8:38Constelação na zona do agrião

Pode ser tudo, pode ser nada, mas a “Constelação Familiar” tem chance entrar de vez na disputa pela prefeitura de Curitiba nos debates que ainda faltam – a favor e contra, obviamente. Para quem não conhece, segue uma explicação publicada em reportagem da revista Superinteressante: “Sem aval do Conselho Federal de Psicologia, essa técnica se denomina uma terapia – mas é uma pseudociência baseada em misticismo e estereótipos de gênero”. A conferir.

8:04JORNAL DO CÍNICO

Do Filósofo do Centro Cínico

Terminou a briga entre o deputado estadual Ney Leprevost e o senador Sergio Moro? Que pena! Bem agora que estava esquentando… Mas há esperança de que em futuro breve eles voltem a se abraçar para convencer os eleitores, afinal, pertencem ao partido União Brasil.

7:52Na mesa do bar e no trânsito

Ontem, na mesa de um bar, a candidata à prefeitura de Curitiba foi atropelada pelo transporte público por unanimidade no grupo de amigos que se reúnem uma vez por mês. Depois, de volta pra casa, um deles fez a pergunta tradicional ao motorista do Uber sobre a disputa do segundo turno. Respondeu que tem ouvido de passageiros – e concorda, que ela pode ganhar porque seria a primeira prefeita da história capital. Resumo: a pesquisa que deu empate técnico tem sua lógica.

7:08O Washington Olivetto dos publicitários

por Carlos Castelo

“O melhor texto de publicidade que eu já vi era assim: uma foto colorida de uma garrafa de uísque Chivas Regal e,  embaixo,  uma  única  frase:  “O Chivas Regal dos uísques”… Em algum anuário de propaganda, desses que a gente folheia nas agências em busca de ideias originais na esperança de que o cliente não tenha o mesmo anuário, deve aparecer o nome do autor do texto. No dia em que eu descobrir quem é, mando um telegrama com uma única palavra.  Um palavrão.  Que tanto pode expressar surpresa quanto admiração, inveja, submissão ou raiva… Duvido que o autor da frase receba o telegrama. O cara que escreveu um anúncio assim não recebe mais telegramas. Não atende mais nem a porta. Não se mexe da cadeira. Não lê mais nada, não vê televisão, não vai a cinema e fala somente o indispensável.  Passa o dia sentado, de pernas cruzadas, com o olhar perdido. Alimenta-se de coisas vagamente brancas e bebe champanha brut em copos de tulipa. Com um leve sorriso nos cantos da boca.”

Essa é a abertura de uma crônica de Luis Fernando Verissimo chamada A Frase (Amor Brasileiro, 1977) – ainda do tempo do telegrama, mas o personagem bem poderia ser Washington Olivetto.

Quando me formei jornalista, atuei como copydesk em jornais durante nove anos. Uma de minhas funções era enriquecer matérias com declarações de personalidades. Uma delas era Washington Olivetto, que sempre atendia a imprensa e falava sobre qualquer tema.

Numas férias, levei esposa e o filho bebê para Petrópolis. Com um salário de 1000 cruzeiros, acabamos num hotel bem modesto. Na primeira manhã, Leonardo berrava no banheiro, e a mãe reclamava: “Você nos traz para um lugar que nem água quente tem!”

A fala me abalou. Desci ao lobby, acendi um cigarro e abri a Gazeta de Petrópolis. Lá estava uma entrevista com Washington Olivetto, falando sobre a abertura de sua agência W-GGK e como passou as últimas férias em Paris, no mesmo quarto onde viveu Oscar Wilde. E eu, naquela água fria de Petrópolis…

Ao voltar ao jornal, liguei para ele: “Aqui é o Castelo e o assunto de hoje é emprego”. Ele respondeu: “Estamos numa recessão e…” Expliquei melhor: “O assunto é o MEU emprego em publicidade.” Surpreso, ele me recebeu no dia seguinte. Disse-lhe que não tinha portfólio, apenas os discos do meu grupo, o Língua de Trapo, e as crônicas do Estadão. Ele reconheceu meu trabalho: “Você escreve de sexta, né? Eu leio! E, olha, eu não conseguiria redigir um texto desse tamanho com tanto humor e graça”.

Logo após, me indicou ao Clóvis Calia, diretor de criação da Ogilvy. Clóvis disse: “Sendo indicação do Washington, nem precisa mostrar nada. Quer vir? Vamos ver o salário.”

Pedi que fizesse uma oferta (os 1000 cruzeiros não me saíam da cabeça). Ele ofereceu 4.500 cruzeiros. Propus: “Podemos fechar em 5.000? Tenho superstição com números quebrados”. Ele aceitou, mas avisou que eu teria que começar logo. Respondi: “Começo amanhã”.

Um ano depois, ganhei dois Leões em Cannes — ouro e bronze — com os filmes Latas e Rodeio para a cola Araldite. Após as premiações, disse à esposa: “Daqui uns dias vamos de férias para um lugar friozinho, prepare a mala”. Fomos a Paris, onde nos hospedamos no mesmo quarto onde viveu Oscar Wilde.

6:31Como votar no segundo turno?

por Célio Heitor Guimarães

O Instituto Pro Democracia Para Sempre – Iprodes está lançando uma campanha contra a abstenção e os votos nulos e brancos no segundo turno da campanha eleitoral em Curitiba. Argumenta que a abstenção, no primeiro turno, foi de 27,7%, isto é, mais de 394 mil eleitores decidiram não votar, superando o percentual de eleitores que votarem em Eduardo Pimentel (313 mil) e em Cristina Graeml (291 mil).

Daniel Godoy Jr., que preside o Iprodes, só não explicou como deve fazer o eleitor curitibano, que, já no primeiro turno, com dez candidatos, não aceitou nenhum deles, agora com apenas dois.

Claro que é importante votar. Mas quando existem candidatos dignos da confiança do eleitor. Como deve proceder o eleitor, quando não existem? Isso o Iprodes (nem o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná) diz. 

Anular o voto é demonstração de ignorância, por certo. Mas o voto em branco é uma decisão válida e sólida para o votante que não se sensibiliza com nenhuma das opções apresentadas.

Por isso, não me parece justo nem aceitável culpar o eleitor pela abstenção. A prática é democrática e deve ser aceita com tranquilidade. Ou, talvez, apenas com preocupação.

Ao contrário do que alguns sustentam, o eleitor que vota em branco não se sente satisfeito com qualquer um dos candidatos. Por óbvio, é exatamente o contrário – nenhum dos candidatos lhe agrada. É uma forma de protesto, tal qual o voto nulo.

Se o total de votos nulos e em branco superar o total dos votos válidos, isso está a demonstrar a indignação do leitor e deveria forçar a realização de novas eleições, com novos candidatos. Lamentavelmente, porém, tal procedimento não é previsto na legislação vigente. Os atuais legisladores deveriam pensar no assunto.

Segundo Daniel Godoy Jr., a abstenção registrada no primeiro turno só perde para a eleição de 2020, quando 30% dos eleitores não foram votar. O presidente do Iprodes justifica o fato porque estávamos em plena pandemia. Pois continuamos, prezado Godoy. Se em 2020 enfrentávamos uma pandemia sanitária, em 2024 enfrentamos uma pandemia de inexistência de candidatos confiáveis.

Não se pode nem se deve atribuir isso ao eleitor. Não é ele o culpado se lhe oferecem opções inaceitáveis ao seu ver. E não se pode torná-lo refém de candidatos desprezíveis.

Com todo o respeito, até agora, Eduardo Pimentel apenas representa a continuidade da oligarquia chefiada por Rafael Greca, Ratão pai e Ratinho filho. Foi vice-prefeito durante oito anos, mas não tem nenhuma realização pessoal real para mostrar nesse tempo. Cristina Graeml é pior ainda. Jornalista por profissão, jamais integrou a administração pública. E caracteriza-se por repetir os bordões, a agressividade e as pataquadas criadas por seu ídolo, aquele cujo nome não se deve dizer ou escrever sob pena de castigo eterno.

16:34Torcida

Ao ver a pancadaria em praça pública entre o senador Sérgio Moro e o deputado estadual Ney Leprevost, o Gaiato da Boca Maldita não teve dúvida: “Neste caso, torço pela briga”.

16:28Tréplica para incendiar

Nota do deputado Ney Leprevost em resposta aos ataques do Senador Sérgio Moro

Em resposta aos ataques rasteiros e injustificados proferidos contra mim, e sem o menor cabimento também a familiar meu, pelo senhor Sérgio Moro , tenho a declarar, após buscar informações com diversas fontes jornalísticas e rememorar fatos, conclui que:

– Este senhor é um traidor contumaz.
– ⁠Traiu a magistratura utilizando-se dela para se promover pessoalmente com objetivo de conquistar cargo político.
– ⁠Traiu as Leis que jurou cumprir ao realizar tortura psicológica em réus e escutas telefônicas de legalidade questionável.
– ⁠Traiu as milhares de pessoas que saíram às ruas para apoiar a operação Lava Jato, abandonando sua função de juiz para ser ministro. Continue lendo

15:32Pendurados no Estado

Do blog do Noblat, no UOL

Uma família que se pendura no Estado para enriquecer: os Bolsonaros receberão, a partir de 2025, ao menos R$ 213 mil mensais em salários e mais R$ 58 mil em aposentadorias — R$ 271 mil no total, pagos integralmente com recursos públicos.

15:26Sergio Moro vai na goela de Ney Leprevost para responder ataque

Do Instagram do senador Sergio Moro

Ney Leprevost não conseguiu nem eleger o irmão vereador e quer, com mentiras na Folha de São Paulo, transferir a responsabilidade pelo fracasso de sua candidatura a prefeito a terceiros. A verdade é uma só: convidou e insistiu para que Rosângela fosse sua vice. Após um pedido da direção nacional do partido, entramos para ajudar, o que estancou a queda do candidato nas pesquisas. Mas não conseguimos prosseguir, pois nem eu, nem minha esposa ou o União Brasil nacional pudemos influenciar na campanha. O problema é que a população não aguenta mais a velha política de candidatos que se apresentam sem posições claras. Ney aventurou-se na busca por eleitores de todos os lados e junto com seu irmão recebeu nas urnas o que merecia. Repudio os ataques pessoais que fez contra mim, mas o recado a ele já foi dado pelo povo de Curitiba, povo este que agradeço pelo carinho e apoio que sempre me deu, seja no contato pessoal ou nas urnas, com os quase dois milhões de votos para o Senado.