7:44JORNAL DO CÍNICO

Do Filósofo do Centro Cínico

A candidata avisou que não dará entrevistas à revista Veja e ao jornal Plural. A liberdade de expressão foi preservada. Logo as pesquisas onde não está na frente serão canceladas porque influenciadas negativamente pela passagem do “Cometa do Século”.

7:11Rumo a 2026, Brasil normaliza e reabilita o golpista Bolsonaro

por Luis Francisco Carvalho Filho, na FSP

Ele terá oportunidade de buscar, mais uma vez, o golpe de Estado

A eleição municipal faz crescer a musculatura política da extrema direita.

Os partidos que estão na órbita de Jair BolsonaroPL, PP e Republicanos, conquistaram respectivamente 510, 743 e 430 prefeituras. O PT do presidente Lula elegeu menos prefeitos (248) que o irrelevante PSDB (269).

Não entram na conta partidos com pés nas duas canoas. O grande vitorioso do primeiro turno, o PSD (878 prefeituras) de Gilberto Kassab, tem três ministérios no governo Lula e está no governo de Tarcísio de Freitas em São Paulo –que adota um perfil moderado, mas usa estratégia de eliminação de suspeitos difundida por Bolsonaro e trata com constrangedora naturalidade a tentativa de golpe. Estão juntos na campanha de Ricardo Nunes, do MDB.

O irmão do ministro Gilmar Mendes, do STF, o Chico Mendes, do União Brasil, foi eleito prefeito da pequena cidade de Diamantino, em Mato Grosso, com o apoio entusiasmado de Jair Bolsonaro: além do rega-bofe, da leitoa assada, o ex-presidente indicou o vice da chapa.

Ambos fazem parte da mesma estirpe de políticos imorais, obscurantistas e temerários, mas os recentes desatinos de Pablo Marçal em São Paulo fazem do ex-presidente figura aparentemente mais palatável. Como se existisse uma escala da delinquência capaz de beneficiar o criminoso político de ontem, os atos diluídos na memória, diante da criminalidade aguda e atual.

Carlos Bolsonaro, outro filho guloso de Jair (a família adora “rachadinhas”, armas e joias), é o vereador mais votado do Rio de Janeiro. Já o filho caçula, suspeito de lavagem de dinheiro, é o vereador mais votado do Balneário Camboriú, em Santa Catarina.

O Brasil normaliza e reabilita o capitão. Rumo a 2026.

A tentativa de golpe é parte do passado. Como mostra a escrita afiada de Conrado Hübner, o ex-presidente vive da impunidade. Condenação criminal mesmo só para “peixes pequenos”.

Mais discreto, Bolsonaro está ileso. Os processos não caminham. A PGR não se move. A PF empurra inquéritos com a barriga. A imprensa não estranha as prorrogações de prazo. Bancadas direitistas da Câmara e do Senado querem o domínio do impeachment, tentam acuar o Supremo.

Gilmar Mendes tem dito ser “muito difícil” a reversão da decisão do TSE que declarou a inelegibilidade. Mas o recurso de Bolsonaro chegou em dezembro ao STF e repousa no gabinete de Luiz Fux, não se sabe à espera de que, desde 14 de maio. Na segunda turma do tribunal, só dois ministros podem participar do julgamento, Fux e Flavio Dino: estão impedidos Zanin, Cármem Lúcia e Alexandre de Moraes.

Bolsonaro não conta apenas com a simpatia incondicional dos dois ministros que nomeou para o STF. Dias Toffoli foi fiel escudeiro durante o mandato presidencial: “a Justiça ao nosso lado”, exaltava Jair. Gilmar Mendes, a história comprova, costuma apontar o nariz para forças políticas musculosas.

Tem ainda a anistia, palavra de ordem em franco fortalecimento. Para beneficiar “peixes pequenos”, militares, conspiradores e, evidentemente, o capitão.

Pelo cheiro da brilhantina, Jair Bolsonaro, com mais sapiência, terá oportunidade de promover a desconstituição de valores humanistas do país ou de buscar, mais uma vez, o golpe de Estado. O futuro dirá. A conjuntura econômica também.

18:57“Doutora Cloroquina” entra na campanha de Cristina

A médica Raíssa Soares desembarcou em Curitiba para entrar na campanha de Cristina Graeml. Ela já foi convidada a assumir a Secretaria da Sáude se a candidata do PMB vencer a eleição para a prefeitura. Raíssa ganhou fama nacional quando, como secretária da Saúde de Porto Seguro, defendeu e receitou o “Kit Covid” nos pacientes infectados pelo vírus. Também pediu ao presidente Bolsonaro o envio do medicamento Cloroquina para o município. Foi atendida e 30 mil caixas foram enviadas para a cidade baiana. Ela ganhou, então, o apelido de “Doutora Cloroquina”. Em 2021 foi exonerada do cargo, com pedido do Ministério Público, por causa da ineficácia do tratamento.

17:18A campanha e o porco nas costas

Do Analista dos Planaltos

Brigar com fatos reais e fartamente provados nunca dá certo em campanhas. Por exemplo: o negacionismo contra vacinas é indesmentível. Lembra a história daquele malandro que é flagrado e preso pela polícia carregando nas costas um porco enorme que acabara de furtar. Para se defender ele exclama com aparente convicção: “Quem foi que colocou esse porco nas minhas costas?”

17:06Comitê de funcionários da Celepar briga contra a privatização da empresa

Assim veio:

O Comitê Contra a Privatização da Celepar é um grupo de funcionários que se uniu contra a o projeto que é pauta e deve entrar em votação em breve na ALEP. O advogado do comitê é Paulo Jordanesson Falcão. Ele ressalta que a venda da estatal representa não apenas uma ameaça aos mais de 1.000 funcionários da empresa, mas também uma grande vulnerabilidade em relação à proteção de dados de todos os paranaenses.

Privatização da Celepar coloca em risco a Proteção de Dados e Serviços Públicos no Paraná

16:11Centro direita aposta na esquerda

Se no passado recente o time de Eduardo Pimentel, de centro-direita, torcia para que Luciano Ducci fosse o candidato adversário no segundo turno, agora tem certeza que serão os votos dados ao representante da ‘esquerda’ no primeiro turno que garantirão a vitória sobre Cristina Graeml, a da direita raiz, no dia 27 de outubro. Isso é política!

16:03Abstenção e migração

Na ONU o Brasil se absteve na votação que renovou o mandato de uma missão que investiga violações de direitos humanos na Venezuela. Os 600 mil venezuelanos que migraram daquele país para cá devem estar fazendo turismo.

 

15:18Curitiba inspirou “Megalópolis”, novo filme de Francis Ford Coppola

Da CNN, por Marina Toledo

Cineasta visitou o Brasil mais de 20 anos atrás para realizar uma pesquisa para a trama

A cidade brasileira de Curitiba serviu de inspiração para “Megalópolis”, novo filme de Francis Ford Coppola, o nome por trás de clássicos como “O Poderoso Chefão” (1972) e “Apocalypse Now” (1979). O título chega aos cinemas brasileiros no dia 31 de outubro.

O cineasta visitou a capital paranaense em 2003 justamente para fazer uma pesquisa para a produção. Na ocasião, ele também passou por Foz do Iguaçu, Belém, Recife e Salvador, segundo cobertura da imprensa à época. Apesar do filme estrear apenas este ano, ele teve a ideia da trama e começou a trabalhar no roteiro décadas atrás.

“Megalópolis” acompanha um conflito na cidade fictícia Nova Roma em que as pessoas precisam escolher entre o lado visionário utópico de Cesar Catilina (Adam Driver), com o projeto de uma nova versão de cidade, e o pragmatismo realista de Franklyn Cicero (Giancarlo Esposito).

Coppola revelou, em entrevista à imprensa em setembro, que o personagem de Adam Driver e o projeto defendido pelo artista na trama foram inspirados, respectivamente, em Jaime Lerner , ex-governador do Paraná, e na capital do estado, Curitiba.

De acordo com o cineasta, o projeto da cidade brasileira o inspirou para criar o projeto igualmente utópico defendido por seu personagem principal, Cesar Catilina, que, assim como Jaime Lerner, é um urbanista visionário defensor de uma remodelação de Nova Roma.

15:03E no sul do…

Um curioso que leu o balanço do PT sobre as eleições para prefeituras no Paraná foi pesquisar o resultado nos outros dois estados do Sul. Em Santa Catarina, o mais bolsonarista do País, o partido de Lula elegeu 7 prefeitos. No Rio Grande do Sul, foram 21 eleitos.

11:00Começou!

Do Goela de Ouro

Demorou, mas começou nos bastidores a guerra de dossiês entre os dois candidatos à prefeitura de Curitiba. Do lado de Cristina Graeml o chumbo é contra dois dos principais coordenadores do time de Eduardo Pimentel. A trincheira deste rebate com artilharia pesada contra o coordenador da campanha e o vice dela.