Fotos de Miguel Rio Branco
12:50JORNAL DO CÍNICO
Do Filósofo do Centro Cínico
Perguntar para ofender: governadores que estavam “assim” com o Bozo para o que der e vier agora fazem parte do batalhão melancia?
12:42PT investe em vereadores
Da coluna de Lauro Jardim, em O Globo
Acostumado a investir em campanha para eleger um alto número de prefeitos pelo país, o PT decidiu mudar o foco neste ano. Vai trabalhar para aumentar a quantidade de vereadores. Motivo: o partido tem em mãos pesquisas que mostram que vereadores tornam-se cabos eleitorais mais eficientes para a disputa de deputados federais em 2026. E, como projeto do PT é nacional, os petistas querem fazer uma base forte na Câmara em 2026 para governar – se Lula se reeleger, claro – sem ficar tão refém do Centrão.
12:33Bloco da PF
O maior sucesso do Carnaval deste ano foi o do bloco da Polícia Federal na rua.
12:29NELSON PADRELLA
O mundo que já não existe dorme no meu pensamento.
12:27CIRCULA NA INTERNET
Eu adoro bloco. O problema é que não tem ar condicionado nem sofá. E tem muita gente. E calor. E música alta. Fora isso é ótimo.
8:29SPONHOLZ
8:18O golpinho de Jair Bolsonaro
por Elio Gaspari, na FSP
Parada foi decidida pelos generais que não falam
Todo golpe vitorioso pinta-se heroico (São Petersburgo, 1917, ou Brasil, 1964) e todo golpe fracassado é mostrado como ridículo (Moscou, 1991, ou Brasil, 2022). Nenhum dos quatro teve tanto heroísmo nem tantas trapalhadas como as que foram pintadas pela vitória e pelo fracasso.
O ex-capitão reformado nunca viu um golpe. Segundo o general Ernesto Geisel, foi “um mau militar”. (Geisel viu seis e ganhou com as brancas em cinco.)
O golpe de Bolsonaro era público. Ele precisava de um Apocalipse como prelúdio. Como o fim do mundo não veio, Lula está no Planalto e ele ficou sem passaporte.
Pelo que se sabe até agora, Bolsonaro refinou o cenário em julho. Numa reunião com três generais palacianos (Braga Netto, Augusto Heleno e Mário Fernandes), mais o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e Anderson Torres, da Justiça. Todos acompanharam-no na condenação das urnas eletrônicas.
O general Paulo Sérgio, que tinha oficiais na Comissão de Transparência do Tribunal Superior Eleitoral, foi preciso: “Vou falar aqui muito claro. Senhores! A comissão é pra inglês ver”.
Podia ter dito isso ao público, arrostando a contradita. Prático e clarividente, só o general Augusto Heleno: “Não vai ter revisão do VAR. Então, o que tiver que ser feito tem que ser feito antes das eleições. […] Se tiver que virar a mesa, é antes das eleições”.
O golpe de 15 de novembro de 1889 foi armado dias antes, em segredo. O de 1937, combinado primeiro com os dois chefes militares da época. Em 1945, os mesmos generais decidiram derrubar Getúlio Vargas de manhã, e ele estava deposto à noite.
Diferente dos anteriores, o de 1964 teve um espoleta: o general Mourão Filho, que comandava as mesas de uma Região Militar em Juiz de Fora. (Na manhã de 31 de março, o general Humberto Castello Branco tentou pará-lo e, no meio da tarde, o general Costa e Silva deixou o Ministério da Guerra temendo ser preso.)
Bolsonaro não teve seu Mourão Filho. Os generais e coronéis que tramavam um golpe não tinham tropa para rebelar. O general Estevam Teophilo disse que queria uma ordem escrita.
As 135 páginas da decisão do ministro Alexandre de Moraes expõem um planejamento chinfrim (porque fracassou). Faltam nele generais e coronéis da ativa com comando de tropa. Faltam, porque ali estão os oficiais silenciosos.
Em 2022, por exemplo, circulava uma história segundo a qual Bolsonaro havia convidado o general Tomás Paiva, comandante da tropa do Sudeste, para uma de suas motociatas. Paiva recusou-se, e o ex-capitão disse: “Muita gente sua virá”.
“Se vier fardado, vai preso”, teria respondido o general, que nunca disse uma palavra com sentido político.
Como o general silencioso não fala, o espaço é ocupado por militares da reserva, que dão ordens aos seus taxistas, ou por generais palacianos, que comandam os motoristas de carros oficiais.
O general Augusto Heleno disse uma verdade. Só se vira a mesa antes da eleição. Noves fora 1930, depois, só se teria tentado em 1955, quando Juscelino Kubitschek já estava eleito. A trama passava pela demissão do ministro Henrique Lott (um general silencioso). Lott foi exonerado à tarde e, na madrugada, o presidente Carlos Luz estava deposto. Ele substituía provisoriamente o titular, Café Filho. Por ricochete, Café foi impedido de voltar ao Palácio do Catete. Em questão de horas, Lott derrubou dois presidentes.
COMPOSTURA
O general Walter Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, veio para a ribalta em 2018, quando foi colocado como interventor militar na segurança do Rio. Foi pedestre, porém discreto.
Como chefe da Casa Civil e ministro da Defesa, repetiu o desempenho. É verdade que, em junho de 2022, disse a empresários que, sem a auditoria das urnas eletrônicas, “não tem eleição”. Como é costume, desmentiu a notícia, pois sua fala teria sido tirada de contexto e mal interpretada. Jogo jogado, esses malditos jornalistas distorcem tudo.
As revelações trazidas pela Polícia Federal mostraram outro Braga Netto, nas suas palavras textuais, sem direito ao recurso da patranha do contexto.
Em dezembro de 2022, referindo-se ao comandante do Exército, general Freire Gomes, escreveu: “Omissão e indecisão não cabem a um combatente. […] Cagão”.
Poderia ter sido um momento de exasperação mas, dias depois, deu-se à futrica: “O Tomás foi hoje no VB, ontem. E aí acredite… Ele deu uma mijada no VB e na Cida.”
Tomás era o general Tomás Paiva, que comandava a tropa do Sudeste e hoje comanda o Exército. VB era o general Eduardo Villas Bôas, e Cida, a mulher dele.
Braga Netto foi adiante: “Nunca valeu nada!! A ambição derrota o caráter dos fracos. Aliás… revela. Ele ainda meteu o pau no Paulo Sérgio, disse que ele tem que ficar quieto! A Cida ficou louca. Se retirou da sala, para não botar o artista pra fora”.
Na futrica, sobrou para Villas Bôas e para o ex-ministro da Defesa general Fernando de Azevedo e Silva, demitido por Bolsonaro, que estava quieto no seu canto: “Na verdade, VB tinha paixões discutíveis. Fernando… Tomás”.
O TUÍTE ESQUECIDO DE VB
O general Eduardo Villas Bôas celebrizou-se com seu tuíte de abril de 2018, quando, como comandante do Exército, emparedou o Supremo Tribunal Federal, garantiu a permanência de Lula na cadeia e plantou a semente de uma anarquia militar.
No dia 15 de novembro de 2022, foi publicado em seu nome outro tuíte que ficou esquecido. Duas semanas depois do segundo turno, VB dizia assim:
“A população segue aglomerada junto às portas dos quartéis pedindo socorro às Forças Armadas. Com incrível persistência, mas com ânimo absolutamente pacífico, pessoas de todas as idades, identificadas com o verde e o amarelo que orgulhosamente ostentam, protestam contra os atentados à democracia, à independência dos Poderes, ameaças à liberdade e as dúvidas sobre o processo eleitoral”.
A essa época o general estava fora do Exército e do governo. Padecendo há anos de uma moléstia degenerativa, não caminhava e respirava com a ajuda de aparelhos. Seu tuíte mostrava algum desapontamento com a imprensa.
“O inusitado diante dos movimentos foi produzido pela indiferença da grande imprensa. Talvez nossos jornalistas acreditem que ignorando a movimentação de milhões de pessoas elas desaparecerão. Não se apercebem eles que ao tentar isolar as manifestações podem estar criando mais um fator de insatisfação. A mídia totalmente controlada nos países da cortina de ferro não impediu a queda do Muro de Berlim. A História ensina que pessoas que lutam pela liberdade jamais serão vencidas.”
No dia 15 de dezembro os bloqueios em estradas eram 32.
11:25A VIDA COMO ELA É
Foto de Roberto José da Silva
11:24As lições de Pompeu
por Cláudio Henrique de Castro
O general romano que despertou maior temor no povo romano foi Estrabão, pai de Pompeu.
Vivo temiam-no pelo poder de suas armas, era um grande cabo de guerra.
Morreu fulminado por um raio e em seu funeral arrancaram seu corpo do leito fúnebre e cobriram-no de ultrajes.
Após a morte de Estrabão, seu filho Pompeu, enfrentou um processo de malversação de fundos públicos movidos contra seu genitor.
Pompeu, foi muito popular entre os romanos, viveu de 106 a 48 a.C.
Numa vida repleta de lutas políticas e batalhas, no apagar das suas luzes, beijou sua esposa Cornélia e recebeu a seguinte mensagem de seu escravo: Quem procura um tirano torna-se seu escravo, ainda que venha como homem livre.
Roma vivia a plenitude do Império, com generais tiranos e o derretimento da República.
O Império romano de 27 a.C. a 565 d.C., teve um saldo de milhões de mortos resultantes das batalhas promovidas para espoliar os povos vizinhos.
Os tiranos possuíam a irresponsabilidade, isto é, não respondiam a ninguém, estavam acima das leis. Nisso a história se repete.
O tempo passou e mais adiante no século XIX inventou-se o Estado Democrático de Direito em oposição ao estado de não direito.
Na curta história brasileira prevaleceu o estado de não direito, em razão de golpes de estado, na sua maior parte protagonizados por agentes das forças armadas, que nunca responderam pelos seus atos.
O exemplo recente é a Lei da Anistia de 1979 que passou a borracha nos crimes perpetrados pela ditadura empresarial-militar (1964-1985).
E agora?
Há inquéritos fartos em provas da participação de generais, inclusive uma parcela de eleitos dentro do Congresso Nacional, na tentativa de golpe de estado, orquestrado pelo ex-presidente e seu entorno político.
Tem-se a oportunidade jurídico-civilizatória para acabar com a histórica impunidade cívico-militar no Brasil.
Há a certeza constitucional de que o estado de direito não pode conviver com a impunidade dos ataques à democracia.
Os impunes sempre voltam, passam-se os anos e ressurgem do pântano do não direito.
11:21A VIDA COMO ELA É
Menino do Rio – Foto de Sonia Maschke
11:12Traíra pra maluco
Do Analista dos Planaltos
Tudo que Bolsonaro faz é pensado. Alguns pensam que gravar a reunião foi burrice, mas na verdade é uma jogada de gênio, pois vai mostrar aos seus seguidores que ele realmente estava programando um golpe, o que a grande maioria de seus seguidores apoia. Ele vai virar mais ídolo ainda do gado, que não é pouco. Ele trabalhou muito para o golpe, quem não aderiu vai virar traíra para essa bando maluco.
11:07O emoji que queria subir na vida
por Carlos Castelo
É com o coração partido que escrevo estas palavras. Sou o emoji do teleférico, aquele desenho que simboliza as estações de esqui e os momentos de diversão nas montanhas geladas. Li agora que realizaram uma pesquisa global. E, entre todos os símbolos gráficos de mensagens eletrônicas, eu sou o mais impopular.
Enquanto o emoji do riso com lagriminha está sempre no topo das conversas virtuais, eu, o modesto teleférico, estou lá embaixo, no sopé, escondido nos menus.
Tudo bem, é verdade que não sou o ícone mais icônico do universo. Não tenho a fofurice do coraçãozinho encarnado, o apelo do sinal de positivo ou a malícia da piscadela. Mas não significa que não possua meu charme. As estações de esqui são lugares incríveis, cheios de aventura, e sou a ligação entre as pessoas e tais experiências. Contudo, parece que ninguém se importa muito comigo.
As pessoas me usam com tão pouca frequência que, às vezes, me sinto como um meio de transporte em desuso, coberto de neve, um pária esperando em vão por um passageiro que nunca chega. E quando finalmente sou selecionado em uma conversa, é apenas por mofa. “Olha só que emoji mais bizarro, mano” – dizem, e me postam, às gargalhadas, como se eu fosse o símbolo da inutilidade.
Não vou, porém, ficar deprimido. Eu tenho até um plano para me vingar e me tornar um emoji popular.
Encontrarei maneiras inteligentes de me inserir nas discussões da internet. E, quando as pessoas virem que o teleférico pode ser tão interessante quanto qualquer outro emoji, passarão a me querer.
Além disso, vou começar a frequentar eventos sociais importantes no ecossistema dos emojis. Farei aparições surpresa no Campus Party, South by Southwest e outras feiras, causando alvoroço. Quem não adoraria tirar selfies comigo? De graça, até tombo na neve.
Para atrair ainda mais atenção, vou lançar um desafio nas redes sociais. Convidarei as pessoas a me usarem em situações opostas às minhas características. Por exemplo, quando um fato grave acontecer. Tipo uma avalanche, um tsunami, uma calamidade qualquer. Ao saberem disso, os internautas me postariam na hora. Ou seja, o teleférico passaria a ser a nova vinheta do “Plantão Globo” na web. Estou certo de que chamará a atenção de todo mundo.
Acima de tudo tenho fé. Ainda serei alguém que todos desejarão usar. Pode demorar, eu sei. Admito que sou bem vaidoso, mas uma das minhas qualidades é a paciência. Por enquanto, vou carregando esquis, gente encasacada e encatarrada para o pico dos morros. Mas hei de vencer!
(Publicado no O Dia)
19:39PARA NUNCA ESQUECER TOM ZÉ E XIQUE XIQUE
17:25CIRCULA NA INTERNET
O Bozo é inviajável!
17:13As BRs, o Carnaval e os caminhões
Do enviado especial
Alguém explica porque, em anos anteriores, quando as BRs que cortam o Paraná – especialmente a que liga ao litoral – tinham horários específicos para trânsito de caminhões em feriados, especialmente no Carnaval, e agora em 2024 isso não está acontecendo? Com um detalhe: quando havia o esquema de horários, as estradas estavam em boas condições. Agora estão literalmente desabando. Com a palavra Policia Rodoviária Federal, DNIT, DER e afins.
17:05WAR
Defesa de Bolsonaro quer provar que não houve planos para o golpe. Verdade! Ele e os oficiais de alta patente que prestavam continência ao presidente – e recebiam sorriso de volta, estavam apenas jogando WAR pelas redes sociais. Então, elaboravam documentos que deixaram em casa para provar inocência.
16:47Corno três vezes
A palavra da ordem é “corno”. Mas… quem foi traído nessa patuscada do golpe furado? Simples: a palavra “como.
16:43SPONNHOLZ
7:09Abre e fecha
Amigo do blog pergunta: nas tradicionais reportagens do que abre e fecha no feriadão de carnaval estarão incluídas as BRs?