidos. O juiz de Curitiba ficaria no seu quadrado e não viria a ser ministro de Bolsonaro. O Ministério Público teria calçado as sandálias da humildade e tudo correria dentro da normalidade e dos ritos judiciais.

Se as coisas tivessem corrido assim, 11 anos depois, o Supremo Tribunal Federal não viria a anular penas impostas a delatores confessos. A Lava Jato não terminaria como terminou.

Passaram-se 11 anos da fala de Gilmar e, com outras características, a onipotência reapareceu. Os repórteres Fabio Serapião e Glenn Greenwald expuseram mensagens trocadas em 2022 por dois servidores (um deles lotado no gabinete de Alexandre de Moraes).

Fora dos ritos judiciais, combinavam ações do TSE para abastecer processos do STF. Iam de combate à divulgação de notícias falsas a ameaças contra Moraes. Coisa de partidários de Jair Bolsonaro.

As impropriedades não saíram do texto dos repórteres, mas sobretudo de falas do juiz Airton Vieira, assessor de Moraes no Supremo.

Por exemplo: “Formalmente, se alguém for questionar, vai ficar uma coisa muito descarada, digamos assim. Como um juiz instrutor do Supremo manda [um pedido] pra alguém lotado no TSE e esse alguém, sem mais nem menos, obedece e manda um relatório, entendeu? Ficaria chato”.

Ficou chato. Moraes blindou-se e defendeu as condutas.

Nos dias seguintes, o ministro foi defendido pelo presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, por Gilmar Mendes e Cármen Lúcia, mais o procurador-geral Paulo Gonet. Como era de esperar, entraram no bloco ministros de Lula.

A defesa de Moraes assemelhou-se a uma carga dos elefantes cartagineses. Todos exaltaram as reais virtudes do ministro, a que se deve a normalidade da eleição de 2022. (Se Alexandre Moraes não tivesse ameaçado prender Silvinei Vasques, sua Polícia Rodoviária continuaria bloqueando eleitores no Nordeste.)

Barroso disse que fabricava-se uma “tempestade fictícia”. Gilmar foi além satanizando intenções: “A censura que tem sido dirigida ao ministro Alexandre, na sua grande maioria, parte de setores que buscam enfraquecer a atuação do Judiciário e, em última análise, fragilizar o próprio Estado democrático de Direito”.

Sem dúvida, mas, como era o caso de 2013, lhes é garantido o respeito aos ritos do Judiciário.
Foi exemplar a fala de Cármen Lúcia, atual presidente do TSE. Elogiou Moraes e seu papel na última eleição e deixou uma lição: “Todas as condutas dos presidentes devem ser formais para garantir a liberdade do eleitor”.

(Uma boa parte dos ministros do STF ficou em silêncio, mas essa é outra história.)

O Supremo virou vidraça. Mete-se onde não deve e uma maioria apertada de seus ministros enfeitam farofas internacionais levando escoltas para o circuito Elizabeth Arden. Outro bloco defende qualquer conduta dos colegas.

Esse é o jogo jogado, mas é um mau jogo. O combate à corrupção perdeu vigor pela onipotência da República de Curitiba e da blindagem que lhe foi dada, inclusive pela imprensa.

O combate às mentiras e armações do bolsonarismo perdeu com a blindagem dada a Alexandre de Moraes.

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17:35Depois que os lábios se fecham

de Jamil Snege

Para onde vai o canto,
depois que os
lábios se fecham?
Para onde vai a prece,
depois que o coração silencia?
E os rostos que amamos
para onde vão, senhor,
depois que nossas
pupilas se transformam
em gotas de lama?
Ontem vi uma andorinha
que devia ter uns
cinco milhões de anos.
Será que eu também
sobreviverei
ao que restar de mim?

15:37A gratidão de Ratinho Junior

Da Agência Estadual de Notícias

Governador Ratinho Junior lamenta morte do apresentador Silvio Santos

O governador Carlos Massa Ratinho Junior lamentou a morte do apresentador e dono do SBT Silvio Santos neste sábado (17). Para Ratinho Junior, o Brasil perdeu um de seus maiores gênios. “Silvio, a você a minha eterna gratidão: agradecimento por fazer os lares do Brasil sorrirem. Gratidão por um dia você ter apostado no talento do meu pai, o apresentador Carlos Massa, o Ratinho. A minha família jamais esquecerá do seu comprometimento conosco”, declarou o governador.

https://www.aen.pr.gov.br/Noticia/Governador-Ratinho-Junior-lamenta-morte-do-apresentador-Silvio-Santos

10:16Silvio Santos, adeus

Da FSP

Morre Silvio Santos, figura mitológica do SBT e da televisão brasileira, aos 93

Dono e apresentador da emissora tinha enorme faro para o comércio e gigantesco talento para a comunicação

Silvio Santos, dono e apresentador do SBT, morreu neste sábado, aos 93 anos. Também empresário, ele estava internado na UTI do hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ainda não há informações sobre a causa da morte, o velório e o sepultamento.

“Hoje o céu está alegre com a chegada do nosso amado Silvio Santos. Ele viveu 93 anos para levar felicidade e amor a todos os brasileiros. A família é muito grata ao Brasil pelos mais de 65 anos de convivência com muita alegria”, disse o SBT em nota publicada nas redes sociais.

“Para nós, Senor Abravanel é ainda mais especial e somos muito felizes pelo presente que Deus nos deu e por todos os momentos maravilhosos que tivemos juntos. Aquele sorriso largo e voz tão familiar será para sempre lembrada com muita gratidão. Descansa em paz, que você sempre será eterno em nossos corações.”

Orgulhoso de sua intuição, Silvio Santos construiu uma das carreiras mais bem-sucedidas e ao mesmo tempo insólitas da história da televisão brasileira. Sem ligação com políticos nem vínculo com algum grupo empresarial, dizia ser o único dono de TV que gostava realmente de TV.

Fato raro na indústria do entretenimento, foi por quase cinco décadas apresentador e proprietário de sua emissora de televisão. Dono de uma fortuna estimada em cerca de R$ 6 bilhões, chegou a ser sócio majoritário de mais de 30 empresas, mas dizia não saber nem o endereço de algumas delas.

Mais do que um pseudônimo para Senor Abravanel —nome verdadeiro do apresentador, filho de imigrantes judeus de origem turca e grega—, Silvio Santos deu vida a um personagem com uma mitologia própria, lapidada com carinho ao longo de décadas.

Lendas e histórias reais se confundem de tal forma que chega a ser temeroso fazer afirmações categóricas de cunho biográfico. Veja, por exemplo, o caso de Jassa, cabeleireiro que o apresentador frequentou regularmente desde a década de 1970 para evitar os fios brancos.

Em muitas reportagens, Jassa é apontado como o “melhor amigo” de Silvio, tendo até influenciado em decisões artísticas e empresariais do cliente, como a contratação de Raul Gil, em 2010, entre outras façanhas lendárias que o tempo transformou em verdades.

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9:59Paranavaí na Cinemateca

Assim veio:

📍Cinemateca de Curitiba | 18/08/24 às 19h (Domingo) | Exibição pública e gratuita

Preciso Te Contar Uma Coisa
Francisca Brüning Schiroff pode ter sua vida celebrada por diferentes esferas. Para os moradores de um distrito no interior do Paraná, é uma referência enquanto professora e feirante. Mas ela também é responsável por um acervo de valor inestimável: registros da vida e memória da região. Entre cartas, fotografias e vídeos, o filme realiza um mergulho em suas recordações.

Grupo Gralha Azul – História e Memória
Documentário sobre a história do Grupo Gralha Azul, grupo que surgiu no ano de 1977, na cidade de Paranavaí – PR, a partir de movimentos culturais como o Teatro Estudantil de Paranavaí (TEP) e o Festival de Música e Poesia de Paranavaí (FEMUP). O curta apresenta a trajetória do grupo, bem como fatos marcantes que ocorreram durante seus quase 50 anos de existência.

9:52Igual!

O Gaiato da Boca Maldita acha que se o Congresso passar a rever as decisões do STF, tal coisa poderá ser comparada à invasão e depredação da Corte Suprema pelos ensandecidos de 8 de janeiro – só que com os ministros dentro.

9:48Ã?

Na guerra entre o Legislativo e o Judiciário do andar de cima, quem vai pagar o pato é a ninguenzada – que nem desconfia o que é PEC e garante jamais ter um orçamento secreto pra chamar de seu.