Foto de Carlos Castelo
Foto de Carlos Castelo
De um sábio do Centro Cívico que conhece a política por dentro e por fora:
-Que estranho o vereador do deputado estadual Ney Leprevost ser leal ao irmão. Nem sempre é assim.
Do jeito que está sendo tratado o problemaço da dengue no país, ou seja, uma grave questão de saúde anabolizada pela falta de prevenção e descuido do povão – e que adentrou as disputas políticas em ano eleitoral, logo vão sugerir que se enfrente o mosquito a tapa.
Eu estava lá, no Cais Faroux, aguardando a chegada dos pracinhas brasileiros que voltavam da campanha em Itália. Eu tenho a mais viva lembrança do momento que mães, esposas, irmãs arrancaram os homens da formação para levá-los para suas casas. Foi um tumulto muito bonito de se ver. Foi a única vez que vi meu pai chorar.
Eu tinha tanta confiança nos brasileiros da minha infância!
Em Curitiba – Foto de LIneu Filho
por Elio Gaspari, na FSP
Presídio não tinha muros e câmeras de segurança estavam cegas
A fuga de dois presos da penitenciária federal de segurança máxima de Mossoró expôs uma nova modalidade de delinquência organizada no mercado de serviços e venda de equipamentos para o aparelho de segurança do Estado brasileiro.
O presídio não tinha muros, o teto das celas não tinha reforço de concreto, as câmeras de segurança estavam cegas, havia um alicate no caminho dos bandidos e com ele cortaram o alambrado. Esse era o mundo real.
Ele se contrapõe a outro, o das fantasias oficiais. Os presídios federais estão equipados para o século 22. Têm redes de câmeras que transmitem imagens para a vigilância local e também para uma central de Brasília, isso e mais aparelhos de raios X, detectores de metais, body scans para inspeções. Se alguém escapar, será perseguido por helicópteros e drones.
Não existe uma estatística de quanto a Viúva gastou em equipamentos futuristas federais e estaduais, mas, por baixo, é coisa de bilhões de reais. Essas cifras alimentam mirabolâncias.
Quando os dois presos fugiram de Mossoró, pelo menos 160 câmeras estavam quebradas ou funcionavam mal. Presídio sem muro, porém equipado com traquitanas, deriva de diversos fatores. Equipamentos produzem publicidade modernosa. Após a fuga de Mossoró, falou-se na compra de mais uma geringonça, para reconhecimento facial.
Muro é coisa relativamente barata e não exige manutenção regular. As câmeras, como todos os badulaques, custam caro e demandam manutenção. Em São Paulo, por exemplo, elas custaram R$ 120 milhões, e a assistência técnica sai por R$ 19,8 milhões mensais. (Em um ano o fornecedor ganha com a assistência o dobro do que faturou com a venda dos aparelhos.)
Nas operações da PM paulista já morreram 32 pessoas e não há notícia de câmera que tenha registrado algum confronto. Revista diária das celas em Mossoró, como manda o protocolo, nem pensar.
Os repórteres André Shalders, Vinícius Valfré e Tácio Lorran revelaram que a empresa R7 Facilities, contratada para fazer obras na penitenciária de Mossoró, teve um sócio-administrador que recebeu auxílio emergencial durante a pandemia e funcionava numa casa da periferia de Brasília.
Ela hoje tem pelo menos 47 contratos com o governo federal, no valor de R$ 357 milhões, dos quais R$ 305 milhões foram assinados com o atual governo.
A ordem pública precisa de forças policiais disciplinadas. Em São Paulo, onde está o maior aparelho de segurança do país, a população assiste a uma saia justa entre os coronéis da PM e o secretário da Segurança. Isso no andar de cima. No de baixo, um PM destruiu a câmera de uma comunidade e foi filmado.
Há zilhões de grupos nas redes sociais, mas até agora nenhum assumiu o termo engrupir.
A trombada entre o vereador Alexandre Leprevost e Eduardo Pimentel, com a saída do primeiro da base de apoio do prefeito Rafael Greca, que apoia a candidatura do seu vice para a sucessão, fez algumas marolas, mas no fundo é apenas uma questão de sobrenome, afinal, Ney, irmão do parlamentar, também é candidato. No mais… isso é política!
Se a coisa continuar assim, nas próximas eleições o brasileiro entra no local de votação e pergunta para um fiscal: “Devo votar na direita ou na esquerda?”. A resposta: “Vote na urna eletrônica. Ela está ali quietinha e protegida de olhares cobiçados”.
Nota Oficial da Portos Paraná
A Portos do Paraná informa que o Corpo de Bombeiro e as equipes de emergência do Porto de Paranaguá do Plano de Ajuda Mútua – PAM – controlaram o incêndio ocorrido nesta sexta-feira (23) na TC5, uma das 06 correias do corredor de exportação no Porto de Paranaguá que abastece o berço 214. Não houve vítimas. Os navios nos berços 212 e 213 foram desatracados de maneira preventiva. Os isolamentos nas áreas próximas ao local da ocorrência serão mantidos. As causas do incêndio serão apuradas pelas autoridades competentes.
Foto de Roberto José da Silva
Da coluna de Mônica Bergamo, na FSP
Calendário estabelecido pelo tribunal do Paraná que pode resultar na cassação do senador fará caso chegar a Brasília depois de maio
A data escolhida pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), Sigurd Bengtsson, para o julgamento que pode terminar na cassação de Sergio Moro estabeleceu um calendário que impedirá que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, participe de qualquer análise posterior sobre o caso quando ele chegar à corte de Brasília.
O julgamento de Moro no Paraná começa no dia 1º de abril e termina no dia 8. Qualquer que seja o veredicto, a parte derrotada recorrerá ao TSE.
Antes disso, no entanto, devem ser apresentados recursos ao próprio TRE-PR. E a previsão é a de que eles levem mais de um mês para ser analisados.
Com isso, o recurso a Brasília só deve ser apresentado ao TSE no fim de maio —quando Alexandre de Moraes já estará se despedindo da corte.
O magistrado deixará a presidência e o próprio tribunal no dia 3 de junho, quando completa quatro anos na Corte.
Quando Alexandre de Moraes sair do tribunal, a ministra Cármen Lúcia, hoje vice, assume a presidência. O ministro André Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal (STF), entra na vaga deixada por ele.
Advogados que acompanham de perto a tramitação do caso acreditam que o cenário para Moro pode ser, portanto, mais favorável em Brasília do que se o caso chegasse ao TSE antes das mudanças na composição da Corte.
Outra particularidade: caso Moro seja cassado, seu substituto terá que concorrer às eleições em meio ao pleito que escolherá prefeitos e vereadores no Paraná.
Quem me pede para contar a verdade já está me exigindo uma mentira. (Millôr)
“Ratinho Junior não vai ao ato pró-Bolsonaro por mobilização contra dengue”, informa o jornal digital da família curitibana. O Gaiato da Boca Maldita leu e concordou com a decisão do governador. “A dengue tem cura”.
Foto de Ricardo Silva
de Jamil Snege
O velho índio foi encontrado vagando pela floresta, aparentemente perdido. Perguntaram-lhe. Respondeu cheio de brios: “Perdi foi minha casa; não consigo encontrá-la”. Quanta lição, Senhor. O homem pode perder sua casa, sua rua, os rostos que ama – sem jamais se perder de si mesmo.
Um incêndio aconteceu hoje por volta das 16h30 no Porto de Paranaguá no local conhecido como Berço 212. Os bombeiros foram acionados. Nenhuma informação oficial foi divulgada até o momento. Confira: Continue lendo