8:23JORNAL DO CÍNICO
Do Filósofo do Centro Cínico
Só os maconheiros não são ouvidos sobre essa questão da liberação da droga. Eles sabem a diferença entre 50 gramas e um baseado.
8:19Recado explícito
No PDT o lançamento da pré-candidatura do deputado estadual Goura à prefeitura de Curitiba foi sacramentada com um adendo explícito: ele pode se abraçar com um partido que lhe dê a vice – ou com algum que lhe apresente um vice. Isso é política! Isso é campanha!
8:12Arquive-se!
Da assessoria de imprensa da Assembleia Legislativa do Paraná
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, da Assembleia Legislativa do Paraná, acatou os votos do relator Matheus Vermelho (PP), pelo arquivamento de três representações disciplinares que estavam sob a análise do parlamentar no colegiado. A reunião, para apresentação dos pareceres sob a admissibilidade dos processos, foi realizada na manhã desta quarta-feira (6), no Auditório Legislativo.
Dois procedimentos eram movidos pelo deputado Renato Freitas (PT), em face do presidente do Legislativo, deputado Ademar Traiano (PSD), e outro do deputado Ricardo Arruda (PL), contra o deputado Renato Freitas.
“Os processos estavam a cargo do relator Mateus Vermelho, que pediu arquivamento, em razão de falta de materialidade, da falta de elementos de convicção que pudessem dar continuidade aos processos. Então, essas três representações foram arquivadas aqui no Conselho”, explicou o presidente do Conselho de Ética, deputado Delegado Jacovós (PL).
8:07PARA NÃO ESQUECER ARTHUR MAIA, NELSON FARIA E MOLAMBO
8:04Perseguição
Eu não entendo essa perseguição ao comunismo. A Constituição não permite a liberdade de culto? (Millôr)
6:37Imprevisível
Sigurd Roberto Bengtsson, presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, disse à FSP que o “Caso Moro” é complexo e imprevisível. Ele acredita que o processo envolvendo o senador deverá chegar ao Tribunal Superior Eleitoral no início de maio. A trajetória do ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça combina com o script do julgamento que pode cassar seu mandato e começa no Paraná no dia 1º de abril.
6:29A VIDA COMO ELA É
Foto de Lineu Filho
6:22Mídia do cassete
por Carlos Castelo
Assisti a nova produção de Wim Wenders, “Dias Perfeitos”. O personagem principal é Hirayama, que leva uma vida simples, limpando banheiros públicos em Tóquio. O filme é uma reflexão a respeito do cotidiano, encontrando beleza nas coisas mais ordinárias da vida. Wenders apresenta ainda uma abordagem reflexiva e contemplativa, como em outras de suas realizações. Em alguns momentos, a história me lembrou o conto “Cine Privê”, de Antonio Carlos Viana, mas aí já seria assunto para outra crônica.
Uma das singularidades de Hirayama é gostar de ouvir músicas em fitas cassete. E foi isto o que, de fato, mais me interessou na narrativa.
Minha vida teve início na era do long-play. Durante muitos anos foi a mídia que mais consumi. O primeiro disco que ouvi inteiro foi Abbey Road, dos Beatles. Depois entrei por Led Zeppelin, The Who, Dylan e os progressivos. Mais tarde, veio o jazz.
Isso até ganhar de aniversário um gravador cassete. Com o aparelho, descobri que podia criar playlists. Deu-se a revolução. A produção inicial foi uma seleta de canções de Frank Zappa – tenho essa Sony comigo até hoje. Como Hirayama faz no longa de Wim Wenders, costumo exibir a raridade aos mais jovens do que eu. Curiosamente, são pouquíssimos os que percebem a importância do antigo artefato.
Quem vê essa mídia hoje, do alto da tecnologia digital, deve julgar que era algo simplório. Mas as fitas cassete tinham diferentes tipos de formulações magnéticas que influenciavam a qualidade do som gravado nelas. Um exemplo era a fita de metal. Produzida com partículas de óxido de ferro, melhorava a fidelidade do som. Era bem mais cara do que as de óxido de ferro puro. Os profissionais de gravação só usavam as metálicas. Eu, como era metido a audiófilo, economizava a mesada para poder comprar as da marca TDK.
Um outro aspecto das fitas na minha juventude foi a épica gravação do cassete “Sutil como um cassetete”, do grupo de humor Língua de Trapo. Em 1979, bem antes do lançamento do seu primeiro LP, o conjunto entrou num modesto estúdio e captou as músicas que performava em shows no circuito universitário. Usando o gravador Akai 4000 DS do meu pai, artesanalmente, eu passava a matriz do rolo para as fitinhas. Depois, elas eram acondicionadas em caixas plásticas transparentes e adornadas com uma língua colorida feita de retalhos. Foi assim, de mão em mão, comercializadas pelos corredores das faculdades, que a banda virou cult.
Por fim, o cassete teve até mesmo papel amoroso em minha vida. Certa vez me interessei (não propriamente no sentido bíblico) por uma amiga, infelizmente comprometida naquele momento. Revelei-lhe minhas intenções, apesar dos pesares. A escolhida não disse palavra. Preferiu responder enviando, pelo Correio, um cassete recheado com dúzias de músicas francesas românticas. Para bom ouvinte, meia fita basta.
(Publicado no Estadão)
6:21A VIDA COMO ELA É
Foto de Roberto José da Silva
6:18Ao mestre, com saudade
Ao mestre, com saudade
por Célio Heitor Guimarães
Se vivo estivesse, Mussa José Assis teria completado nessa quarta-feira 06/03 oitenta anos de idade. Para comemorar a data, Dante Mendonça, lançado no jornalismo por Mussa, convocou os velhos companheiros de O Estado do Paraná e Tribuna do Paraná para uma reunião-jantar no tradicional Bar Palácio.
Mussa José Assis, caipira de Pompeia (SP) forma, até hoje, entre os meus tipos inesquecíveis. Como profissional e como ser humano. Foi uma figura notável, da qual dava gosto ser amigo e um grande privilégio ter sido seu discípulo.
Como jornalista, Mussa honrou como poucos a profissão. Soube sempre modernizar-se, adaptar-se aos novos tempos da imprensa, sem afastar-se dos valores essenciais da atividade. E soube como poucos aliar opinião com imparcialidade, informação com ética, amizade com dever, poder com simplicidade e, sobretudo, trabalho com dignidade. Formou gerações de jornalistas, descobriu talentos e pavimentou o caminho de centenas de jovens, tornou-se confidente e conselheiro de autoridades e políticos das mais variadas tendências, e privou do poder, sem perder jamais o respeito e a integridade.
Quando a imprensa passou a pautar-se pelo press release e curvar-se aos poderosos, Mussa soube como deixar uma janela aberta para os inconformados, entre os quais ele próprio, defendendo, mesmo com enorme desgaste pessoal, a liberdade de expressão, coisa rara na mídia nacional.
Estive com Mussa na velha Última Hora, de Samuel Wainer, uma das maiores escolas de jornalismo que o Paraná conheceu. E com ele aprendi, entre outras lições, uma em especial, da qual ele talvez nem mais lembrasse: a de tratar bem o texto, a partir da limpeza do original. Éramos certamente os únicos, na redação da Voluntários da Pátria, cujas laudas não continham sequências de xis e correções manuais à margem. Não nos importávamos de passar a limpo os textos que escrevíamos, dando-lhes uma redação final devidamente corrigida; ao contrário, fazíamos questão disso – para espanto (e até irritação) dos colegas.
Por obra e inteligência de Paulo Pimentel, nos últimos tempos, Mussa comandou O Estado do Paraná. E o jornal era a cara dele. Talvez não tanto quanto ele gostaria, mas o máximo possível. Com isso, era, então, um dos poucos veículos difusores da livre opinião no País. Dou aqui o meu testemunho pessoal. Sob a batuta de Mussa, completei treze anos de colaboração no jornal. Tinha consciência de que, se meus desabafos semanais às vezes eram pueris, saudosistas e com alguma graça, normalmente surgiam provocativos e até atrevidos, embora sempre sinceros. Pois todos eles foram preservados na íntegra, sem alteração de uma vírgula sequer, a não ser quando ela se apresentasse fora do lugar.
Tudo isso era obra de Mussa José Assis. E sabe o leitor por quê? Porque para Mussa, por justiça e merecimento, a liberdade deve estar acima de tudo. E junto dela, em igualdade de condições, a verdade e o respeito ao leitor.
Para Mussa José de Assis, o jornalista sempre foi uma espécie de herói marginal – como diria o gaúcho Fausto Wolff, mais de cinquenta anos de profissão –, incapaz de tornar-se uma espécie de poodle de divã ou office boy do poder. E isso ele transmitiu aos filhos e aos amigos, que lhe queriam bem e hoje têm imensa saudade dele.
6:18A VIDA COMO ELA É
Foto de Rogério Machado
17:43Poema do aviso final
de Torquato Neto
É preciso que haja alguma coisa
alimentando o meu povo;
uma vontade
uma certeza
uma qualquer esperança.
É preciso que alguma coisa atraia a vida
ou tudo será posto de lado
e na procura da vida
a morte virá na frente
e abrirá caminhos.
É preciso que haja algum respeito,
ao menos um esboço
ou a dignidade humana se afirmará
a machadadas.
17:42A tragédia continua
Logo mais, às 18h30, o programa Justiça & Conservação, no Youtube (ver link abaixo), conversa com a jornalista Sônia Bridi que fala, com conhecimento de causa, sobre a tragédia na terra indígena dos Yanomami. “Um ano após a operação federal, o garimpo ilegal e a crise humanitária permanece” – é o resumo. Confiram: https://www.youtube.com/watch?v=6uuSzRX9xYY
16:13PARA NUNCA ESQUECER JIMI HENDRIX E LIKE A ROLLING STONE
16:02O dia em que prenderam Satanás
A manchete inesquecível, publicada no G1 há seis anos:
Traficante do Rio de Janeiro conhecido como Satanás é preso tentando entrar no Espírito Santo.
15:38A VIDA COMO ELA É
Foto de Ralf G. Stade
15:35Vende-se SAF
Ao saber que a empresa detentora de 90% do SAF do Coritiba está procurando parceiro para dividir a participação acionária no clube, o Gaiato da Boca Maldita bolou uma propaganda para ajudar na negociação: “Vende-se SAF pouco usada. Motivo: arrependimento”.
15:32Na lista dos “traíras”
Kassio Nunes, ministro do STF indicado por Jair Bolsonaro, disse não a um pedido para liberar os presos pelos ataques de 8 de janeiro do ano passado. Isso quer dizer que logo vai entrar na lista dos “traíras” do antigo governo.
15:19PDT confirma pré-candidatura de Goura, mas pode compor
Ontem o PDT de Curitiba confirmou a pré-candidatura do deputado estadual Goura à prefeitura da capital paranaense. Ele aproveitou a ocasião para dizer o seguinte: “O PDT tem pré-candidato a prefeito. Isso quer dizer que a gente não pode compor? Não. Isso quer dizer que o PDT tem projeto para Curitiba e que estamos trabalhando para construir uma cidade inclusiva, justa e acessível para todas as pessoas e que o PDT vai sim trabalhar para ter uma candidatura organizada, forte e com relevância para a cidade”.