14:09Margarita Sansone, adeus

Do Paraná Político

Morreu agora há pouco, em Curitiba, a primeira dama da capital paranaense, Margarita Sansone, mulher do prefeito Rafael Greca. Havia vários meses ela vinha se tratando de um câncer. Na semana passada, o prefeito divulgou nota revelando a doença da esposa e pedindo orações pela recuperação dela. Na abertura de sua reunião, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa prestou homenagem a Margarita.

Margarita Sansone tinha 77 anos, era jornalista e economista formada pela Universidade Federal do Paraná, estudou Arqueologia e História da Arte na Escola Dante Alighieri, em Roma. Também foi professora de Língua e Literatura Francesa.

Fundadora e presidente da FAS (Fundação de Ação Social de Curitiba), foi presidente da Fundação Cultural de Curitiba e Assessora da Casa Civil do Governo do Paraná e do MOM – Museu Oscar Niemeyer. Desde 2017, exerce a função de Consultora Estratégica voluntária da Prefeitura de Curitiba.

Ela já foi homenageada na Câmara Municipal de Curitiba por ter sido responsável pela criação do Instituto Pró-Cidadania de Curitiba (IPCC), da FAS-SOS e de outros programas da área de atendimento social. Manteve durante anos um portal de notícias sobre política, economia e turismo; e até hoje é dedicada às causas humanitárias, especialmente as que defendem os direitos das mulheres e das pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social.

Como gestora da FAS, na década de 1990, realizou diversos programas, como Vale Vovó, SOS-Idoso, FAS-SOS, Carrinheiro-Cidadão, Educadores de Rua, SOS Mulher, Vila de Ofícios, Pousada de Maria, Casa da Acolhida e do Regresso, Direito de Família, Tudo Limpo, FAS Trabalho, Liceus e Linhas de Ofícios, Linha Sopão, Farmácia Caseira, além de coordenar a relocação de famílias de áreas de risco e a organização das comunidades de baixa renda.

Como presidente do IPCC implantou as lojas Leve Curitiba, o Vale-Creche, a Linha da Cidadania, o Refeições Curitibanas, lançando o primeiro restaurante popular do Brasil. Com intensa atuação na área cultural, Margarita presidiu também a Fundação Cultural de Curitiba, quando fundou o Museu de Fotografia da Cidade de Curitiba, o segundo da América Latina, e promoveu mostras de arte, cinema e música.

11:32Alexandre Curi e o licantropo

Enviado por Paulo Sergio Moreira:

O genro do Luiz Mussi esteve em Curiúva e se encontrou com o Lobisomem!!!
Dirceu Lobisomem é candidato a vereador.
Ambos têm algo em comum:
– Bisavôs eram árabes;
– Pertencem ao PSD do Ratinho JR e do atual Ministro da Agricultura;
– Têm parentes vice-prefeitos (Eduardo Pimentel, vice de Curitiba, é primo da Paula Mussi, e o Tuíl Ajuz vice-prefeito de Curiúva é primo do Lobisomem).

Olha os “brimo” no banco da praça:

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10:11Dalton Trevisan volta ao palco no ano do centenário

Da Agência Estadual de Notícias

Em fase de seleção, próxima montagem do Teatro de Comédia homenageará Dalton Trevisan

O Centro Cultural Teatro Guaíra está com um edital de chamamento aberto para atores e atrizes profissionais para composição de elenco da próxima montagem do Teatro de Comédia do Paraná (TCP), a ser realizada em 2025. O edital já foi publicado e prevê a contratação de 12 profissionais, com pagamento de R$ 25 mil para cada. O período de inscrição vai até 30 de setembro deste ano.

Esta montagem do Teatro de Comédia do Paraná será uma grande homenagem ao maior contista vivo do País, o curitibano Dalton Trevisan, que em junho de 2025 completará seus 100 anos de vida. Uma reativação do TCP desde 2019, já que a peça “TodoMundo”, com direção de Rodrigo Portela, não chegou a estrear, pois começaria na semana em que o teatro fechou as portas devido à pandemia, em 2020.

https://www.aen.pr.gov.br/Noticia/Em-fase-de-selecao-proxima-montagem-do-Teatro-de-Comedia-homenageara-Dalton-Trevisan

10:06Os dois de Foz

Em Foz do Iguaçu a tropa do general Silva e Luna (PL) está crente que Paulo Mac Donald (PP) chegou ao topo nas pesquisas e a tendência é um avanço do adversário para levar a disputa ao segundo turno. A conferir.

8:31Lembranças pequenas

por Mário Montanha Teixeira Filho

Algumas lembranças me vêm quando dou de cara com o cenário político que abriga o mundo contemporâneo. Lembranças e dúvidas. Tento entender o que acontece agora, mas não encontro nada de essencialmente novo, nada de emoção, nada de saudade. Desligo a tevê e procuro um caderno de jornal que – subitamente percebo – não existe mais. Fico um pouco sem rumo, e me distraio ao abrir um livro cujas folhas abrigam letras quase incompreensíveis, anotações que rabisquei muito tempo atrás.

Meu pensamento, então, volta ao Brasil do fim dos anos 1970, quando eu buscava, em panfletos semiclandestinos ou nos jornalões diários, notícias sobre o novo sindicalismo. Eram dias difíceis, de ameaças de retrocesso e arranjos legais absurdos. A ditadura, incomodada com as greves proibidas na região industrial de São Paulo, tentava sobreviver a qualquer custo, e não se constrangia em mudar as regras do jogo sempre que lhe convinha. 

Eu começava a ficar adulto, e meus olhos curiosos identificavam um movimento construído por operários de braços erguidos e mãos sujas de graxa, a desafiar a truculência das armas e a caretice dos milicos que haviam assaltado o poder. Os metalúrgicos de então carregavam uma esperança.

Esperança que levei para a faculdade de direito, numa época em que enxergávamos espiões nas salas de aula e ameaças de golpe de Estado que afinal não aconteceram. Sonhar coletivamente, naqueles dias, era uma expressão de liberdade. Nós estávamos vivendo a nossa juventude. E trabalhadores se juntavam a intelectuais e religiosos para fazer parte da história, formar um partido político e consolidar as transformações sociais desejadas. O futuro era logo ali, e a beleza estava em nossos rostos cheios de brilho e desejos. 

O País não seria mais o mesmo. O novo partido viria para ser instrumento de uma revolução. Ao menos era o que imaginávamos. A radicalização dos sonhos oferecia um caminho original e libertário – utópico? –, que nos animava. Por ela assinei uma ficha de filiação que não sei onde foi parar. Chegávamos perto do fim do curso, e o aborrecimento das aulas matinais perdia para as longas conversas na cantina, estendidas durante a tarde, já sob os efeitos dos muitos litros de cerveja consumidos ali mesmo. As primeiras eleições sob a estrutura partidária reformulada haviam acontecido um ano antes, em 1982. O socialismo estava na cabeça de uns gatos pingados, marginais políticos vigiados pela repressão, entre os quais eu me incluía com meus votos discretos.  Continue lendo

8:03A PEC da Anistia no colo de Moro

O senador Sergio Moro (União) votou a favor da PEC da Anistia dos partidos políticos que receberam multas em eleições passadas. O texto está sendo destrinchado pelos adversários dele no Paraná porque a briga para a eleição ao governo, em 2026, já começou. Um dos petardos estudados diz respeito ao uso de Caixa 2, uma das bandeiras do então juiz federal da Lava Jato que tratorava quem fazia uso de tal expediente. Agora, no caso da anistia, se uma multa de candidato puder mesmo ser paga pelo partido, ou seja, com dinheiro público, isso cai no colo do senador como uma pedra incandescente.

7:12O trem parou, mas vai seguir hoje

O trem da privatização da Ferroeste parou ontem depois da aprovação do plenário da Assembleia Legislativa. O deputado Arilson Chiorato  (PT) pediu vista ao parecer do líder do governo e o substitutivo, com emendas, foi para a Comissão de Constituição e Justiça. Em regime de urgência, o projeto volta hoje ao plenário e a base do governo vai aprová-lo de forma definitiva – do jeito que o Palácio Iguaçu sempre quis.