16:00Debate no Plural

O site Plural vai realizar no dia 12 de setembro, quinta-feira, um debate entre os candidatos à Prefeitura de Curitiba. O evento tem a parceria da Universidade Federal do Paraná e da OAB/PR. O debate começa às 20h e terá duração de duas horas. Ele será realizado no Campus da UFPR no Jardim Botânico com transmissão ao vivo pelo YouTube. Confira:

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15:19Cadê?

Sergio Moro não aparece na campanha de Ney Leprevost (União) e Deltan Dallagnol (PSD) faz o mesmo na de Eduardo Pimentel. Uma víbora irônica do Centro Cívico acha que, pelo passado recente dos dois, devem estar tramando alguma coisa.

11:11JORNAL DO CÍNICO

Do Filósofo do Centro Cínico

Bozo e Marçal é nome de dupla de grande sucesso no país. Todo dia cada um deles pergunta ao espelho preferido: “Quem é mais psicopata do que eu?”

10:25JORNAL DO CÍNICO

Do Filósofo do Centro Cínico

A eleição para prefeito de Curitiba está tão previsível e devagar que já estão montando o comitê para a disputa do governo do estado em 2026 – e aí o bicho vai pegar porque tem mais de um do mesmo lado querendo assumir o terceiro andar do Palácio Iguaçu.

9:21Até outubro sem cortes de árvores

A obra e o consequente corte de árvores na avenida Arthur Bernardes estão mesmo suspensos como foi publicado aqui na sexta-feira passada. Agora há uma data limite para que, depois, a prefeitura defina o que fazer a respeito. Será o final da eleição que pode acontecer no primeiro ou segundo turno, ou seja, no dia 06 ou 27 de outubro. Os moradores e entidades que fazem movimento para evitar o corte das árvores têm este tempo para batalhar pela suspensão total do projeto feito para criar espaço para circulação de ônibus. A conferir.

 

8:12Delfim e sua pior cicatriz: os centros de tortura e morte da OBAN e do DOI-CODI

por Luiz Cláudio Cunha

Antônio Delfim Netto morreu em São Paulo na segunda-feira, 12 de agosto de 2024, aos 96 anos, depois de uma semana no hospital Albert Einstein por complicações de saúde. Menos pela idade avançada que tinha, o mais surpreendente de sua morte foi a enorme, vasta, generosa mortalha de superlativos usados para empacotar a gorda biografia do último protagonista da mais longa ditadura da História brasileira, que pretejou o país na treva de 21 anos entre 1964 e 1985.

Entre outros louvores, Delfim foi efusivamente condecorado como “o maior economista dos últimos 60 anos”, “o ministro da Fazenda mais poderoso da história republicana”, “artífice do ’milagre econômico’ do Governo Médici”, “o homem forte da economia na ditadura”, “voz ativa e respeitada no debate político e econômico na democracia”, “personalidade complexa e fascinante”, “inteligência exuberante”, “rapidez de raciocínio e arguta capacidade de análise”, “desconcertante pragmatismo”, “czar da economia”, “o mais completo pensador econômico do país”, “velho sábio”, “guru imprescindível”, “frasista mordaz” – um talento que seduzia jornalistas e colunistas que ele abastecia fartamente com o calculismo de um mecenas generoso e a candura de um amestrador metódico. Seus bordões de impacto – “manicômio tributário”, “tempestade perfeita” ou “estelionato eleitoral” – levavam à saciedade as colunas e editoriais mais esfaimados.

Delfim foi uma das criaturas mais longevas da ditadura que abraçou em tenra idade. Tinha apenas 35 anos quando veio o golpe de 1964. Um ano depois, sob a nova ordem militar, integrava um conselho que dava assessoria econômica ao governo de Castelo Branco, o primeiro dos cinco generais-presidentes, orientado por ministros de referência como Otávio Gouveia de Bulhões (Fazenda) e Roberto Campos (Planejamento). Em 1966, aos 37, era secretário da Fazenda do governador Laudo Natel, nomeado para cobrir a vaga de Adhemar de Barros, cassado pelo golpe. Tinha como colega de governo o coronel João Batista Figueiredo, comandante da Força Pública de SP. Elevou-se ao patamar federal em definitivo aos 38, revelando-se ao país como o novo ministro da Fazenda – o mais jovem estreante da Esplanada dos Ministérios na história republicana – na equipe do general Costa e Silva, o segundo presidente do rodízio militar. Começou então um inédito ciclo de sete anos de poder incontrastável sobrevivendo a três governos de generais – os três anos de Costa e Silva (1967-69), os três meses da Junta Militar que rendeu o presidente baqueado por um derrame em 1969 e os cinco anos do turbulento mandato de Emílio Médici (1969-1974).   Continue lendo