14:43Cine Passeio, cinema de rua de Curitiba, tem a maior taxa de ocupação do país

por Sandro Moser, no Fringe

Esperança brasileira no Oscar e indicado nesta segunda-feira (9) ao Globo de Ouro, o filme Ainda Estou Aqui tem lotado cinemas em todo o país. Porém, em nenhuma outra sala, os resultados são tão bons quanto no Cine Passeio, em Curitiba.

Em cartaz há um mês no Cine Ritz, uma das salas com 88 poltronas do cinema de rua curitibano, o filme de Walter Salles foi exibido em 34 sessões para um total de 2.960 pagantes. Uma média de 87 pessoas por sessão, ou seja, uma incrível taxa média de 100% de ocupação.

Um fenômeno que se deve, em parte, à repercussão massiva do filme, mas também aos números altamente positivos do complexo de cinema público que contempla duas salas – o Cine Luz e o Cine Ritz –, além de outros três espaços de exibição que incluem uma sala ao ar livre e uma sala que pode ser alugada para assirtir filmes e séries em grupos, além de um café que vive lotado.

O Cine Passeio ocupa, desde 2019, o prédio de um antigo quartel do Exército e, nestes quase seis anos de atividade, alcançou uma taxa média de ocupação de 48,5%. Quase o dobro da média nacional, que não ultrapassa 25%. Até o fim de 2024, o cinema deve bater a marca de 100 mil ingressos vendidos.

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14:32Paraná vai restaurar e duplicar estradas de Santa Catarina

A Tribuna do Paraná informa que o governo do Paraná vai restaurar e duplicar trechos de rodovias do litoral norte de Santa Catarina. Isso porque as disputas territoriais marítimas entre os dois estados, que afetaram a distribuição de royalties de exploração  de petróleo, serão encerradas. Dessa maneira o Paraná quitará os valores devidos ao estado vizinho. Ao ler a notícia, um especialista no assunto foi ao ponto: “As estradas servem ao Porto de Itapoá”. Para alfinetar mais, concluiu: “E nada para as divisas secas do Sudoeste e Centro Sul do Paraná”.

 

14:21O dono da caneta e o adversário

A antecipação da eleição para as comissões permanentes da Assembleia Legislativa foi pensada pelo atual presidente Ademar Traiano – e só ele poderia fazer isso, além de ter a caneta. O deputado deverá se candidatar para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a principal da Casa, com indicação do PSD. Com isso, Luiz Claudio Romanelli, do mesmo partido, fica de fora da disputa que queria. O PSD é o partido do governador Ratinho Junior e do futuro presidente da Alep, Alexandre Curi. Por enquanto, quem também já se anunciou candidato foi o petista Renato Freitas que, tempos atrás, bateu de frente com Traiano ao denunciá-lo por corrupção em plenário. A eleição acontece depois do fim da sessão plenária desta tarde.

12:50Eleição na Assembleia

Do enviado especial

A Assembleia Legislativa elege nesta segunda-feira os presidentes das comissões permanentes da Casa. Será após a sessão plenária. Trata-se de uma inovação. Normalmente, o processo ocorre na primeira semana de fevereiro.

11:16A história de Curitiba através das Balas Zequinha

Assim veio:

No dia 14 de dezembro (sábado), a partir das 16h, Camila Jansen de Mello de Santana autografa seu livro, publicado pela Máquina de Escrever Editora, “As Balas Zéquinha e a Curitiba de outrora”, no Café e Livraria Arte & Letra. A entrada é gratuita.

Neste livro a historiadora Camila Jansen de Mello de Santana recupera fragmentos do passado da capital do Paraná a partir de 200 ilustrações da coleção original de embalagens das balas Zéquinha, comercializadas pela empresa A Brandina, de propriedade dos Irmãos Sobania, entre 1929–1948.

“No percurso das páginas, uma Curitiba que tinha seu cotidiano transformado pelo incremento de novas técnicas e tecnologias, é apresentada através das ilustrações de Zéquinha, e desvendada com o auxílio de diferentes charges, músicas, reportagens do período”, afirma Camila, graduada, mestre e doutora em História pela Universidade Federal do Paraná.

O leitor e a leitora de “As Balas Zéquinha e a Curitiba de outrora” terão a oportunidade, e o privilégio, de acompanhar – a partir das observações da autora – a gênese do personagem, um dos mais emblemáticos da cultura paranaense, e seu suporte, investigando o universo de criação e circulação de imagens na década de 1920.

“Ao analisar cada uma das duas centenas de ilustrações das Balas Zéquinha, colocadas em diálogo com outras fontes do período, revelamos os impactos dessas transformações urbanísticas e modernas nas esferas do cotidiano, mundo do trabalho, violência, lazer e sociabilidades da população curitibana”, explica Camila, pesquisadora do Núcleo de Artes Visuais, credenciado no CNPq, e também autora do livro infantil “O Pequeno Pingo d’água” e de “Sociabilidades curitibanas: o lazer e o civilizar-se”, título igualmente publicado pela Máquina de Escrever Editora em parceria com a Fundação Cultural de Curitiba. Continue lendo

10:43As conexões do Vale do Pinhão

Da assessoria de imprensa da prefeitura de Curitiba

Conexões Vale do Pinhão, em Curitiba, terá Otaviano Costa e lideranças do IFood, Microsoft e Neodent

O Vale do Pinhão, ecossistema de inovação de Curitiba, encerra o próspero ano de 2024 nesta terça-feira (10/12), a partir das 18h30, no Teatro Guaíra, com o Conexões Vale do Pinhão.

Os ingressos são gratuitos e podem ser adquiridos pelo Guia Curitiba. O evento vai arrecadar doações de alimentos não perecíveis, com entrada-social de 1 kg de alimento por pessoa.

O evento anual que conecta ideias, pessoas e negócios para transformar Curitiba no centro da inovação leva ao palco mais famoso da cidade gente que faz acontecer nos negócios, com criatividade e inovação. Este ano, entre os convidados, estão o ator e apresentador Otaviano Costa, que vai contar sua história como empreendedor e gerente da própria carreira.

“Vai ser uma noite para celebrar a inteligência humana, criadora da inteligência artificial e suas infinitas possibilidades. Vamos reunir o Vale do Pinhão para conhecer histórias de quem foi inovador e cria soluções para o presente e o futuro. E faz isso com criatividade e, sobretudo, sem deixar de lado a humanidade, promovendo a melhora da qualidade de vida para todos”, destaca o presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação e secretário municipal da Inteligência Artificial, Dario Paixão.

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10:29JORNAL DO CÍNICO

Do Filósofo do Centro Cínico

A delegação do Atlético Paranaense desembarcou no Afonso Pena e seguiu em ônibus descaracterizado. Não precisava. A torcida não estava lá. Perdeu o ânimo até de vaiar.

8:57Joias e dinheiro grosso

Ontem, no início da tarde, uma quadrilha entrou num apartamento de alto padrão no bairro Água Verde e “limpou” tudo. Duas horas e meia depois, equipes da Rone (Rondas Ostensivas de Naturezas Especiais), da Polícia Militar, localizaram os bandidos. Cinco foram presos. Três pertenciam ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Ao ver o que foi apresentado como resultado do roubo, um língua ferina do Batel ficou espantado: “Tinha mais joias e relógios do que numa joalheria e tanto dinheiro grosso em moeda estrangeira que dava para abrir uma casa de câmbio”, exagerou. Confira: Continue lendo

8:11Quatro vezes e uma constatação

Do correspondente esportivo:

O Clube Atlético Paranaense já foi rebaixado para a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro quatro vezes: 1989, 1993, 2011 e 2024. A diferença é que antes do sofrimento da atual temporada, não tinha o melhor estádio, o Centro de Treinamento mais moderno e o alto faturamento com vendas de jogadores e etc. Igual mesmo era o oposto ao torcida coloca em primeiro lugar para corresponder ao amor incondicional que sente pelo rubro-negro: time que maltrata a bola e ela se recusa a colaborar.

6:59Chuva, melancolia e mágoa

por Mário Montanha Teixeira Filho

A chuva insistente do sábado, o céu cinza e pesado, a lembrança dos fracassos inexplicáveis, o desânimo, tudo parecia antecipar o que sempre foi óbvio. Dois dias antes, eu fazia parte da multidão que lotou o estádio em busca de uma esperança, a que poderia virar realidade se nos fosse dado conquistar um ponto, o solitário e miserável ponto que nos livraria da morte anunciada. Não conseguimos. Ou melhor, quem não conseguiu foram eles, os espantalhos alienados e mercenários que entraram em campo. Estava ali um conjunto mal-arranjado de boleiros, a trajar panos horríveis – as camisas descaracterizadas e vazias de paixão que a cartolagem inventou – e pisotear nossa história com uma passividade repugnante.

Havia um punhado de times desesperados. O nosso era um deles, com o traço essencial e definitivo: os outros lutavam para não cair; nós assistíamos, com olhos incrédulos, a um desfile de indiferença que terminou com a derrota dos seres desalmados que diziam nos representar. As cenas de terror, sob o comando de um arremedo de técnico, deixaram a pior impressão possível.

O sábado lacrimoso e denso passou lentamente. Veio o dia decisivo, do mesmo jeito, estranho, ameaçador e previsível, à espera dos jogos. Quando eles começaram, não foi preciso acompanhar com sofreguidão todos os resultados. A cada minuto, a certeza de que cairíamos era maior, e a raiva cedeu à melancolia. Estávamos diante do inevitável. 

Sobraram mágoas. E sobramos nós, os tristes (otários, dirão os insensíveis) que fizemos o que gostamos de fazer: ocupar o templo com nossos corpos, compartilhar emoção, gritar o tempo todo, olhar-nos e identificar em nossos olhos uma força coletiva, que não morre – algo maior do que o belo (e inútil) espetáculo de luzes, poeira e fogos patrocinado pelos ladrões da nossa alegria, aqueles que, dizem os deuses do futebol, deverão ser expulsos do clube centenário. Fora, ditador, bajuladores, idiotas e oportunistas! 

Que seja assim. Voltaremos.