Foto de Roberto José da Silva
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Foto de Roberto José da Silva
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Agora a nossa realidade se desmorona. Despencam-se deuses, valores, paredes… Estamos entre ruínas. A nós, poetas destes tempos, cabe falar dos morcegos que voam por dentro dessas ruínas. Dos restos humanos fazendo discursos sozinhos nas ruas. A nós cabe falar do lixo sobrado e dos rios podres que correm por dentro de nós e das casas. Aos poetas do futuro caberá a reconstrução — se houver reconstrução. Porém, a nós, a nós, sem dúvida — resta falar dos fragmentos, do homem fragmentado que, perdendo suas crenças, perdeu sua unidade interior. É dever dos poetas de hoje falar de tudo que sobrou das ruínas — e está cego. Cego e torto e nutrido de cinzas. Portanto, não tenho nada em comum com a Geração 45. E, se alguma alteração tem sofrido a minha poesia, é a de tornar-se em cada livro, mais fragmentária. Mais obtida por escombros. Sendo assim, cada vez mais, o aproveitamento de materiais e passarinhos de uma demolição.
O IBGE informa: no ano passado o Paraná registrou a menor taxa de trabalhadores desocupados desde 2014. O índice de 4,8% indica que, na outra ponta, o estado chegou a 5,9 milhões de pessoas empregadas, o maior da história segundo informou a Agência Estadual de Notícias.
Do Filósofo do Centro Cínico
Para enterrar de vez o risco Bolsonaro, o governo petista começa a considerar fundamental a permanência no poder, através de eleições, por mais um mandato de Lula, dois de Janja, dois de Fernando Hadad e aí então entregar a rapadura para Roberto Campos Neto.
Em Curitiba – Foto de Jader da Rocha
por D’Alencastro Menezes
De onde vem a onda ninguém sabe ninguém viu aquele que mandou dinheiro para o exterior no câmbio de um país para o outro sem deixar rastros numa gravação escancarada para inglês ver quando a coisa não está russa apenas para o camarada que se mete a besta de ser oposição num lugar onde tudo pode quando nada deu certo no golpe de sorte para se achar no direito de ser do contra só pra ficar a favor de quem foi flagrado com batom na cueca.
O Brasil247 reproduziu uma postagem enigmática do advogado paranaense Roberto Bertholdo no “X”. A frase, dirigida a Sergio Moro, que o prendeu bem antes da Lava Jato, é: “O que é pior: a dor ou o medo?”
Do ombudsman
A revista Veja fez reportagem de capa sobre a chamada “onda woke”. Informa que a tal ganha força, mas reproduz a intolerância que diz combater, ou seja, injustiças contra minorias. A ilustração, entretanto, virou piada nas redes. O sujeito que aparece espetando o indicador para o leitor tem mais cinco dedos na mão direita. Inteligência Artificial? Continue lendo
Já fui indecisa, agora tô na dúvida.
Do Analista dos Planaltos
A desenvoltura política demonstrada por Enio Verri no comando da hidrelétrica, percorrendo todo o Paraná, assinando convênios, como os desta semana em Curitiba, etc. e tal, já rendeu um novo nome para a sede em Foz: “Palácio Itaipu”
Foto de Clarence H. White
O Gaiato da Boca Maldita leu na internet o comentário do senador Sergio Moro sobre a morte do líder oposicionista russo. “Assassinato político do oposicionista Navalny. Vergonhoso para Putin e para a Russia”. Pensou um pouquinho e tascou: “O Putin e a Russia ficaram preocupados com tal comentário”.
Alexei Navalni, líder opositor russo morreu hoje na prisão de Yamalo-Nenets, no Ártico. Ele cumpria pena de 30 anos e era o maior crítico do governo de Vladimir Putin. Tinha 47 anos. A morte foi comunicada oficialmente pelo Serviço Federal Prisional da Rússia. Causas? Não reveladas. No passado recente o advogado e blogueiro já tinha sido alvo de tentativa de envenenamento. Segundo nota do serviço prisional, Navalni “se sentiu mal após uma caminhada, perdendo quase imediatamente a consciência”. Então, tá.
Do Goela de Ouro
Na semana passada foi noticiada a escolha de José Rodrigo Sade para o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná. Era o que estava faltando para o quórum ficar completo e pronto para o julgamento sobre o processo de cassação do senador Sergio Moro. A escolha de Lula foi interpretada como mais um voto contra o ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça. Mas há um detalhe que passou batido: até agora não houve publicação no Diário Oficial da União, ou seja, o presidente pode ter escolhido, mas não assinou e o TRE/PR não recebeu a comunicação oficial. No jogo bruto da informação, o que aconteceu foi que colocaram a carroça na frente. Falta assinatura – e reconhecimento de firma.
Só não estamos de quatro, urrando no bosque, porque o sentimento de culpa nos salva. (Nelson Rodrigues)
*Cenas do filme “Limite”, de Mário Peixoto
De um indignado amigo do blog:
De que mundo vem Ricardo Lewandowski? Em Foz do Iguaçu o PCC construiu um túnel de quase 200 metros para roubar cofres dos cambistas. Agora o ministro da Justiça (alguém aí tá com saudade do Dino?) quer construir uma muralha para deter o crime organizado. Ministro: bandidão juramentado não pula muro – cava e passa por baixo.
Do Filósofo do Centro Cívico
A oposição vai tomar conta do Legislativo quando o deputado Renato Freitas mudar o penteado – do afro militante para o escovinha ordem unida.
Ao saber que a eleição para a mudança na mesa diretora da Assembleia Legislativa do Paraná só acontece em 2025 e que a oposição está assanhada com a possibilidade de tomar conta, um velho sábio da política paranaense foi cruel: “Deve ser efeito daquela coisa espalhada pela Ivete Sangalo, o tal de ‘macetando’. governador Ratinho Junior vai continuar firme como o Palácio Iguaçu e o apoio será o mesmo que sempre teve”.