Em Curitiba – Foto de Zeca Corrêa Leite
7:01Posteridade
Posteridade; essa tem pra todo mundo. (Millôr)
6:59JORNAL DO CÍNICO
Do Filósofo do Centro Cívico
Carta de compromissos entre políticos é mais ou menos como aquela história que termina dizendo que foram felizes para sempre.
6:52A VIDA COMO ELA É
Brasileiros do Paraná – Foto de João Urban
6:47Cabeças erguidas
por Vilmar Farias
Semana passada, dei carona a um amigo. Ele entrou no carro e comentou que os itens de controle são os mesmos do painel do carro que acabara de comprar.
Aproveitei a deixa e perguntei se ele sabia como desligar o rádio, pois cada vez que o carro é ligado, toca as notícias.
Equipado com central multimídia, há muito deixou a simplificação do rádio como acima me expressei. Foi o tempo e com ele o meu fusca ano 71, placa-4397. O primeiro fusca (e o último) a gente não esquece.
Ligo o carro e as notícias logo se manifestam sem qualquer comando. Eu dedilhando a tela multimídia, para desligar. Desligo, finalmente, mas sempre sem saber o dispositivo do silêncio. O importante é o sentimento de alívio, pois o carro continua rodando.
Eurico, o amigo da carona, tendo prestado atenção às minhas observações analógicas, olhou, tocou no painel e perguntou: “O celular está pareado?” R emendou: “Pois você pode ter na tela o Waze-GPS”.
Respondi-lhe que nasci em Curitiba e os dez por cento das ruas utilizadas por mim eu conhecia muito bem. Minha capacidade de ir e vir estava preservada. Em seguida, ele argumentou sobre a utilidade numa viagem. Concordei e, nos dez minutos da carona, ele pareou o celular ao carro. Agora, tenho GPS, e continuo dando partida no carro, que, simultaneamente, continua ligando o rádio com as últimas notícias.
Pronto, aplicativos todos integrados. Celular, carro, devidamente pareados.
Agora, de dentro do carro, num comando de voz, posso fazer e receber ligações, mensagens, comprar, consultar a previsão do tempo, e vários outros aplicativos, tudo, ao tempo em que estou rodando pelos caminhos de menos tráfego indicados pelo GPS, e quem sabe ainda possa cochilar nas paradas do sinal vermelho.
O mundo sem o celular se tornou impossível. Será?
Célio Heitor Guimarães, colunista deste blog, cujos textos fazem parte de minhas leituras desde os tempos do jornal O Estado do Paraná, não possui celular. Família e amigos vêm insistindo para que ele se renda às facilidades de um smartphone. Mas tem resistido.
Célio insiste que neste clube ele está bem acompanhado. E cita, por exemplo, o colunista Ruy Castro.
A propósito, em sua coluna do dia 17, Ruy escreveu: “Assim como Woody Allen, Luís Fernando Veríssimo e, dizem, Caetano Veloso, não possuo celular. Continuo com um telefone fixo, para o qual poucos ligam e que menos ainda atendem…”
O Célio está em boa companhia, longe da sensação de solidão passada pelos transeuntes de cabeças baixas e um celular na mão.
Vou concluir este pensamento com um toque de esperança, e para isso valho-me do final da coluna de Ruy Castro. Aconteceu na casa dele.
Com o colapso no celular de Heloísa, sua mulher, e a urgência de fazer certas comunicações, o telefone fixo viveu sua redenção. Foi convocado e cumpriu a função para a qual o inventaram: permitir que seres humanos ouvissem a voz um do outro.
Está aí. Na vida, enquanto nos reconhecermos pelo olhar, pela voz, não nos faltará empatia da percepção de que nosso bem estar depende de uma sociedade estruturada pelo bem estar de todos. Que a tecnologia venha para servir, e para isso precisamos de cabeças erguidas.
16:17PARA JAMAIS ESQUECER
15:42Era uma vez os jornais impressos
Lembram dos jornais impressos? Em reportagem do Metrópoles sobre o empréstimo de R$ 142 milhões feito pelo Estadão, os números da circulação dos maiores da mídia impressa do país… Os dados são do Instituto Verificador de Comunicação (IVC):
O jornal paulista da família Mesquita lidera a circulação com uma média de 58 mil exemplares por dia em 2023. O Globo aparece em segundo, com 56 mil; o Diário Gaúcho soma 45 mil; e a Folha de S. Paulo, 44 mil exemplares por dia. Já Correio Braziliense, do Distrito Federal, tem média diária de 8,5 mil exemplares diários.
15:19Campanha do Estado chega a 13,2 mil toneladas de doações enviadas ao Rio Grande do Sul
Pela causa, da Agência Estadual de Notícias
A campanha de arrecadação de donativos organizada pelo Gabinete da Primeira-Dama e a Defesa Civil do Paraná em prol do Rio Grande do Sul alcançou a marca de 13,2 mil toneladas. Toda essa ajuda humanitária foi organizada com o apoio de voluntários e servidores do Estado e foi enviada ao estado gaúcho em 557 caminhões. Esse volume foi reunido nas sedes do Corpo de Bombeiros e demais instituições do Estado que participaram da campanha entre os dias 02 e 22 de maio.
15:11SOLDA (Alceu Dispor)
14:57Mobiliza?
Por enquanto o Mobiliza, partido de Roberto Requião, está sendo chamado de imobiliza na Boca Maldita. O tri-governador, senador e prefeito não merece isso.
14:55JORNAL DO CÍNICO
Do Filósofo do Centro Cínico
Ainda não se sabe se Zé Dirceu, agora leve, livre e solto, vai participar da campanha para que o filho, Zeca, seja o candidato do PT à prefeitura de Curitiba, afinal, pai é pai.
14:42O TC retifica e vai alterar datas do concurso
Considerando a coincidência de datas com o Concurso Público Nacional Unificado, promovido pelo governo federal e em respeito aos candidatos, o Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR) vai alterar a data de seu certame, inicialmente previsto para os dias 17 e 18 de agosto. A nova data deverá ser anunciada nos próximos dias.
11:12SPONHOLZ
11:11E se o Lobo Mau fosse brasileiro?
por Carlos Castelo
Era uma vez uma menina chamada Chapeuzinho Vermelho, que recebeu este nome por causa do lindo capuz encarnado que sempre usava.
Certo dia, sua mãe pediu que ela levasse alguns alimentos para a avó que estava doente e morava do outro lado da floresta.
Antes de partir, foi advertida:
«Vá direto para a casa da vovó e não fale com estranhos!»
Chapeuzinho prometeu obedecer e partiu com uma cesta cheia de guloseimas.
No caminho, ela encontrou um lobo mau brasileiro, que perguntou para onde ela estava indo. Esquecendo o aviso, Chapeuzinho contou sobre a avó enferma.
O lobo mau brasuca, que adorava levar vantagem em tudo, bolou um plano malicioso e sugeriu que Chapeuzinho colhesse algumas margaridas para a macróbia. Enquanto ela se distraía, o bicho correu para a casa da idosa.
Chegando lá, disse que era da assistência técnica do wi-fi.
«Vim pra regular o sinal da senhora…» – mentiu.
A anciã, começou a desconfiar da peta, e também ludibriou:
«Ah, meu filho, mas eu nem tenho essas modernidades no meu cafofo…».
O animal já perdia a paciência, quando a senhorinha se esgueirou até a cozinha e voltou de lá atirando com o 38 deixado pelo finado marido.
O lobo brasileiro, que era CAC, puxou sua pistola Magnum e sentou o dedo no gatilho.
Chapeuzinho Vermelho afinal chegou à casa da parenta. Logo ouviu a artilharia lá dentro.
«Ah, lobo desgracento, me passou perna…» – murmurou de si para si.
Um lenhador que andava pela mata percebeu os acontecimentos e, aos gritos da menina, tentou entrar pelos fundos da residência para propor um cessar fogo. Já levou uma bala perdida no escutador de sertanejo e caiu duro na varanda.
Chapeuzinho se desesperou. A situação chegara a um ponto sem retorno. Contudo, é sabido, as musas sempre ajudam. Num salto espetacular, um ogro verde adentrou na sala do cafofo, se interpôs entre a velha e o lobo mau nacional, e gritou:
«Sou o Shrek! Se vocês pararem agora com essa violência na frente de uma criança, contrato os dois para meu próximo longa-metragem em Hollywood!»
Houve uma trégua.
«Com o Burro e o Gato de Botas?» – perguntou, curioso, o lobo de debaixo da mesa.
«Sim! – asseverou Shrek – e com a Princesa Fiona, o Homem Biscoito, o Pinóquio e a galera toda!»
«Por mim, tá topado!» – disse o lobo.
A vovó bradou da cozinha, ainda com o cano da arma quente:
«E como eu sei que você não está blefando, bicho-papão?»
O ogro tirou do bolso um papel:
«Sempre ando com um contrato avulso para um caso como o de vocês…»
O conflito terminou na hora. Os quatro jantaram e beberam à grande em comemoração à nova vida cinematográfica.
Ao acordarem de manhãzinha, Shrek tinha carregado tudo de valor que havia na casa.
Chapeuzinho Vermelho aprendeu uma lição sobre a importância de nunca falar com gente ogra. O lobo mau brasileiro se amasiou com a vovó, abriram um petshop, e viveram felizes para sempre.
Moral da história: ninguém tem moral nesta história.
(Publicado no Estadão)
10:51PARA NÃO ESQUECER
Foto de Bea Nettles
10:45JORNAL DO CÍNICO
Do Filósofo do Centro Cínico
Leilão internacional de R$ 6 bilhões da Sanepar foi suspenso pelo ministro Flavio Dino do STF. Se estiver faltando água na sua casa, isso não tem nada a ver – é a tubulação.
10:33Concurso para o TC
O Tribunal de Contas do Paraná informa:
Serão abertas as 10 horas da próxima segunda-feira (27), as inscrições para o concurso público do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR), que será realizado nos dias 17 e 18 de agosto. O edital relativo ao certame, que será realizado foi publicado hoje (23) no Diário Eletrônico do TCE (https://www1.tce.pr.gov.br/multimidia/2024/5/pdf/00385490.pdf) Estão sendo ofertadas dez vagas, além da formação de um cadastro de reserva. A divulgação do resultado nas provas objetivas e de resultado provisório na prova discursiva está previsto para o dia 13 de setembro. O concurso será realizado pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos – Cebraspe.
9:53A VIDA COMO ELA É
Foto de Ricardo Silva
9:48STF reconhece que uso abusivo de ações judiciais compromete liberdade da imprensa
O STF informa:
A prática foi reconhecida como assédio judicial. Maioria do colegiado entende que só há responsabilidade civil em caso inequívoco de culpa grave.
O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu como assédio judicial o ajuizamento de inúmeras ações simultâneas sobre os mesmos fatos, em locais diferentes, para constranger jornalistas ou órgãos de imprensa e dificultar ou encarecer a sua defesa. No entendimento do colegiado, a prática é abusiva e compromete a liberdade de expressão.
A decisão foi tomada na sessão desta quarta-feira (22), na conclusão do julgamento das Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 7055, da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), e 6792, da Associação Brasileira de Imprensa (ABI).
9:38Uma câmera ligada e 18 que faltam
Do Goela de Ouro
Antes que comece o discurso do Renato Freitas de que está sozinho na CPI do Depen, que fique claro: não há na Alep nenhum deputado que ele ou sua equipe tenha solicitado a assinatura para tal. São necessárias 18 delas. Por enquanto o único momento que o deputado falou sobre isso foi quando uma câmera estava ligada.