Hoje eu tive que respeitar a opinião de outra pessoa. Foi horrível!
11:09Desunião
No momento em que há uma briga interna pelo comando do partido no Paraná, o União Brasil poderia ser chamado de desunião. Isso é política!
11:06PARA NUNCA ESQUECER CASCATINHA, INHANA E GOSTO DE MAÇÃ
8:52Moro e as saias justas
Não faltou saia justa na homenagem ao ministro André Mendonça na Assembleia Legislativa na segunda-feira. O senador Sergio Moro foi o personagem principal. Primeiro foi a ministra Morgana Richa, do Tribunal Superior do Trabalho, que não quis ficar ao seu lado, conforme determinou o cerimonial, e trocou de lugar com a deputada Maria Victoria.. Morgana é cunhada de Beto Richa, casada com Pepe Richa. Além disso, o casal Alvaro e Débora Dias nem olharam para o senador. O ex-governador, aliás, foi muito elogiado por Mendonça.
7:56Ociosidade
A ociosidade é a mãe de todos os vices. (Millôr)
7:54A VIDA COMO ELA É
Em Curitiba – Foto de Roberto José da Silva
7:45O NAVISTES E OS CLIENTES QUE SALVEI
por Nelson Padrella
Ginásio Estadual de Palmeira. Hoje, Colégio.
“E vós, peregrino bando de andorinhas a voar,
Essa em pós da qual vou indo
Não n’a vistes vós passar?”
Dona Maria Jamur explicando esse n’a vistes. Eu não aceitando essa liberdade poética. Passei o resto do ano tentando entender. Já não me interessava pelas guerras entre persas e medos do professor Juvandir de Oliveira, nem pelas pororocas, ilhas e rios da professora Teresa Souza Costa.
Meus futuros clientes já estavam a nascer e eu não podia n’a tratá-los porque tinha empacado entre aqueles zagais.
Fim do ano, fim do ginasial, rodei em Português. E a vida seguiria sem arranhões, eu seguiria sem pacientes e os zagais do monte continuariam guardando rebanhos.
Mas, Dona Maria Jamur fez a mágica de transformar água em vinho ao transformar minha nota 4 em seis.
Diplomado, não desisti dos zagais. Desisti, sim, dos clientes, para sorte de nós todos. Dediquei-me a perseguir os não n’a vistes, e até hoje utilizo-me dessas zagalices, escrevendo frases que nem eu entendo. Obrigado, Dona Maria Jamur, descanse em paz entre seus cordeiros e seus zagais, seja lá o que zagais, afinal, sejam.
7:41A VIDA COMO ELA É
Em Curitiba – Foto de Zeca Corrêa Leite
7:33JORNAL DO CÍNICO
Do Filósofo do Centro Cínico
Hoje o STF define qual a quantidade de maconha que diferencia o usuário do traficante. Falta explicar se os policiais terão de carregar balança de precisão nas viaturas.
7:23Dr. Zureta
Não tenho mais aquilo que me restou.
7:18Três em Cascavel
Em Cascavel, levantamento da Paraná Pesquisas revela que em dois cenários três candidatos estão na briga pela preferência dos eleitores, já que a margem de erro é de 3,9% para mais ou para menos. Nas estimuladas, Edgar Bueno tem 30% e 30,6%, Renato Silva ficou com 22,6% e 23,2% e Marcio Pacheco 19,6% e 20%. A Paraná Pesquisas entrevistou 680 eleitores de 19 a 24 de junho. A pesquisa foi contratada pela ADI-PR (Associação dos Jornais e Portais do Paraná), e registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número PR-06700/2024.
7:07A VIDA COMO ELA É
Foto de Ralf G. Stade
6:52A jogatina ganhou mais uma
por Elio Gaspari, na FSP
O crime organizado disputa o jogo já legalizado
Por 14 votos contra 12 a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou o projeto de lei que autoriza o funcionamento de cassinos, do jogo do bicho, bingos e de outras modalidades de jogos de azar no Brasil. Como o projeto já passou pela Câmara, falta só o voto do plenário dos senadores para que ele vá à sanção de Lula, restabelecendo-se a legalidade da jogatina no país.
O projeto não foi apreciado pela Comissão de Segurança Pública. Isso acontece enquanto abundam as notícias da expansão do crime organizado em Pindorama. Facções criminosas infiltraram-se nas redes de transportes de diversas cidades, controlam negócios que vão do tráfico de drogas a postos de gasolina. Há dias os repórteres Bernardo Mello e Rafael Soares mostraram que o Primeiro Comando da Capital e o Comando Vermelho disputam o domínio do mercado de apostas legais no Rio, Ceará e Rondônia. Em abril, a Polícia Federal prendeu operadores dessa conexão e eram um sobrinho e uma cunhada do notório Marcola, um dos chefes do PCC. Aquilo que se presume ser um mercado de apostas legalizado tornou-se um biombo para a alimentação de organizações criminosas metidas com o tráfico de drogas e de armas. Segundo a Polícia Federal, apenas numa rede de vinte investigados foram movimentados R$ 301 milhões.
Num país onde o crime organizado vem avançando, inclusive sobre setores de jogo legalizado, expandi-lo é, no mínimo, uma temeridade.
No Congresso, arma-se o retorno da jogatina em nome do turismo e de um argumento falacioso e cínico, segundo o qual, mesmo sendo ilegal, o jogo existe. O aborto também é ilegal e existe, mas uma parte de um Congresso que se diz conservador quer liberar o jogo reprimindo a interrupção da gravidez de mulheres estupradas.
A volta da jogatina já foi estimulada por Jair Bolsonaro e pelo ex-prefeito do Rio Marcelo Crivella. Fazem isso sempre com os melhores argumentos, como se as bancas de jogos viessem a ser administradas por filantropos. Até agora, todas as brechas abertas para o jogo resultaram em expansão do crime. Estão aí as brigas de quadrilhas pelo controle das casas de apostas.
Em 2018, Jair Bolsonaro encontrou-se com o bilionário americano Sheldon Adelson, magnata dos cassinos de Las Vegas e da Ásia. Entrou e saiu pela cozinha do hotel Copacabana Palace. Dias depois, disse que tinha uma ideia para aumentar a arrecadação.
O governo de Lula 3.0 já gastou mais verbo com a guerra da Ucrânia do que com a possibilidade da volta da jogatina. O crime organizado é combatido com planos mirabolantes. Enquanto isso, tratam da volta do jogo com solene silêncio. Inquéritos relacionados a assassinatos, incêndios e intimidações estão à disposição de todos nos arquivos da Polícia Federal. E não se trata de brigas de contraventores. São bandidos farfalhando em torno do que há de jogo legal. Discutir o tema é a melhor forma de jogar luz sobre seus riscos.
Bicheiros matando pelo controle de pontos são cenas de um passado que ainda persiste, mas o que prevalece nos dias de hoje são organizações criminosas dominando áreas das cidades e também disputando o controle de casas ou plataformas de apostas legalizadas. Os segmentos dos jogos que foram legalizados tornaram-se um bom negócio para o crime, a Polícia Federal que o diga.
16:50MIRAN
15:51NELSON PADRELLA
Cá estou tentando escrever meu próximo livro. Em busca de ajuda, leio que preciso sair da minha zona de conforto.
Moro no cobiçado bairro de Centro Cívico, confortavelmente sob vizinhos que tem cachorro, gato, gambá e ornitorrinco, todos morando sobre meu quarto. E tem a criança. Adoro crianças. Mas, quando a criança chora, o pai inventou de chorar mais alto, e ficam os dois, mais os animais, a berrarem como sei lá o que.
Escrevo com a janela fechada por causa dos carros na via rápida. Com a lâmpada do quarto queimada, percebo que estou escrevendo em braile antigo.
Se cada livro que escrevo não for sair da zona de conforto então não sei o que é sair da zona de conforto.
15:44Treino
Quem prestou atenção no discurso que o deputado Alexandre Curi fez para o ministro André Mendonça ontem na Assembleia Legislativa, diz que ele começou a treinar não só para a presidência da Alep mas principalmente para depois da eleição de 2026. A conferir.
15:24PARA NÃO ESQUECER
15:11José Hamilton Ribeiro tem saga no Vietnã editada com outras grandes reportagens
por Fabio Victor, na FSP
‘O Gosto da Guerra’, em que detalha acidente que destroçou sua perna, passa a integrar coleção célebre de Jornalismo Literário
Integrantes da Companhia Delta do 8º batalhão da 1ª Divisão de Cavalaria Aeromóvel do Exército dos Estados Unidos faziam uma varredura de minas na Estrada sem Alegria, em Quang Tri, próxima à fronteira entre os então Vietnã do Sul e Vietnã do Norte.
Era 20 de março de 1968, e os EUA começavam a se atolar na Guerra do Vietnã. Semanas antes, o Vietnã do Norte e o movimento guerrilheiro vietcongue tinham detonado a Ofensiva do Tet, um ataque em massa sobre o Vietnã do Sul, aliado dos EUA, que expôs a debilidade da maior potência militar do mundo e ajudou a minar gradativamente o apoio da população americana ao conflito.
A coluna caminhava em forma de pirâmide. Soldados iam na vanguarda, dois a dois; no meio, operadores de rádio e o comando. Integravam a companhia dois jornalistas: o brasileiro José Hamilton Ribeiro, repórter da revista Realidade que no dia seguinte deixaria o Vietnã, e o fotografo japonês Keisaburo Shimamoto, seu companheiro de cobertura.
“Quase no vértice da pirâmide iam os enfermeiros, o capelão, Shima e eu. Henry, um soldado de origem mexicana, caminhava na minha frente. Sua missão era manter‑se informado sobre cada passo da operação, e proteger‑me”, descreve Zé Hamilton, como Ribeiro é mais conhecido. “Eu seguia a mais ou menos três metros dele e pisava exatamente no lugar onde ele pisava, reforçando com a minha a sua pegada. Eu caminhava, pois, com bastante segurança.”
Poucos metros adiante, a explosão de uma mina destroçou a perna esquerda de Zé Hamilton e provocou ferimentos por todo o seu corpo. A história é conhecida, bem como o protagonista, um dos grandes jornalistas brasileiros da segunda metade do século 20 e do início do século 21.
O título passa a integrar a coleção Jornalismo Literário da Companhia das Letras, coordenada por Matinas Suzuki Jr, que reúne clássicos do gênero como “A Sangue Frio”, de Truman Capote, “Filme”, de Lillian Ross, “O Imperador”, de Ryszard Kapuscinski, e “A Milésima Segunda Noite da Avenida Paulista”, de Joel Silveira, entre outros.
14:55JORNAL DO CÍNICO
Do Filósofo do Centro Cínico
A tumultuada saída de Cuca do Atlético Paranaense não foi devidamente esclarecida. O branco que dava nos jogadores nos acréscimos e tome-lhe gol era porque eles ficavam imaginando ter de encontrar o treinador com aquela cabeleira despenteada no vestiário e perdiam a concentração.
14:19Lupion presidente?
Pode ser tudo. O deputado federal Pedro Lupion, que preside a Frente Parlamentar Agropecuária, já é um dos nomes citados para substituir Arthur Lira na presidência da Câmara dos Deputados. O caminho é difícil, mas do jeito que anda o Legislativo, o próprio Lira, que tem apoio dos agros, pode se entusiasmar.