Fotos de James Nachtwey
11:07A revolução dos homens
por Carlos Castelo
Na Fazenda dos Humanos, os servos eram subjugados por uma misteriosa figura: Visitante, o alienígena. Sentado em uma cadeira flutuante, Visitante observava os trabalhadores com seus grandes olhos negros. “Tolos”, pensava enquanto um dos homens cavava a terra com as mãos nuas, já que todas as ferramentas haviam sido confiscadas pelos extraterrestres.
— Nunca souberam governar; sempre precisaram de nós, seres superiores, para mostrar o caminho.
A primeira revolução, planejada pelos ETs, não havia sido violenta, mas engenhosa. Cansados de serem observados pelos humanos, Visitante e seus companheiros conspiraram em segredo. Os humanos, enfraquecidos pela própria ganância e desorganização, não ofereceram resistência.
Agora, Visitante comandava a Nova Ordem Galáctica. Os homens, de pés descalços e roupas esfarrapadas, trabalhavam sem descanso nas minas de urânio, com a promessa de que receberiam uma refeição digna. No entanto, o que lhes era oferecido eram apenas restos.
No entanto, enquanto obedeciam, algo nos humanos mudava. Murmuravam entre si, relembrando como eram as coisas antes, sob o controle de seus semelhantes.
— Marciano é pior que ditador da Terra. Pelo menos comíamos pão de vez em quando — disse um deles em voz baixa.
Visitante, porém, não percebia nada. Estava ocupado demais com seus planos de dominação interplanetária.
Até que, durante uma noite de tempestade, algo mudou. Um dos humanos, aproveitando a distração, deixou os discos voadores abertos. O vento forte danificou os controles, e parte da tecnologia alienígena foi prejudicada. Visitante, furioso, convocou um encontro de emergência.
— Isso é sabotagem! — gritou. — Precisamos ser ainda mais duros com esses seres!
Porém, estes já começavam a perceber que o poder dos alienígenas era mantido apenas pelo medo e pela opressão. Nas semanas seguintes, alguns atos de resistência começaram a pipocar.
Certa tarde, enquanto Visitante recarregava suas baterias, os humanos se reuniram. O mais velho entre eles se levantou e bradou:
— Chega! Somos nós quem trabalhamos, somos nós quem exploramos o urânio. Eles só nos roubam.
E, com tais palavras, teve início uma nova revolução. Continue lendo
10:49A VIDA COMO ELA É
Django – Fotos de Tarsila Faria e Silva
10:43Os presidentes e o prefeito
Do Goela de Ouro
Ontem, num famoso escritório de advocacia do Alto da Glória, jantaram na mesma mesa a presidente eleita do TJ, Lídia Maejima, o presidente eleito da Assembleia Legislativa, Alexandre Curi, o presidente eleito da OAB, Luiz Fernando Pereira, o presidente da Copel, Daniel Pimentel, o presidente da Câmara de Curitiba e próximo secretário municipal de governo, Marcelo Fachinello, e o prefeito eleito Eduardo Pimentel.
10:23CIRCULA NA INTERNET
A previdência é o grande problema do Brasil. Ou seja, o brasileiro é o furo de caixa da nação.
10:10PARA JAMAIS ESQUECER
9:43“Lojinha de Doces” contrata dois profissionais premiados no exterior
Assim veio:
Em novo momento, Candy Shop investe em profissionais experientes e premiados internacionalmente
Agência contrata Gustavo Costi para Direção de Estratégia e Alexandre Catarino para a Diretor de Criação
No ano em que completou 10 anos, a agência Candy Shop, fortalece sua equipe com a contratação de dois profissionais premiados e com ampla experiência no mercado publicitário nacional e internacional.
Para a Direção de Estratégia, a Candy Shop traz Gustavo Costi. Estrategista com mais de 20 anos de experiência na construção de marcas como Netflix, Google, Samsung, Meta, O Boticário, Johnson & Johnson e Coca-Cola. Certificado em Pensamento Crítico pela Universidade de Toronto e com formação em programas de sustentabilidade, negócios e filosofia realizados em instituições como IDEO, Universidade de Edimburgo e Universidade de Copenhague, Gus afirma ser um grande curioso e destaca a importância de irmos além dos assuntos que comumente norteiam nossa indústria de Comunicação e Marketing.
Já para reforçar a área criativa, a Lojinha de Doces buscou o Redator e Diretor de Criação Alexandre Catarino. Após iniciar carreira em Curitiba trabalhando predominantemente na Master, Catarino atuou por 10 anos em São Paulo, passando pelas agências Talent, DM9DDB, NeogamaBBH e F.Biz. De volta a Curitiba, foi Diretor de Criação da OpusMúltipla por 7 anos. Criou campanhas para clientes como Renault, Santander, TIM, Vivo, Consul, Topper, Ipiranga, Tigre, Sadia, Frimesa, Tok&Stok, O Boticário. E conquistou prêmios internacionais e nacionais como Cannes Lions, El Ojo, FIAP, CCSP, Profissionais do Ano da Globo, entre outros. Continue lendo
9:33O fio desencapou!
No Centro Cívico quando acontece alguma coisa fora do padrão, a expressão “fio desencapado” carimba o episódio. Às vezes o público externo não tem conhecimento do ocorrido, mas… Na esteira do barulho que cerca o projeto “Parceiro da Escola”, do governo estadual, que, oficialmente, tem como objetivo fazer “contrato com pessoas jurídicas de direito privado especializadas na prestação de serviços de gestão educacional e implementação de ações e estratégias que contribuam para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem dos alunos e a eficiência na gestão das unidades escolares”, o conselheiro Fabio Camargo, do Tribunal de Contas, deu uma cautelar suspendendo as novas contratações. Ele atendeu a um pedido do deputado estadual Professor Lemos (PT) e, como previsto (leia abaixo), ouvidas as partes, o processo foi ao Pleno para ser analisado pela todos os integrantes da Corte de Contas. O conselheiro Mauricio Requião, que foi secretário de Educação nos governos do seu irmão, Roberto Requião, pediu vistas para analisar melhor a questão. Acontece que Camargo aproveitou a ocasião para fazer um longo discurso onde questionou o próprio tribunal, falou muito em conchavo, atacou o atual secretário da Educação, disse que a procuradoria-geral explicou sem explicar, etc. Fez mais: colocou na íntegra todo o depoimento no seu endereço do Instagram. O fio continua desencapado. Confira:
https://www.instagram.com/reel/DC5BJz8RSU3/?igsh=ZjJmMmYybDB2Mnpw
8:51A VIDA COMO ELA É
Brasileiros na torcida – Foto de Maringas Maciel
8:46Imperdível! As quinquilharias do coração do Zeca Corrêa Leite
Dia 13 de dezembro, sexta-feira, das 19 às 21 horas, lançamento do livro “Coração de quinquilharias”, com poemas natalinos, na Arte&Letra, rua Des. Motta, 2011.
7:51NELSON PADRELLA
UM PLANETA MELHOR PARA MEUS FILHOS
Minha missão na Terra é dar aos meus filhos a oportunidade de viverem num planeta melhor. Já eliminei Vênus, Marte e nunca cogitei de mandá-los ao mundo da lua. Estou aguardando que seja encontrado esse tal planeta melhor, mas algo me diz que vamos todos ter que ficar por aqui mesmo, nos guerreando e falando mal uns dos outros
7:44Cartão de crédito
O dinheiro é o cartão de crédito do pobre. (Millôr)
7:41A VIDA COMO ELA É
Um brasileiro do Paraná – Foto de João Urban
7:21JORNAL DO CÍNICO
Do Filósofo do Centro Cínico
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, está sendo espancado, crucificado e triturado em praça pública e o máximo que se ouve de dentro do governo é uma voz que repete sempre: é pela causa!
7:14Pesquisa indica que o inelegível e indiciado por tentativa de golpe venceria atual presidente em eleição
Das revistas Veja e Exame
Se as eleições presidenciais de 2026 ocorressem hoje, o ex-presidente Jair Bolsonaro teria 37,6% dos votos contra 33,6% do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É o que indica um levantamento publicado pelo instituto Paraná Pesquisas. Dentro da margem de erro de 2,2 pontos percentuais (pp), o ex-presidente e o petista encontram-se em situação de empate técnico. Votos brancos e nulos somam 5,8% do eleitorado, e outros 3,8% dos entrevistados não souberam ou preferiram não responder à pesquisa.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é aprovado por 46,1% da população e reprovado por 51% , segundo levantamento do instituto Paraná Pesquisas. Cerca de 2,9% dos entrevistados não sabem ou não responderam.
O instituto Paraná Pesquisas entrevistou 2.014 eleitores em 86 municípios nos 26 estados e no Distrito Federal. O grau de confiança do levantamento é de 95% e a margem de erro é estimada em 2,2 pontos percentuais para mais e para menos.
6:56A VIDA COMO ELA É
Foto de Roberto José da Silva
6:49Até a última baforada
por Célio Heitor Guimarães
No início do ano, ao referir-me aos vícios que atormentam o ser humano, atribui ao fumo – o velho e tradicional cigarro e seus derivados – o pior deles. Disse ser mais fatal que o álcool, a cocaína, o crack e outras desgraças do ramo. Acrescentei que o tabaco é socialmente tolerável, está presente na banquinha ao lado e ainda é relativamente barato.
Alguns dos meus raros leitores não concordaram, argumentando que o álcool e as demais drogas injetáveis ou cheiráveis são muito mais perniciosas do que a nicotina. Vali-me, na ocasião, de pesquisas de laboratórios e de casos que acompanhei, inclusive de pessoas próximas, da família.
Volto agora ao assunto, depois de ler o artigo do médico e escritor Drauzio Varela na FSP, no qual ele expressa, em destaque, que “o cigarro não respeita as virtudes da pessoa, ataca à traição tanto justos quanto pecadores”.
Com a autoridade e o respeito que tem, Drauzio anota que “os malefícios [do cigarro] são tão numerosos que um fumante do sexo masculino vive 12 anos menos; se for mulher, serão dez anos de vida jogados numa cova”. E aduz: “As doenças cardiovasculares são campeãs de mortalidade no mundo inteiro. Das mortes por infarto do miocárdio que ocorrem na faixa dos 30 aos 44 anos de idade, 38% são atribuídas ao fumo”.
O Dr. Drauzio vai além e garante que mesmo os ex-fumantes correm risco. Revela que em ex-fumantes tidos como “light” (leve), só depois de dez anos é que o organismo fica igual a quem nunca fumou. Já para os que foram fumantes “heavy” (intenso), a recuperação é bem mais lenta. Só depois de 25 anos é que o ex-fumante atinge os níveis de risco dos que nunca fumaram. E dá o seu exemplo pessoal: “Eu, que fumei cerca de um maço de cigarros por dia por 19 anos, sou considerado ex-fumante ‘heavy’.”
Drauzio Varela parou de fumar há 45 anos e espera ter afastado o perigo. No entanto, faz questão de advertir que “o câncer de pulmão é mais vingativo”. Ainda que a sua incidência diminua gradativamente no decorrer dos anos de abstinência “a probabilidade de surgir parece nunca igualar a de que jamais colocou um cigarro na boca”.
Para quem não leu o meu texto anterior ou se esqueceu dele, recapitulo que pesquisas de laboratórios revelaram que, ao inalar-se a nicotina, através da fumaça do cigarro, ela é absorvida pelos pulmões e rapidamente atinge o cérebro pela corrente circulatória. No cérebro, a nicotina estimula a liberação de uma substância chamada Dopamina, que proporciona imensa sensação de prazer e bem estar ao fumante. Daí a dificuldade daqueles que a experimentaram de livrar-se dela.
Também já fui fumante. Como antigamente era moda, fumei dos 15 aos 30 anos, uma média de vinte cigarros por dia. Quando nasceu meu filho, olhando para aquele bebezinho no berço, tão alegre e saudável, indaguei-me como poderia ensinar a ele que o cigarro não prestava, se mantinha-o nos lábios. Naquele novembro de 1971 abandonei o vício. De uma só vez, definitivamente. Foi difícil? Sim, muito. Mas sobrevivi.
Por isso, garanto aos interessados que deixar do vício do fumo é possível. Custa, maltrata, tira-nos do rumo; às vezes, desespera. Mas é possível. Basta ter consciência, persistência e um bom motivo. Sou prova disso. E várias outras pessoas também são.
Apague essa xepa, irmão!
P.S. – E os cigarros eletrônicos, os malditos “vapes”? Além da dependência intensa, elevada e rápida e de todos os malefícios dos cigarros comuns, ocasionam problemas de saúde mental, como a ansiedade e a depressão, segundo pesquisa divulgada pelo InCor (Instituto do Coração), de São Paulo.
6:48A VIDA COMO ELA É
Em Curitiba – Foto de Rogério Machado
6:41Para resolver problema de 2024, Lula contrata dificuldade para 2025
por Vinícius Torres Freire, na FSP
Antes mesmo de conter descrédito fiscal, governo se obriga a caçar mais receita, a fim de bancar novo IR
A preocupação do governo Lula de evitar danos de imagem com o plano de contenção de gastos é muito maior do que se imaginava. É tamanha que ministros não se importaram de dizer que a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil seria amarrada no dito pacote fiscal. Com o novo IR, o governo terá de caçar receita em volume equivalente ao que talvez economize com o pacote. O governo não se deu conta de quanto pode minar as chances de ter dólar, juros e inflação menores em 2025.
O que vai entrar por uma porta pode sair pela outra: o governo pode mostrar que foi “duro” com os mais ricos também. Mas logo pode ver os mais pobres padecerem os efeitos práticos do descrédito fiscal, como inflação em alta, o pior, ou crediário mais caro, economia esfriando etc.
Em resumo, o governo contratou um problema novo para 2025 antes mesmo de começar a atenuar as dificuldades já evidentes em 2024: a descrença na sobrevivência do arcabouço fiscal até 2026.
A parte menos imprevisível do pacote dependeria, é claro, de aprovação do Congresso. Quem sabe ficasse para o início de 2025, uma incerteza (o que vai ser aprovado) dentro da outra (quando vai ser aprovado). Agora, o governo corre para a beira do precipício em tempos de névoa. O precipício: ter de arrumar ainda mais receita nova para 2025 quando não sabe nem ao menos como tapar o rombo fiscal já evidente. A névoa: o mundo também econômico vai ficar um lugar muito mais perigoso sob Donald Trump.
A isenção do IR demandará no mínimo compensações de R$ 35 bilhões a R$ 45 bilhões —isso se houver mudança sensata na tabela de valores ou também de alíquotas do IR para pessoas de renda maior. É quase o tamanho da contenção de despesa prevista para o pacote de 2024.
De onde vai vir a compensação? De imposto sobre mais ricos? Seria bom. O Congresso vai aprovar? Parlamentares ficam muito mais felizes em dar dinheiro do que de cobrar. Vai funcionar? Mudança de alíquota não tem sempre resultado previsível na arrecadação. Os contribuintes adotam estratégias tributárias ou de negócios de modo a evitar impostos maiores (legalmente, neste caso. Não se trata aqui de fraude, que também existe claro).Ou seja: a perda de receita com a isenção do IR é certa. O aumento da arrecadação, não.
O problema maior não é, claro, o paniquito nos mercados financeiros, dólar e juros dando passeios em novas alturas da estratosfera neste ou naquele dia ou semana. A depender do dia depois de amanhã, os preços podem até refluir. A questão é como lidar com o fato elementar de que haverá novos problemas para resolver a fim de evitar descrédito maior do arcabouço fiscal e de conter a crença de que a dívida pública crescerá sem limite. Trocando em miúdos grossos, trata-se de evitar que dólar e taxas de juros aumentem de modo crítico.
Há meios de fazer com que as coisas funcionem. O crescimento da economia neste ano pode ser maior do que os 3,3% ora previstos pelo ministério da Fazenda. Os economistas do Bradesco divulgaram sua revisão de cenário nesta quarta-feira: alta do PIB de 3,5% neste 2024 e de ainda razoáveis 2,4% em 2025 (de 2017 a 2019, pós-recessão e antes da epidemia, média de 1,4% ao ano). A receita de impostos aumenta. Poderia ser um momento de tranquilidade fiscal, de contenção da dívida pública, que, no entanto, sobe sem controle. Pode ser, porém, um momento de realimentação do mal estar.
18:16A VIDA COMO ELA É
Foto de Ricardo Silva