por José Maria Correia
Ontem estive na maravilhosa Paranaguá, terra dos meus ascendentes Correias.
Célula Mater do Paraná,
Chegamos há quase cinco séculos nos primeiros barcos, lá por 1540 vindos de Santos , Cananeia e Peruíbe , terras do Correia Velho.
Lá estavam somente os pacíficos índios Carijós em suas ilhas, na Cotinga e na magnífica baía que tanto encantou portugueses e espanhóis e os que vieram depois, desde os tempos de Saint Hilaire.
Italianos, árabes , japoneses e emigrantes da Europa e de países africanos também.
Lá ficava eu com meu pai , alto funcionário da Bolsa de Café de Paranaguá, isso antes que a terrível “ geada negra “ destruísse em 1975 toda a cafeicultura, o nosso Ouro Verde
E foi um pouco do que tive oportunidade de falar para os candidatos a vereadores e vereadoras de todo o litoral em uma reunião suprapartidária com mais de trezentas pessoas.
Contei da minha experiência para os candidatos e como fui o mais votado edil de Curitiba entre os novos e o segundo geral em 1982.
Concorrendo em uma vaga de desistência faltando apenas dois meses para as eleições em uma grande mobilização de servidores públicos .
E disse o que se pode fazer de importante em um mandato, como quando criei a Guarda Municipal.
Havia muita resistência da PM e das corporações militares, entretanto hoje a Guarda já supera o número de policiais nas ruas.
E sem elas não há mais segurança possível.
1.500 em Curitiba, 350 guardas em Paranaguá, 400 em Araucária e uma centena em Matinhos, também criada por mim.
Todas com modernas centrais de vigilância , viaturas e câmeras de monitoramento.
E assim pelo Brasil todo.
Na próxima etapa com a PEC constitucional se transformarão em polícias municipais e cidadãs para melhor servir e proteger com treinamento, respeito e integração com as comunidades.
Paranaguá é um museu aberto e onde se respira história, infelizmente mal conservado em seu patrimônio de quase quinhentos anos que foi muito agredido e vandalizado.
Mas emociona ainda mais falar do nosso Porto criado por Dom Pedro II , da antiga Santa Casa, a velha Câmara, e os casarões da Rua da Praia, e o forte histórico da Ilha do Mel construído para resistir aos piratas e aos invasores.
E a sinuosidade da ferrovia com sua estação restaurada e o trecho da Serra do Mar considerado um dos mais ousados e difíceis do mundo todo transpondo abismos.
Tragicamente foi nela que fuzilaram e executaram o Barão do Serro Azul , hoje um dos heróis da Pátria .
Foi em 1894 no quilômetro 65 no trecho do Pico do Diabo.
Morto por defender Curitiba de ser saqueada pelos Maragatos e que havia sido abandonada por Vicente Machado.
Discorro também sobre a histórica Estrada da Graciosa, também obra de Dom Pedro, um monarca intelectual que foi convidado para ser rei até nos Estados Unidos e que foi deposto por uma quartelada para morrer no exílio em um humilde hotel em Paris.
Muito brevemente falei do olhar amoroso e diferenciado do PMDB e de outros partidos e líderes para o litoral.
Tudo de forma plural e ampla , como deve ser. Continue lendo