7:54Mauricio Requião e o dinheiro do TC

Mauricio Requião, conselheiro do Tribunal de Contas do Paraná, entrou com ação na própria Corte reivindicando os salários dos 13 anos que em que não assumiu a vaga por questões judiciais. Agora, enquanto ele está em licença médica, o processo bateu na trave por conta do fundamento da ação, segundo informou fonte do TC. Como ele pode entrar de novo com o pedido, tem tudo para ser aprovado, até porque, desde o início, o montante, cujos cálculos giram em torno de R$ 5 milhões, já está reservado no orçamento. A dúvida entre os outros conselheiros é se do valor pode ser descontado o que ele recebeu no período, quando trabalhou como professor universitário.

7:21TSE inicia julgamento de ação contra Moro em cenário favorável para senador

Da FSP

Ex-juiz da Lava Jato tem manifestação positiva do Ministério Público; Moraes tem feito movimentos ao Senado

TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pretende iniciar nesta quinta-feira (16) o julgamento da ação que pode levar à perda de mandato do senador Sergio Moro (União Brasil-PR), em um cenário favorável ao ex-juiz da Lava Jato.

A análise do processo deve começar a menos de três semanas da saída do ministro Alexandre de Moraes da corte, comandada por ele desde 2022. Em 3 de junho, o ministro encerra sua participação como integrante do TSE —Cármen Lúcia será sua sucessora na presidência.

Nas últimas semanas, Moraes e outras autoridades aliadas a ele têm feito acenos ao Senado para evitar o acirramento dos atritos entre o Judiciário e o Legislativo.

No ano passado, senadores chegaram a aprovar uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que limita as decisões individuais de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em reação a pautas votadas pela corte.

Além disso, há um movimento do próprio Senado contra a perda de mandato de seus integrantes. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tratou pessoalmente do tema com Moraes.

Pacheco afirmou ao magistrado que gostaria que tanto o julgamento de Moro como o do também senador Jorge Seif (PL-SC) fossem justos. Segundo relatos, ele afirmou que Moro deve ser julgado como senador, e não como ex-juiz. Seif, por sua vez, deve ser julgado como político, não militante bolsonarista.

Pacheco também tem se manifestado publicamente em defesa da dupla. O senador disse a pessoas próximas que vê a conversa com Moraes de forma natural, em razão do cargo que ocupa, e não como tentativa de interferência.

Recentemente, o senador Seif, que também corria o risco de perder o mandato, teve o julgamento suspenso no TSE.

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7:04Arriba, Rio Grande!

por Célio Heitor Guimarães

Como frequentador costumeiro do Rio Grande do Sul e admirador de sua terra e de sua gente, registro aqui a minha profunda tristeza com a tragédia que se abate, no momento, sobre o território gaúcho, e o meu apoio aos bravos irmãos do vizinho Estado. Do total de 497 municípios, 440 foram afetados, incluindo a Capital, edifícios públicos, escolas, hospitais, estádios, igrejas, indústrias, rodoviárias, ferroviárias e aeroportos, impactando cerca de 2 milhões de pessoas. Os números são aterradores: mais de 600 mil pessoas estão desalojadas, as mortes chegam a 147, os feridos a mais de 800 e os desaparecidos a 127.

A solidariedade e a ajuda tem chegado de todo o Brasil e até do Exterior. Os governos – municipais, estadual e federal – até têm feito o possível, nas atuais circunstâncias, fornecendo pessoal, encontrando abrigos, transportando pessoas, reconstruindo pontes e estradas, oferecendo atendimento médico e alguma segurança. Os recursos, como de costume, são parcos e tropeçam na burocracia. O povo gaúcho é destemido por natureza, forte, batalhador, hospitaleiro, fraterno, cordial e afetuoso. Mas isso será o suficiente? Talvez não. Afinal, há um Estado a ser reconstruído. Mas é um começo. E do começo chega-se ao fim.

A vida é, por certo, cheia de riscos. Mas é preciso viver, aceitando os riscos que nos cercam. Rubem Alves chamava isso de coragem. Para ele, coragem não é a ausência de medo. É viver a despeito do medo. O povo gaúcho está assustado. O céu continua carregado, as chuvas continuam e o perigo aparece em cada esquina.

Muita gente perdeu tudo: casa, carro, móveis, roupas, utensílios, emprego, animais de estimação e boa parte da própria história. Mas não pode perder a esperança, a vontade de viver e de lutar. Perdida uma esperança – como também dizia o velho Rubem –, outra nasce em seu lugar. “Como capim que brota sob a primeira chuva, depois da devastação da queimada”. 

Logo o sol nascerá de novo no Rio Grande do Sul. Para ficar.

17:49Amor ao finito

de Álvaro de Campos (Fernando Pessoa)

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser…

16:20Uma análise das pesquisas

por Vanderlei Rebelo no blog Paraná Político (http://paranapolitico.com.br)

Uma análise das três sondagens da Paraná Pesquisas com vistas às eleições de Curitiba realizadas em dezembro de 2023 e março e maio deste ano indica as seguintes conclusões: rápido crescimento da pré-candidatura de Eduardo Pimentel (PSD), oscilação negativa de Luciano Ducci (PSB) e Ney Leprevost (União Brasil) dentro da margem de erro e queda de Beto Richa (PSDB), mas no limite da margem de erro, de acordo com os critérios e metodologia divulgados pela empresa responsável.

Pimentel teve 12,5% das intenções de voto em dezembro, foi para 17,4% em março e subiu para 22,9%. Luciano Ducci saiu com 16,2% na primeira pesquisa, oscilou para 15,9% na segunda e caiu para 13,1% na terceira. Leprevost começou com 16%, passou para 15,9% e caiu para 12,1%. Por fim, Beto Richa iniciou em dezembro com 13,5%, subiu para 14,5% em março e caiu para 8,1% em maio.

Estamos citando esses quatro pré-candidatos porque a presença deles nas três sondagens seguidas permite uma análise minimamente coerente num universo de vários concorrentes, alguns dos quais, como Deltan Dallagnol (Novo), já desistentes. E também por acreditar que – salvo surpresas sempre possíveis numa eleição -, os quatro despontam como os principais nomes, ao menos neste momento, a cinco meses da disputa de outubro.

O crescimento de Pimentel era esperado: reúne condições sólidas para uma candidatura bem sucedida, já citadas neste blog (o apoio de Rafael Greca e de Ratinho Júnior, gestores bem avaliados nas pesquisas e capazes de transferir votos para seus apadrinhados, exposição na mídia, imagem pessoal positiva etc.).

O que não se imaginava é que seus índices de preferência subissem tanto – mais de 80% – em apenas cinco meses sem fatos novos extraordinários e ainda num período de pré-campanha. Não é impossível, mas não é muito comum. É lícito sugerir que a decolagem de maio decorre da desistência de Dallagnol, que apareceu bem na pesquisa de março, com 11% (a pesquisa Radar, feita em março, tem números semelhantes à da Paraná Pesquisas daquele mês).

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15:34Na tragédia, um pedido de desculpa

Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, disse em entrevista à rádio BandNews: “Quando você tem um volume tão grande de doações físicas chegando ao estado, há um receio, que nós observamos em outras situações, sobre o impacto que isso terá no comércio local”. Depois da reação, pediu desculpa. Pela situação, deve ser aceita.

15:20Quem?

Do Analista dos Planaltos

Beto Richa foi o primeiro pré-candidato a prefeito de Curitiba a ter um encontro com o ex-presidente Jair Bolsonaro na busca do apoio do PL para sua empreitada com o PSDB. Não deu certo. Quem será o próximo a ficar frente a frente e explicar tudo ao que manda de fato?

15:01Migração

A tragédia do Rio Grande do Sul terá como uma das consequências nos próximos meses uma grande migração de gaúchos para Curitiba, segundo já se conversa em alguns setores da administração municipal. A conferir.

11:55Era um carro!

Um venenoso do Centro Cívico achou a comparação do senador Ciro Nogueira fora de propósito sobre os governadores do Paraná e Goiás com JK. “Talvez ele tenha se referido ao carro da Fábrica Nacional de Motores que fez sucesso em tempos idos”.