De uma víbora do Centro Cívico:
André Mendonça recebe o título de cidadão honorário do Paraná. É, agora, terrivelmente paranaense!
De uma víbora do Centro Cívico:
André Mendonça recebe o título de cidadão honorário do Paraná. É, agora, terrivelmente paranaense!
Para quem não leu, segue o desabafo de ontem de Mario Celso Petraglia, presidente do Atlético Paranaense, pela atitude do técnico Cuca ao deixar o comando do time depois do empate contra o Corinthians. De cara ele chama o treinador de mau caráter. O resto do texto é daí pra frente. Confira: Continue lendo
Como dizia o outro: “não podemos ser bichos cabeludos para sempre. Um dia temos de virar borboletas”.
de Manoel de Barros
Prefiro as palavras obscuras que moram nos
fundos de uma cozinha — tipo borra, latas, cisco
Do que as palavras que moram nos sodalícios —
tipo excelência, conspícuo, majestade.
Também os meus alter egos são todos borra,
ciscos, pobres-diabos
Que poderiam morar nos fundos de uma cozinha
— tipo Bola Sete, Mário Pega Sapo, Maria Pelego
Preto etc.
Todos bêbedos ou bocós.
E todos condizentes com andrajos.
Um dia alguém me sugeriu que adotasse um
alter ego respeitável — tipo um príncipe, um
almirante, um senador.
Eu perguntei:
Mas quem ficará com os meus abismos se os
pobres-diabos não ficarem?
Falo, falo e não digo o essencial. (Nelson Rodrigues)
Visitar no mesmo dia o escritor Raduan Nassar e o linguista Noam Chomsky é coisa rara e iluminada. Lula fez isso hoje em São Paulo. De quebra ainda foi dar um abraço em Fernando Henrique Cardoso que acaba de completar 93 anos. Ganhou uns pontinhos de admiração.
Segunda-feira tem a energia caótica de 50 problemas por metro quadrado.
No excelente Paraná Político, de Vanderley Rebelo, a informação de que já são dez os pré-candidatos a prefeito de Curitiba. Agora a missão do jornalista é contar quantos são os candidatos a vice.
Em política, boi voa. Em campanha, boiada também. Pois na eleição de Curitiba a boiada já treina para alçar voo, tanto que líderes em pesquisas trocam figurinhas e podem aparecer abraçados na hora de a onça beber água.
Em Curitiba – Foto de Lina Faria
por Carlos Castelo
Há fatos que nos fazem questionar a sanidade humana: guerras, a bomba atômica, certas seitas fanáticas e a declaração de Imposto de Renda Pessoa Física.
O badminton, essa ilustre modalidade olímpica, também nos leva a descrer de nossa raça. Convenhamos, em que outro esporte dois adultos — supostamente em plena posse de suas faculdades mentais — se dedicam a balançar raquetes para lançar, para lá e para cá, uma peteca feita de cortiça e 16 penas de ganso?
O ceticismo em relação ao Homem aumenta ainda mais quando Paris se prepara para colocar holofotes num gênero onde força física e estratégia intelectual se assemelham a uma batalha medieval — só que, em vez de elmos, usam-se plumas.
O esporte recebeu esse nome após ser praticado na propriedade do Duque de Beaufort, chamada Badminton House, em Gloucestershire, Inglaterra, na década de 1870. Foi lá que começou a ganhar popularidade entre a aristocracia britânica. Com o gosto dos ingleses pelos jogos de azar, o badminton logo se tornaria betminton, inundando agora o Brasil de casas de apostas, comerciais de TV discutíveis, e denúncias de John Textor.
Mas voltemos a Paris, em 2024. Imagine a pressão psicológica das arquibancadas lotadas: os badminters segurando a respiração a cada rebatida. “Será que a peteca vai, afinal, cair?”, pensam eles, cheios de adrenalina. Então, de repente, uma raquetada e ponto. O foguetório em volta da quadra é ensurdecedor, um torcedor pula o alambrado, tenta abraçar seu ídolo. A fumaça atrapalha a ação dos policiais, começa o quebra-quebra na geral. Por fim, roubam a peteca e o juiz cancela o jogo.
Contudo, independente desses eventos violentos inerentes ao badminton, não se deve subestimar a técnica envolvida na modalidade. Para dar um bom tapa na peteca, é necessário precisão cirúrgica, algo como fazer um objeto de quatro gramas se deslocar feito uma granada lançada numa trincheira inimiga.
Já é possível imaginar as manchetes das finais parisienses: “A duras penas, Japonês Kento Momota submete dinamarquês Axelsen e leva o ouro”.
No entanto, sejamos justos: em um mundo onde o curling — a fascinante arte de varrer pedras no gelo — consegue ter seu espaço nas Olimpíadas de inverno, o badminton precisaria ter seu merecido lugar nos pódios. Nada como uma bolinha cheia de penachos voando para nos lembrar das peculiaridades e absurdos da condição humana, onde aquilo que parece disparatado pode ser, no fim das contas, ainda mais ridículo.
Por outro lado, Olimpíada é o momento mais solene do esporte. Sendo assim, respeite-se o badminton ou empetequemo-nos todos!
(Publicado em Crônicas Olímpicas)
Foto de Jean Manzon
Cuca não é mais técnico do Atlético Paranaense. Antes do terceiro empate seguido ele já estava sendo anunciado como possível treinador do Cruzeiro. Juca Antonello será o técnico interino do rubro-negro.
Deu no Diário Oficial da União: “As festas juninas e as quadrilhas juninas são reconhecidas como manifestação da cultura nacional”.
As outras quadrilhas não foram citadas, mas se manifestam sempre.
por Ulisses Iarochinski
E o Rei do Pierogi que colocou a iguaria polaca nas ruas de Curitiba se foi.
Antes dele, na capital latinoamericana da etnia polaca, o pierogi só era conhecido nas casas polacas curitibanas. Foi ele, quem popularizou os pastéis cozidos polacos de diversos recheios no Brasil. Tadeu era jornalista e foi aluno de Karol Wojtyła (Santo Papa João Paulo II) na Universidade Católica de Lublin, na Polônia. Foi meu amigo desde que chegou a Curitiba.
Falou tanta besteira que escorregou na gramática e se lambuzou nos palavrões.
De um atleticano indignado:
Pro Athletico nunca mais levar empate nos acréscimos, antes de iniciar o jogo vou colocar o cronômetro em -10 minutos. Pode até perder, mas será sempre antes dos 45 do segundo tempo.