16:39JORNAL DO CÍNICO

Do Filósofo do Centro Cínico

O PT não vai apoiar nenhuma das duas candidaturas que disputarão a prefeitura de Curitiba no segundo turno. Qual a novidade? Não apoiaram nem o “socialista” Ducci no primeiro!

16:31PP anuncia apoio a Eduardo Pimentel no 2º turno em Curitiba

Da assessoria de imprensa do Progressistas

Em reunião no fim da tarde de segunda-feira (7), o Progressistas definiu o apoio ao candidato a prefeito Eduardo Pimentel (PSD), no 2º turno da eleição de Curitiba.

“Eduardo Pimentel é a melhor opção para a cidade. Vamos contribuir na campanha com o nosso time e com sugestões para a construção de uma Curitiba ainda melhor para todos”, afirmou a presidente do PP em Curitiba, deputada Maria Victoria. “O que está em jogo nesse momento é garantir que as conquistas dos curitibanos não retroajam”, completou Maria Victoria. Continue lendo

14:56Marqueteiro argentino assume a campanha de Eduardo Pimentel

por Vanderlei Rebelo, no Paraná Político

O marqueteiro argentino Jorge Gerez assumiu nesta segunda-feira a estratégia de marketing eleitoral do candidato do PSD, Eduardo Pimentel, à prefeitura de Curitiba. O nome foi imposto pelo governador Ratinho Júnior (PSD), que não estava satisfeito com a estratégia eleitoral adotada até aqui.

Ainda não foi definido se os vários homens de marketing que cuidavam da campanha – chefiados por Juca Pacheco – permanecem no comitê para assessorar Gerez nas estratégias que ele definirá. A decisão foi tomada ontem em longa reunião no comitê. Outras áreas estavam em xeque, mas a mudança maior ficou por conta da contratação do argentino.

Gerez é o marqueteiro preferido de dez entre dez políticos de direita da América Latina. Continue lendo

11:22Justiça nega pedido de Cristina Graeml para retirada de matérias sobre seu vice

Do enviado especial

A Justiça eleitoral negou o pedido da jornalista Cristina Graeml, candidata do PMB à prefeitura em Curitiba, para a retirada de matérias de seis portais (Impacto Paraná, Plural, HojePR, Jornal do Ônibus, XV de Curitiba e Jornale) sobre ações judiciais contra seu vice, o advogado Jairo Filho. Os processos o acusam de estelionato, fraudes financeiras e apropriação indébita.

Segundo o Plural, o vice responde a um processo no valor de R$ 1 milhão por supostamente aplicar um golpe contra uma idosa que vive em São Bernardo do Campo (SP). Ainda segundo o processo, o acusado recebeu R$ 400 mil e prometeu rendimentos de 2,5% ao mês à suposta vítima.

Jairo Filho advogado e ex-policial penal. Declarou R$ 20 mil em bens à Justiça Eleitoral. Metade em uma sociedade de advocacia e a outra numaempresa de inteligência.

Ao negar o pedido de Graeml, o juiz eleitoral Marcelo Mazzali escreveu que “os portais e a imprensa exercem relevante função de bem informar a população através de matérias jornalísticas veiculadas em seus sites, redes sociais e por distribuição de periódicos impressos”. E completou: “Não vislumbro irregularidade que de imediato deva ser coibida”.

Uma das bandeiras de Cristina Graeml no jornal Gazeta do Povo e Rádio Jovem Pan é a livre expressão. Ela é radicalmente contra a censura.

A sentença:0600489-83.2024.6.16.0004

9:46Clientes prejudicados, bancos punidos

por Claudio Henrique de Castro

Recentemente, foi confirmada a condenação de bancos portugueses que prejudicaram
consumidores. As condutas das instituições financeiras visaram reduzir a concorrência do
mercado de crédito através de uma prática acertada, com a formação de um cartel.
As multas totalizaram 227 milhões de Euros, o equivalente a 1,4 bilhões de reais.
O Tribunal da Concorrência condenou: a Caixa Geral de Depósitos (CGD) em 82
milhões de euros, o Banco Comercial Português (BCP) em 60 milhões, o Santander Totta em
35,65 milhões, o BPI em 30 milhões, o Montepio em 13 milhões, o BBVA em 2,5 milhões, o
BES em 700.000 euros, o Banco BIC (por factos praticados pelo BPN) em 500.000 euros, a
Caixa Central de Crédito Agrícola em 350.000 euros, a Union de Créditos Imobiliários em
150.000 euros.
O Barclays, que denunciou a prática, apresentou pedido de clemência, e foi apenas
advertido. Ficou configurado o conluio entre os bancos, que recebiam informações, aditavam
dados e os remetiam entre eles. Segundo os advogados, a troca de informações não prejudicou
clientes.
Uma associação de consumidores alega que o cartel envolveu custos injustos nos
empréstimos e causou, pelo menos, €5,3 mil milhões (32 bilhões de reais), em danos até ao final de 2022.
A prática afetou os contratos de crédito à habitação, crédito pessoal e crédito a pequenas
e médias empresas. Isso implicou que os consumidores suportassem custos adicionais, quer
diretamente, quer indiretamente através do aumento dos preços praticados.
Tudo começou em 2019, quando foram aplicadas multas totais de 243 milhões de euros
por essa prática contínua de 14 bancos, que trocaram informações sensíveis e não públicas, entre 2002 e 2013, permitindo reduzir a concorrência nas condições comerciais do crédito à
habitação, crédito ao consumo e crédito a pequenas e médias empresas.
Assim como no Brasil, em janeiro de 2024, os bancos anunciaram lucros recordes.
Ocorre que aqui, não há fiscalização quanto a este repasse de informações e o mercado
praticamente um duopólio, praticamente quatro bancos gigantes operam no mercado; dois
públicos (CEF e BB) e dois privados (Itaú e Bradesco).
Nossos juros estão entre os mais altos do mundo; as taxas e as tarifas, para a habitação,
ao mercado de varejo, à indústria e ao comércio, também. Continue lendo

8:48Sem bola

Na avaliação de pré-candidatos do PSD ao governo do Paraná em 2026, o resultado das urnas no estado foi excelente (164 prefeitos). Há um porém: se o partido perder Curitiba, isso poderá ser comparado a jogar futebol sem bola.

7:49A vacina na campanha

O vídeo recente em que a candidata Cristina Graeml se recusa a responder sobre se é contra ou a favor da vacina contra a Covid deverá ser uma das balas usadas pela campanha de Eduardo Pimentel para o segundo turno. Um raio-x com números de tudo que aconteceu em Curitiba na pandemia vai aumentar o peso do ataque. Há quem compare este posicionamento de Graeml com o atestado médico falso de Pablo Marçal sobre o uso de droga de Guilherme Boulos em São Paulo.

6:58Malafaia, sobre apoio de Bolsonaro em Curitiba: “Sou aliado, e não alienado”

Do pastor Silas Malafaia, em entrevista à FSP:

No Paraná, tendo candidato [indicado pelo PL] a vice [de Eduardo Pimentel, que concorre a prefeito], declarou para a mulher lá (Cristina Graeml, que concorria contra Pimentel) “pode usar meu nome”. Sinalizou duplamente. Gente! Isso não é papel da direita de nível maior. Eu apoio Bolsonaro. Mas eu já disse: sou aliado, e não alienado.

6:45Ser de esquerda virou uma marca ruim

por Joel Pinheiro da Fonseca, na FSP

A pílula real, amarga, é uma mensagem não exatamente nova, mas que só se intensifica: o Brasil está mais conservador

O Palácio do Planalto é mestre em dourar a pílula: comemorou o triunfo dos partidos de sua “base aliada” nas eleições municipais. Lembremos que essa base aliada – PSD, MDB e União Brasil – são aqueles amigos que conversam com a faca no pescoço do governo. Quanto a partidos de esquerda, o resultado foi bem menos favorável.

A pílula real, amarga, é uma mensagem não exatamente nova, mas que só se intensifica: o Brasil está mais conservador; pautas progressistas têm muita dificuldade. Ser de esquerda virou uma marca ruim. Políticos de esquerda têm que superar muito mais obstáculos para se comunicar com o eleitor médio.

Numa sondagem publicada em 4 de outubro, o jornal Valor perguntou aos partidos como eles se definem no espectro esquerda-centro-direita. Seguindo essa autodeclaração, vejamos como se saíram os partidos de esquerda e centro-esquerda (PT, PSB, PDT, PV, PCdoB, Cidadania, Rede e PSOL): ao todo, perderam 219 prefeituras. Agora vejamos os partidos de direita e centro-direita (PP, Republicanos, PL, Novo, União Brasil e PRD): juntos, ganharam 302 novas prefeituras.

O PT diz, com razão, que aumentou o número de prefeituras se comparado a 2020 (de 182 a 248). Mas essa recuperação foi principalmente em municípios pequenos do interior do Nordeste. Nas capitais e grandes cidades, o PT foi varrido. O “cinturão vermelho” da Grande São Paulo é uma lembrança distante, embora ainda reste esperança em Mauá e Diadema.

E esse resultado foi conseguido mesmo com a participação direta de Lula, o político mais popular da história da Nova República. Quando Lula se aposentar – o que deve acontecer, no mais tardar, em 2030 – o que será da esquerda brasileira?

Compare o PT com o PL, de Bolsonaro, que foi de 344 para 523 prefeituras, sem contar as possibilidades de vitória em 23 das 52 grandes cidades que terão segundo turno. Foi o partido com o maior número de votos no Brasil.

Por fim, o “centrismo” de partidos como PSD e MDB deve ser colocado em perspectiva. São legendas de centro no sentido político, ou seja, podem se aliar sem problema a governos de esquerda, como aliás acontece hoje no governo federal. Mas se fôssemos fazer uma análise ideológica e programática de grande parte dos prefeitos e vereadores desses partidos, especialmente fora do Nordeste, não tenha dúvidas: são conservadores e muito mais alinhados com Bolsonaro do que com Lula ou qualquer outro nome da esquerda.

Por que a esquerda tem tanta dificuldade? Penso que, além de considerações puramente políticas, a cultura brasileira mudou. Graças ao trabalho de anos não de partidos políticos, mas de igrejas, a população está mais conservadora. Nos costumes, oposição a bandeiras LGBT e ao feminismo; na economia, crença no poder do indivíduo; no plano internacional, simpatia com EUA e Israel. Temas que antes mal apareciam em eleições municipais, hoje são um problema real a ser contornado por uma candidatura de esquerda: Venezuela, aborto, drogas.

As redes sociais, ademais, colocaram o indivíduo no centro da comunicação, descartando as mediações institucionais que a esquerda aprendeu a dominar: sindicatos, universidades, partidos, institutos, ONGs. Nessas novas condições, a mudança da política depende de um longo trabalho cultural que deve começar fora dela.