11:46JORNAL DO CÍNICO

Do Filósofo do Centro Cínico

Se as pesquisas continuarem a expor números que se chocam como uma valsa tocada ao mesmo tempo que uma música funk no salão, o eleitor curitibano vai chegar ao dia 06 de outubro informado de que os mais fortes candidatos podem ganhar e perder ao mesmo tempo.

11:19Paraná Pesquisas: Pimentel 32,1%, Ducci 16,0%, Leprevost 12,5% e Requião 10,9%

A Paraná Pesquisas divulgou hoje mais um levantamento sobre a corrida eleitoral para prefeito de Curitiba. Os números publicados no título acima são da pesquisa estimulada. Logo depois dos quatro candidatos citados, aparecem Cristina Graeml 6,0% , Maria Vitória 3,5% , Luizão Goulart  2,9% , Professora Andrea Caldas 1,00% , Samuel de Mattos 0,3% e Felipe Bombardelli 0,0%.

Confira: Curitiba_Set2024 – Mídia

De acordo com a Resolução-TSE n.º 23.600/2019, essa pesquisa está registradano Tribunal Superior Eleitoral sob o n.º PR-02748/2024 para o cargo de Prefeito.

10:59Adeus, mestre Mazza

por José Maria Correia

Expresso minha tristeza e sentimentos pela partida de meu querido amigo o jornalista Luíz Geraldo Mazza.

Desde o final da década de 60 fui seu atento leitor, ouvinte e telespectador.

Admirei muito sua verve, cultura , capacidade analítica e raciocínio ágil em interpretar os acontecimentos e defender o estado pleno de direito.

Tinha uma capacidade de expressão incomum tanto na escrita, como na fala.

Para mim uma referência.

Foi um grande memorialista da política paranaense que testemunhou por quase um século, sem nunca abandonar a visão crítica e muitas vezes ácida .

Deixou sua marca fecunda e irrequieta nas redações de todos os veículos de comunicação do Paraná onde concentrado batucava as teclas das antigas máquinas Olivetti ou Remington como metralhadoras.

Quando não estava circulando entre as mesas fazendo suas performances como agitador cultural de espírito irriquieto.

Criou sua persona bem humorada, brincando sempre com a semelhança que achava com o cantor Charles Aznavour.

E sempre foi um bom companheiro de mesas de bares e restaurantes como o Stuart , o Palácio e o Maneco e ouvinte atencioso também nas feijoadas do Bife Sujo.

Como o mais destacado jornalista do Paraná sabia ser sarcástico criando motes e dando apelidos divertidos para políticos e pessoas da vida pública, fiel aos costumes de sua terra natal , Paranaguá.

Na famosa Boca Maldita de Curitiba , a de outros tempos, estava sempre no centro de uma roda de veteranos e sagazes frequentadores , aqueles que já estão em outro plano como Francisco da Cunha Pereira, Anfrisio Siqueira, Mussa José Assis, Carlos Nasser, Nego Pessoa, Odone Fortes Martins, Nuevo Baby, Sylvio Sebastiani, José Maria Pizarro, Abdo Kudry, Newton Dalabona, René Dotti, Sale Wolokyta, Cícero Cattani,Léo de Almeida Neves, Eneas Faria , José Mugiatti, Milton Ivan, Aníbal Khury , Jayme Lerner, Cândido Gomes Chagas, Ali Chaim , Alcidino Pereira , o goleiro Ivan, Brigadeiro Zola Florenzano, Carlos Molina, Aramis Millarch,Paulo Leminski, Reginis Prochmann, Maurício Fruet, e os comunistas mais famosos Amaral , Expedito , Valmor Marcelino , Berek Krieger e tantos outros belos personagens que criaram um território livre de debates e conflitos intelectuais onde o Mazza sempre foi centro das atenções e o maior polemista.

De minha parte , quase vinte anos mais jovem, sou grato pelas lições, pelo aprendizado na escrita e pelos muitos apoios generosos recebidos em minha vida pública e às vezes algumas críticas duras, naturais e para correções de rumos.

Lembro o dia de 1990 em que como Chefe da Polícia Civil entreguei pessoalmente ao emocionado amigo Mazza a sua ficha política que estava secretamente nos arquivos da antiga DOPS e trazia os odiosos assentamentos e anotações de inquéritos policiais que resultaram em perseguições em sua carreira funcional como servidor público de carreira. Continue lendo

10:53Pimentel e Leprevost lideram em Curitiba segundo pesquisa Bem Paraná/Véritas

Do Bem Paraná

O candidato a prefeito de Curitiba e vice-prefeito Eduardo Pimentel (PSD) lidera a disputa pela Prefeitura de Curitiba, com 24% das intenções de voto, seguido do deputado estadual Ney Leprevost (União), com 19%, de acordo com pesquisa do Instituto Véritas, encomendada pelo Bem Paraná e divulgada nesta quarta (11). Em terceiro lugar está o candidato do PSB e deputado federal Luciano Ducci, que aparece com 16%.

Na sequência, segundo a sondagem, estão o ex-governador Roberto Requião (Mobiliza) com 11%, Cristina Graeml (MDB) com 4,3%, a deputada estadual Maria Victoria (PP) com 4,0% e Luizão Goulart (Solidariedade) com 1,8%. Professora Andrea Caldas (PSOL) tem 0,5% das intenções de votos, Samuel de Mattos (PSTU), 0,2%, assim como Felipe Bombardelli (PCO). Nulos e Brancos somam 8,3%, indeciso e Não Sabe, 0,8% e Não Opinou, 9,8%.

https://www.bemparana.com.br/noticias/politica/pimentel-e-leprevost-lideram-em-curitiba-veja-os-numeros-da-pesquisa-bem-parana-veritas/

A pesquisa realizada entre os dias 31 de agosto e 02 de setembro de  2024 com 800 moradores com idade acima de 16 anos. A margem de erro é 3% para mais ou para menos  com 95% de confiabilidade. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com número PR01872/2024.

7:40O que vem por aí

Do Goela de Ouro

No time da campanha de Eduardo Pimentel não são poucos que passaram a acreditar que o candidato pode vencer a eleição no primeiro turno. Daí ser provável, como se viu ontem, uma maior participação do prefeito Rafael Greca e do governador Ratinho Junior no horário político – para maior transferência de votos. O desempenho dos principais adversários nas pesquisas e os ataques desferidos nos últimos dias colaboram para essa percepção otimista.

7:18Na final da Copa

No dia em que Dorival Junior, técnico da seleção, garantiu que o Brasil estará na final da Copa de 2026, o time perdeu para o Paraguai por 1 a 0 e jogou pedra, em vez de bola. Se continuar assim, Dorival estará mesmo na final da Copa – na arquibancada.

6:46LUIS GERALDO MAZZA, ADEUS

O jornalista Luiz Geraldo Mazza morreu nesta madrugada. O jornalista Luiz Geraldo Mazza nunca vai morrer. Ao entrar para a Academia Paranaense de Letras, em 1998, um pequeno resumo da sua história foi contada. É o que segue abaixo nesta hora onde fica difícil expressar a dimensão do mestre. Ao signatário fica a lembrança de um momento entre tantos encontros em redações. Ele estava no ar na rádio CBN, esperando a deixa para comentar o assunto da hora (e ele comentava bem qualquer assunto). Entrei e, como tinha prometido numa festa de aniversário dele, entreguei um presente que achei num antiquário: um radinho de pilha da marca Zenith, com capinha de couro, fabricado nos anos 50, ou seja, década em que nasci e ele se formou em Direito. Falei no seu ouvido: “E funciona! Mas tem que ouvir todo dia porque em breve as rádios AM vão desaparecer”. Ele riu e, tempos depois, em outro encontro, disse que tinha escutado muita coisa boa naquela caixinha pequena. As rádios AMs realmente se foram, mas o Mazza não, porque ele deixou seu legado para quem o leu e ouviu sempre. Amém.

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Nascido em Paranaguá, em 10 de fevereiro de 1931, des­locou-se para Curitiba em 1939, onde o aguardavam as escolas básicas de formação, Tiradentes, Prieto Martinez e o Ginásio Paranaense. Formado em Direito pela UFPR, em 1954, de sua turma constam os também acadêmicos Edil­berto Trevisan, Léo de Almeida Neves, Leopoldo Scherner e Túlio Vargas. É essencialmente jornalista. Fez carreira no Diário do Paraná e na Última Hora. Exerceu as funções de chefe de reportagem, chefe de redação e editor de opinião. Estilo objetivo e equi­librado, aliou estas características para percorrer outras redações, as do Correio de Notícias, Folha de Londrina, Indústria e Comércio e Folha de São Paulo. Dirigiu tam­bém, por dez anos, o telejornalismo da TV Paranaense Canal 12. Como colaborador, participou dos jornais Diário da Tarde, de Curitiba, Diário do Comércio, de Paranaguá, e de inúmeras revistas regionais.

Mazza é do tempo em que no colégio e nos bares se trocavam poemas e contos, aná­lises e críticas; em que valiam o vigor de Castro Alves e a irascibilidade de Augusto dos Anjos, aliados à candura de Casemiro e à tristeza de Álvares de Azevedo. Essas experi­ências representavam uma certa celeridade diante de perspectivas futuras. Costuma­vam formar personalidades e acentuar conhecimentos. Era o costume cultivado com sabores de vida que significam fundamentos e estímulos de valor incalculável.

Essa circunstância ficaria expressa na Revista da Faculdade de Direito, editada então, e nos conteúdos de divagações sobre o cotidiano das crônicas que Mazza publicou em O Estado do Paraná, enlevado, na época, mais pelo lado poético das coisas e menos pelo lado crítico. Hoje, no dia-a-dia de sua atividade, centraliza suas preocupações na análise política e de comportamento, empenhando-se na valorização do Paraná, na luta contra a cumplicidade dos meios de comunicação com os poderes em geral e, especialmente, na crítica à escassez de representatividade do Estado nas mais variadas áreas. Publicou, ao longo de mais de 60 anos de carreira, milhares de artigos de jornal, tornando-se o mais profícuo jornalista paranaense de todos os tempos. Há muitos anos mantém coluna na Folha de Londrina. É, também, comentarista diário do progra­ma CBN Curitiba. Em fevereiro de 2011 um grupo de jornalistas organizou uma festa na Sociedade Garibaldi, em Curitiba, para comemorar seus 80 anos, na qual estiveram presentes centenas de amigos, familiares e admiradores.

Foi recebido na Academia em 1998, em cerimônia no Centro de Convenções de Curiti­ba, antigo Cine Vitória, pelo acadêmico Lauro Grein Filho. (VHJ)

6:05Com incêndios e queimadas, o que falta é trabalho em Brasília

por Elio Gaspari, na FSP

Se conversa resolvesse, as secas não produziriam as desgraças habituais

Lula e ministros voaram para a Amazônia. Tudo bem, mas enquanto o Brasil vive uma seca histórica, mais incêndios e queimadas, o que se precisa é de trabalho em Brasília. Trabalho no sentido de não se acomodar porque o ministro assinou uma norma. Se conversa resolvesse, as secas não produziriam as desgraças habituais.

Afinal, ao saber da Grande Seca de 1877 e da escassez de recursos, d. Pedro 2º teria dito: “Se não há mais dinheiro, vamos vender as joias da Coroa. Não quero que um só cearense morra de fome por falta de recursos”.

A Coroa, intacta, está no Museu Imperial de Petrópolis. Um ano depois dessa fala marqueteira, num só dia de dezembro morreram mais de mil pessoas em Fortaleza.

A fumaça está aí. A agência suíça IQAir, que monitora a qualidade do ar em cem grandes cidades, revelou que São Paulo está no fundo do poço (seco). Pequim, que ocupou esse desonroso posto, caiu para oitavo lugar. A máquina chinesa funciona.

A Amazônia e o Pantanal têm milhares de focos de incêndio. São Paulo teve centenas. Em São Paulo, já foram presas 15 pessoas. Não há notícia de piromaníacos capturados na Amazônia ou no Pantanal. Sabe-se que 12 fazendeiros estão sendo investigados e um foi multado. Ganha um lote grilado quem acredita nos resultados dessas investigações.

Se isso fosse pouco, a ONG Global Witness informa que, pelo segundo ano consecutivo, o Brasil ficou em segundo lugar, atrás da Colômbia, na lista de países onde são assassinadas mais pessoas envolvidas na defesa do meio ambiente, uma a cada dois dias.

Pode ser que não adiante muita coisa, mas valeria a pena lembrar que Winston Churchill tinha na sua mesa etiquetas determinando “Ação, hoje”. Os burocratas sabiam que era melhor atendê-lo. Graças a uma dessas etiquetas, desemperraram o projeto para decifrar os códigos militares do Exército alemão. Já os burocratas japoneses não deram importância a uma notícia de jornal americano em 1942 que revelava a quebra de parte dos códigos de sua Marinha. Só se deram conta da lambança depois do fim da guerra. Todas as ruínas da atual crise ambiental foram pronunciadas na imprensa.

O que falta ao governo na lide com a crise do meio ambiente é ação. A ministra Marina Silva está mais para comissão de frente do que para diretora da bateria. Lustra, mas não faz barulho nem propaga um ritmo. As propostas viram palavras ao vento. Em outros casos, para felicidade geral das nações, são apenas esquecidas. Em fevereiro de 2023, Lula defendeu a necessidade de uma “governança global” para a questão climática. Noves fora que a busca dessa governança equivale a procurar o elixir da vida eterna, o que a crise demanda é governança nacional, estadual e municipal.

O governo de Lula difere do fumacê de Bolsonaro na plumagem e nas puras intenções. Nos resultados, os números são semelhantes. O primeiro semestre fechou com o maior número de queimadas na Amazônia, e o geólogo Marco Moraes ensina: “No Pantanal e na Amazônia, a umidade não deixa que o fogo natural, nas raras vezes em que ocorre, se alastre. As queimadas ali são provocadas pela ação humana, irresponsável ou mesmo criminosa”.

O que falta é ação.

17:52JAMIL SNEGE

O velho índio foi encontrado vagando pela floresta, aparentemente perdido. Perguntaram-lhe. Respondeu cheio de brios: “Perdi foi minha casa; não consigo encontrá-la”. Quanta lição, Senhor. O homem pode perder sua casa, sua rua, os rostos que ama – sem jamais se perder de si mesmo.