10:39Pedágio na avenida
Uma víbora do Centro Cívico disse que, de certa forma, o início das operações de duas concessionárias do novo pedágio do Paraná são um alívio, em termos (as tarifas não foram divulgadas), para os chamados usuários. Ele só não entendeu porque a cerimônia acontece na avenida Iguaçu, na sede do DER perto do Centro de Curitiba.
10:36Vai começar!
Da Agência Estadual de Notícias
CERIMÔNIA DE INÍCIO DAS OPERAÇÕES DAS CONCESSÕES DOS LOTES 1 E 2 NO PARANÁ
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL) promovem nesta segunda-feira (26) um evento para marcar o início das operações das empresas que arremataram os lotes 1 e 2 do novo pacote de concessões rodoviárias. Os contratos com as empresas Via Araucária e EPR Litoral Pioneiro foram assinados em janeiro. As concessionárias vão administrar mais de mil quilômetros de rodovias estaduais e federais de Curitiba, Região Metropolitana, Litoral, Campos Gerais e Norte Pioneiro, com previsão de investimento de R$ 30,4 bilhões (R$ 18,7 bilhões em grandes obras e R$ 11,7 bilhões em manutenção) nos trechos ao longo de 30 anos.
10:27PARA NÃO ESQUECER
Foto de Julia Margaret Cameron
10:08JORNAL DO CÍNICO
Do Filósofo do Centro Cívico
Na hipótese de Sergio Moro ter cassado o mandato de senador, ele vai fazer uma autópsia do Supremo Tribunal Federal?
9:42Gilmar Mendes e a autópsia da Lava Jato
O ministro Gilmar Mendes, atual decano do STF, é estrela maior do grupo de togados que são odiados e amados. Sempre bateu de frente com os métodos da Lava Jato. Nesta entrevista ao Brazil Journal, o título já diz tudo: “Gilmar Mendes faz autópsia da Lava Jato”. Foi publicada pouco antes de ser marcada a data de julgamento da cassação do senador Sergio Moro, o juiz federal que conduziu o julgamento que escrachou para o povão o vasto e antigo esquema de corrupção entre empreiteiras e poder público do país, virou ministro da Justiça de Jair Bolsonaro e deu no que deu. Para quem quiser ler:
https://braziljournal.com/exclusivo-gilmar-mendes-faz-a-autopsia-da-lava-jato/
9:02PARA JAMAIS ESQUECER HELENA MEIRELLES E GUAXO
8:51Ex presos
O Brasil é o único país do mundo onde ex-presidentes são presos, soltos e tudo continua na mesma – sempre à espera de mais uma prisão.
8:47Escravos
Escravos produzem menos. (Millôr)
8:42A VIDA COMO ELA É
Foto de Roberto José da Silva
8:10In treta we trust
por Renato Terra, na FSP
A Era da Treta transforma o desentendimento em espetáculo
Ouça-me bem, amor/ Preste atenção/ O mundo é um algoritmo/ Vai triturar qualquer tipo de raciocínio/ Vai reduzir as discussões a pó.
Vivemos uma revolução nas comunicações. Todo o sistema de produção e consumo de conteúdo foi rearranjado. Qualquer um pode pegar um celular agora e se emocionar com o vídeo de Cartola cantando “O Mundo É um Moinho” para seu pai. Ou saber detalhes ínfimos sobre a ascensão da Prússia ao longo dos séculos.
Um manancial infinito de possibilidades foi aberto. Mas não há como negar que a força mobilizadora que sensibiliza os corações e comove multidões é a treta. O movimento começou em caixas de comentários e se espalhou como um rastilho de pólvora pelas redes sociais. Quando os robôs foram acionados, criaram um algoritmo para impulsionar a treta. Era só digitar “Futuros Amantes” no campo de busca para o YouTube recomendar o vídeo de algum jovem ressentido acusando Chico Buarque de mamar nas tetas da Lei Rouanet.
O Twitter se transformou numa máquina de moer contextos e discussões. Tudo que é postado ali parece um pedaço de carne jogado para uma horda de hienas. Qualquer raciocínio vira ataque e, posteriormente, os ataques viram briga. Às vezes as brigas se acirram e se transformam em linchamentos virtuais.
7:59JORNAL DO CÍNICO
Do Filósofo do Centro Cívico
Julgamento de Moro marcado pelo TRE para o dia primeiro de abril abre todas as brechas para contestação curta e grossa do resultado: “É mentira!”
7:56CIRCULA NA INTERNET
Bolsonaro ficou tão calado que disse tudo!
7:55A VIDA COMO ELA É
Salsa – Foto de Tarsila Faria e Silva
7:49Crise de risos
por Carlos Castelo
Eu, a Crônica de Humor, tinha um único desejo: ser a joia da coroa da literatura do riso. Superar outros gêneros breves que lançam mão da mofa e da ironia, como o conto, as miniestórias, o haicai. Minhas primeiras palavras já nasceram da expectativa de arrancar gargalhadas, de ser citada em rodas literárias e compartilhada entre milhares de leitores.
Mas, com o passar do tempo, uma sensação desconfortável de inadequação e insegurança começou a me incomodar. Parece que tudo em que eu tocava virava artificialismo. Julguei até que morreria, como alguns chegaram a anunciar.
Decidi, então, partir de premissas mais cotidianas em minhas linhas. Algo como: “Você já notou que quanto mais você precisa dormir, mais interessante fica a internet?” Um caminho promissor, supus. Mas, ao invés de risadas, o que se seguiu foi uma indiferença constrangedora. Nenhum comentário sequer, nem mesmo o dos haters de plantão.
Em outro momento, resolvi usar uma nova estratégia a fim de cativar o público de hoje, cada vez mais infantilizado. Foi como cortar a própria carne. Porém, para sobreviver, tive de lançar mão de narrativas infames como esta: “O que o livro de matemática disse para o livro de história? Estou cheio de problemas”. E outras bobagens assim. A reação foi uma fila enorme de leitores entediados, bocejando de decepção.
Tais tentativas, cada uma falhando de uma maneira própria, me levaram à uma crise de identidade. Eu, que deveria ser “a” Crônica Humorística, estava na encruzilhada do existencialismo, questionando minha própria essência.
Não, eu não honrava mais os textos de um Luis Fernando Verissimo, não passava mais nem perto de qualquer produção de Stanislaw, Sabino, Ivan Lessa. O que dizer de Robert Benchley ou S.J. Perelman? Estava a léguas e léguas de nomes como os deles.
Sabem o que eu devia fazer na vida? – pensei. Virar Obituário. Sem graça como andava, de fato, seria a minha única possibilidade. E virei.
No primeiro dia, me estranhei naquela posição dentro de uma redação de jornal. Porém, logo me passaram o primeiro job: criar uma nota póstuma para um certo Victor da Silva. Sua característica mais marcante era jogar xadrez, o tempo todo, contra o próprio Victor Silva. Batuquei este parágrafo que saiu no dia seguinte:
“Descanse em paz, Victor da Silva, que nunca perdeu uma partida de xadrez contra si mesmo. Acabou vítima de um xeque-mate inesperado da vida e agora joga contra São Pedro”.
Não deu certo. Voltei atrás. E o pior: constatei que era humorista para criar textos melancólicos, e taciturna para produzir material de humor.
Em meio à crise pessoal, uma epifania surgiu. Ao invés de tentar ser algo que não era, eu poderia simplesmente ser… eu. A Crônica de Humor que falha em ser engraçada achando graça da própria incapacidade de provocar riso. Aceitar minha natureza não como um erro, mas como singularidade.
Então, comecei a rir de mim mesma. E me tornei esta Crônica de Humor sobre uma Crônica de Humor tentando ser cômica, e falhando miseravelmente.
Como lição aprendi algo fundamental: não há nada que faça um texto de humor ser mais competente do que a sua incompetência.
(Publicado no Rascunho)
7:46A VIDA COMO ELA É
Em Curitiba – Fotos de Sonia Maschke e Zeca Corrêa Leite
7:37TRE do Paraná marca julgamento de cassação de Sergio Moro
Do blog de Malu Gaspar, em O Globo
Pela terceira vez, Corte designa data para análise de ações sobre abuso de poder econômico e caixa 2
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, marcou para o dia 1º de abril o início do julgamento que pode levar à cassação do senador Sergio Moro (União Brasil-PR).
Bengtsson reservou três sessões para a discussão do caso — além de 1º de abril, as sessões de 3 e 8 de abril também foram designadas para a análise das ações, movidas pelo PT de Lula e pelo PL de Jair Bolsonaro. O agendamento para abril contrariou adversários de Moro, que pretendiam dar um desfecho rápido para o caso.
Conforme antecipou o blog, em reunião reservada ocorrida antes do carnaval, os juízes do TRE do Paraná tomaram duas decisões: ninguém terá acesso prévio ao voto do relator, Luciano Carrasco Falavinha; e cada um dos sete integrantes do tribunal vai fazer questão de destrinchar o voto como forma de prestação de contas à sociedade.
“Nós concluímos aqui que nenhum membro vai ter conhecimento prévio do voto do colega. Vai ser tudo transparente, vamos ter conhecimento no próprio dia. Só vamos saber a conclusão do Falavinha no dia”, disse à equipe da coluna o presidente do TRE paranaense, Sigurd Roberto Bengtsson.
O julgamento de Moro foi marcado após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializar nesta quinta-feira a escolha do advogado José Rodrigo Sade para o cargo de juiz titular do TRE do Paraná, o que vai permitir que o tribunal tenha o quórum exigido para analisar o caso.
18:02Vergonha
Jair Bolsonaro ficou em silêncio no depoimento ao delegado da Polícia Federal porque não quis ver o policial com vergonha alheia.
18:00Sinfonia da cuca fundida
Com tanta informação disponível, tantas pessoas sábias dando palpitessobre política, guerras, doenças, economia, crise climática, etc. – e tantas fakenews metralhando a cabeça de quem compra um telefone celular em 24 vezes no cartão, não tá na hora de alguém criar uma versão moderna para o Samba do Crioulo Doido, do Stanislaw Ponte Preta? Algo assim como a Sinfonia dos Tresloucados sem Saída. Ah, sim, mas tem que ser logo, antes que todas as cucas fiquem fundidas de vez.
16:58JORNAL DO CÍNICO
Do Filósofo do Centro Cínico
Moro perde o mandato por 5 a 2. Moro mantém o mandato por 5 a 2. Falta saber o palpite do Lula.