8:18Cida Borghetti recebe hoje o título de “Cidadã Honorária do Paraná”

Da assessoria de imprensa da Assembleia Legislativa do Paraná

A Assembleia Legislativa do Estado do Paraná realiza nesta terça-feira (27) uma sessão solene para entregar o Título de Cidadã Honorária do Estado do Paraná à ex-governadora, Cida Borghetti.

A sessão deve reunir centenas de amigos, familiares, empresários e lideranças políticas do Paraná e de outros Estados. Também estarão presentes e ex-colegas de Cida Borghetti da Assembleia Legislativa, Câmara Federal, Governo do Estado e Itaipu Binacional. A cerimônia está marcada para às 18 horas, no Plenário da Casa.

“Uma honraria mais que merecida por sua brilhante trajetória de realizações em prol do nosso Estado”, afirmou Adriano José. “Cida desempenhou o cargo de governadora de forma exemplar, com diálogo, ética e transparência. Entrou para a história também como a primeira mulher a governar o estado. Este título reflete o apreço e admiração conquistados junto à Assembleia e toda nossa população”, completou o parlamentar.

Biografia

Maria Aparecida Borghetti é natural de Caçador (SC). Empresária e jornalista, Cida Borghetti é formada em Administração Pública pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), especializada em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Continue lendo

8:13A posse

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE/PR)  distribuiu os convites para a posse do desembargador José  Rodrigo Sade. Será no próximo dia 06 de março às 17h. Ainda não se sabe se o senador Sergio Moro recebeu – e se vai comparecer.

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8:00A sutil arte de matar o próximo

por João Pereira Coutinho, na  FSP

Os bons sentimentos às vezes redundam em péssima política

É uma das mais antigas memórias de infância: eu, com nove anos, cantando “we are the world, we are the children” na festa da escola. O auditório, com pais embevecidos e lacrimejantes, bebia as palavras como se fossem as tábuas da lei que Moisés trouxe do Sinai.

Eu, antecipando uma carreira futura como rezinga profissional, murmurava apenas palavras soltas, contando os segundos para fugir do palco.

Foi um sucesso. De tal forma que, para mal dos meus pecados, a turma fez turnês por outras escolas, casas de repouso —e, se a memória não me falha, o hospital psiquiátrico da cidade, onde fomos recebidos de braços abertos.

Lembrei tudo isso enquanto assistia ao documentário “A Noite que Mudou o Pop“, na Netflix, sobre a noite em que Los Angeles reuniu em estúdio o maior número de estrelas para gravar “We Are the World“.

Apesar do meu estresse pós-traumático, gostei. Para começar, o solo de Bob Dylan era o único momento da canção que verdadeiramente me encantava. Mas quem diria que foi Stevie Wonder, mimetizando o estilo de Dylan, quem ensinou ao próprio Dylan como cantar os versos?

De resto, confirmei velhas certezas: a beleza irreal de Diana Ross, a força vulcânica de Bruce Springsteen e o talento ofensivo de Michael Jackson. Tudo era fácil, gracioso e luminoso naquele corpo frágil.

Claro que, no filme, falta o essencial: o destino do dinheiro. Na década de 1980, a fome na África, sobretudo na Etiópia, levou figuras como Bob Geldof ou Harry Belafonte a mobilizarem esforços homéricos para salvarem os famintos.

Canções foram gravadas. Concertos foram organizados. Milhões de dólares foram enviados para o continente.

Mas fenômenos como a Band Aid ou a USA for Africa nunca perderam o seu tempo para questionar as origens políticas da fome que combatiam.

No caso da Etiópia, a catástrofe humanitária era, em grande medida, responsabilidade do regime de Mengistu Haile Mariam e da guerra civil em que ele mergulhou o país.

Se juntarmos à guerra a coletivização forçada da agricultura promovida por Mengistu, com o deslocamento forçado de meio milhão de pessoas —uma estimativa conservadora—, entenderemos melhor as imagens obscenas das crianças esqueléticas que horrorizaram o Ocidente.

Os milhões de dólares teriam aliviado as condições infernais de muitas delas. Mas persiste hoje —nos trabalhos notáveis de Dambisa Moyo e de David Rieff— a acusação de que esse dinheiro, nem sempre usado para fins humanitários, serviu sobretudo para prolongar a guerra e, por consequência, a fome.

Qual a moral da história?

Os bons sentimentos, às vezes, redundam em péssima política. Mas quantos poderiam imaginar isso naquela noite de 1985, quando os melhores dos melhores pensavam que estavam salvando o mundo?

Excesso de empatia pode ter os seus abismos. Falta de empatia também, embora essa seja a principal ambição do homem na modernidade.

Tempos atrás, na casa de um familiar, encontrei os famosos livros de Mark Manson, com os títulos sonantes “A Sutil Arte de Ligar o F*da-se” e “F*deu Geral”. “Milhões de exemplares vendidos”, lia-se na capa!

A mensagem, resumidamente, era só uma: seja mais sociopata. Que interessam os outros? A vida livre, a vida feliz, é feita de misantropia e narcisismo. Remorsos ou vergonhas só atrapalham.

No fundo, milhões de leitores gostavam de ter uma patologia mental. Ou, para usar os termos científicos, uma “perturbação de personalidade antissocial”, tal como descrita por Patric Gagne, psicoterapeuta e sociopata, com livro de memórias no mercado.

O título é “Sociopath” e, em entrevista ao New York Times, Gagne nos fala da sua vida convivendo com o distúrbio.

A apatia emocional, a ausência de consciência moral, a indiferença perante a dor dos outros —tudo começou bem cedo. A que se seguiu a criminalidade— nada de horripilante, apenas furtos e vandalismo.

Hoje, consciente de sua condição, Gagne consegue controlar os seus impulsos. Mas o momento revelador da entrevista acontece quando ela afirma que os “neurotípicos” —gente sem perturbação— sentem uma curiosidade invejosa pela sociopatia. Por quê?

Porque imaginam que é um estado gostoso, onde a culpa, essa invenção pequeno-burguesa, deixa de fazer sentido. Alguns chegam a confessar ideações homicidas, esperando encontrar compreensão.

Se calhar, está aqui o próximo best-seller, “A Sutil Arte de Matar o Próximo”. Alguma editora estaria interessada?

7:47JORNAL DO CÍNICO

Do Filósofo do Centro Cínico

O Brasil é um país tão sério que a democracia foi parar num ringue de luta de boxe caça-níquel entre um atleta profissional aposentado e um personagem do BBB que tinha sumido no esquecimento.

7:44Começa a série de ações em ano de eleição!

O PSOL entrou com ação popular pelo fato de Eduardo Pimentel ser vice-prefeito de Curitiba e, ao mesmo tempo, secretário de Cidades do governo do Paraná. Em brasileiro reclama que há uma mistura esquisita aí. O que se pergunta no Centro Cívico é porque o partido demorou tanto, já que Pimentel foi nomeado secretário no começo do segundo governo de Ratinho Junior. De qualquer forma, a justiça decidirá. Isso é política! Isso é campanha!

7:32Xandão, Bambam e a Democracia

Do ministro Alexandre de Moraes, do STF, na aula do início letivo da Faculdade de Direito da USP, onde se formou:

“Esses três pilares [imprensa, eleições e Judiciário] resistiram no mundo todo, mas foram abalados. Nós não podemos nos enganar, não podemos baixar a guarda, não podemos dar uma de Bambam contra Popó —que durou 36 segundos. Nós temos que ficar alertas e fortalecer a democracia, fortalecer as instituições”,

15:50Não assusta!

Um ministro do STF disse à coluna da jornalista Mônica Bergamo que “Bolsonaro nunca assustou o Supremo, nem mesmo quando estava no poder, comandava as Forças armadas, tinha amplo apoio entre os militares e mobilizava até mais gente para ir às urnas”. Então, tá.

15:15Vai dar zebra, esquerda?

Do advogado Roberto Bertholdo sobre a manifestação de ontem na Paulisto em texto publicado no X:

  •  Achar que o ato de Bolsonaro, ontem na Paulista, não vai influenciar no ambiente político que envolve o governo é agir como avestruz. 
  • Então, o que aconteceu ontem não muda a vida do Bolsonaro,  mas sinaliza que a instabilidade e a divisão que a extrema direita logrou implantar no Brasil continua muito viva e esse ambiente atrapalha demais o governo, o seu funcionamento e o dia a dia das pessoas.
  • A direita mostrou mais uma vez que é muito mais organizada que a esquerda, com mais capacidade de mobilização que os campos progressistas.
  • Além disso, continuaa ditando a pauta dos assuntos da mídia.
  • Não reconhecer que a dinâmica política está sendo pilotada por eles, que a classe média é muito majoritariamente de direita e que uma parcela importante de classes mais pobres também está apoiando esses malucos, é o primeiro passo para permitir que eles retornem.
  •  Além disso, eles tem maior domínio no manejo das midias sociais e a esquerda ainda não encontrou a linguagem correta para comover ou inspirar sonhos nessas modernas ferramentas.
  • O modelo de comunicação da direita é curto e raso. O nosso modelo é mais elaborado e portanto, mais longo e mais difícil de ser compreendido.
  • Nessa área, tirando o Lula, que é um craque, todos estão fazendo um pouco errado.
  • Ou a esquerda tira a cabeça para fora e deixa de se comportar como avestruz, ou vai dar zebra.

12:29Filho de Putin

Título do artigo do senador Sergio Moro na Gazeta do Povo: “Lula, filho de Putin”. Para quem ouviu o presidente do Brasil dizer há tempo que não iria sossegar enquanto não conseguisse “foder” com ele, até que foi uma resposta educada.

12:13JORNAL DO CÍNICO

Do Filósofo do Centro Cínico

A palavra resiliente voltou com tudo depois da manifestação de ontem na avenida Paulista. Os bolsonaristas divulgam o que seria o correto, ou seja, a capacidade de voltar à sua forma original depois de enfrentar e superar adversidades. Os petistas juram que os adversários voltaram ao estado anormal.