7:44A palavra do Herivelto

Num grupo jornalistas em rede social, o vereador Herivelto Oliveira, que assume a prefeitura de Curitiba na sexta-feira, explica porque não se candidatou à reeleição:

A perpetuação no poder é ruim, na minha opinião. Nada contra quem tem 10 mandatos, mas pra mim, não rola… 6 anos dá 10% da minha vida na Câmara. Achei que fechava bem este ciclo.

7:18Retrato do momento

Do Analista Político

O calo de Eduardo Pimentel era se Deltan Dallagnol disputasse a prefeitura. Não é mais. Apertaram as mãos e se abraçaram até outubro. Com o PL de Paulo Martins e Bolsonaro só falta marcar a data do enlace. No passado não muito distante toda a cúpula que trabalha para elegê-lo torcia para que Luciano Ducci fosse mesmo o candidato do PT, ou melhor, de Lula – e nem é preciso dizer o motivo porque em Curitiba a estrela vermelha não brilha. Ney Leprevost é osso duro, mas há conversas e conversas para a conversão. Isso acontece porque é política e a turma do Ratinho Junior e de Rafael Greca não quer correr nenhum risco agora e mais pra frente (2026 está aí). Restam os ex-governadores Roberto Requião, que está num partido nanico, o Mobiliza, e Beto Richa, que anda quietinho e, quem sabe, pode tentar uma surpresa que tem seu sobrenome e o primeiro é Fernanda.

6:54Olavo tinha mesmo razão sobre as universidades?

por Joel Pinheiro da Fonseca

Instituições falham em se comunicar com população e mostrar sua relevância

Um dos sintomas mais miseráveis da polarização que vivemos é a tentativa, por parte de ambos os lados dela, de empurrar quem não está 100% com eles para o lado contrário da disputa política. Este é o ponto em que a adesão política passa a funcionar como uma religião exclusivista. Não é mais uma proposta de transformação do mundo, que precisa buscar novos defensores para que seja implementada na democracia, e sim uma maneira do indivíduo se sentir moralmente superior, levando-o, portanto, a excluir de seu círculo quem não pertence ao grupo dos puros.

A sociedade democrática só resiste na medida em que uma massa crítica de cidadãos e instituições não cederem a essa lógica binária, cuja consequência lógica é a guerra civil —se houver semelhança de força entre os polos— ou a ditadura, se um deles for mais forte. E uma dessas instituições é, sem dúvida, a universidade, em especial as faculdades de humanas, que são aquelas que se propõem a falar sobre a sociedade. Se deve existir um espaço em que o pensamento seja explorado com total liberdade e profundidade, sem se render aos interesses políticos do momento, é a universidade. Não parece, contudo, que seja o caso.

Na semana passada, foi a vez de Francisco Bosco, intelectual que se situa tranquilamente na centro-esquerda, ser massacrado por ter dito que Olavo de Carvalho tinha razão ao criticar a falta de autores de direita nas universidades. Não sei se o problema está tanto na bibliografia dos cursos de humanas ou no posicionamento político de professores e estudantes, esse sim majoritariamente de esquerda e sem abertura a questionamentos (o que, imagino, deve ter algum impacto em como leem a bibliografia). Mas existe sim um problema, que tem levado a um distanciamento crescente entre mundo acadêmico e o debate público aqui fora.

Até onde eu saiba, a crítica de Olavo foi feita por muitos outros autores, inclusive com mais propriedade. No que ele foi realmente pioneiro, isso sim, foi em descobrir na prática o caminho para minar a relevância pública da universidade. Ele, ainda na primeira década dos anos 2000, percebeu que a tecnologia tornara possível prescindir dos canais da imprensa e da chancela das universidades. Cortando um a um todos os vínculos que ele tinha com a imprensa nos primeiros anos do século 21, Olavo migrou para a conexão direta com o público via internet: seja por seu curso pago de filosofia, com milhares de alunos, seja pelos comentários políticos que veiculava gratuitamente para centenas de milhares de ouvintes.

Numa linguagem que se conectava com um público sedento por saber, em seu discurso a universidade virara um antro de esquerdismo e perversão moral. Isso é mentira, mas o fato de que seja facilmente acreditado por tanta gente mostra que seus membros têm falhado em se comunicar com a população e em mostrar sua relevância.

Se, além disso, transformam-se em meros peões da disputa política, só confirmam as crenças de quem os ataca. Os defensores da universidade têm razão; mas isso vale muito pouco se não conseguirem também convencer a sociedade. E, nisso, têm deixado a desejar. Um dos jeitos de recuperar a confiança da população é ser capaz de mostrar que em seus quadros há pessoas de variadas ideologias, e que fomenta nos estudantes não o radicalismo da vez, e sim a disposição de pensar por si mesmos, sem as amarras do grupo ou da tradição. Num momento em que professores exigem —com justiça— melhor pagamento, é preciso também mostrar à sociedade que aquilo tudo vale o investimento.

*Publicado na FSP

15:50A vice de cima

Do Goela de Ouro

Nas últimas semanas o nome de uma mega empresária curitibana vem sendo citado como uma provável candidata a vice na chapa de Ney Leprevost para a disputa da prefeitura de Curitiba. Quem ouviu disse que foi ela mesma quem disse. O nome é muito conhecido na turma do andar de cima: Clemilda Thome.

15:16A lucidez perigosa

de Clarice Lispector

Estou sentindo uma clareza tão grande
que me anula como pessoa atual e comum:
é uma lucidez vazia, como explicar?
assim como um cálculo matemático perfeito
do qual, no entanto, não se precise. Estou por assim dizer
vendo claramente o vazio.
E nem entendo aquilo que entendo:
pois estou infinitamente maior que eu mesma,
e não me alcanço.
Além do que:
que faço dessa lucidez?
Sei também que esta minha lucidez
pode-se tornar o inferno humano
– já me aconteceu antes. Pois sei que
– em termos de nossa diária
e permanente acomodação
resignada à irrealidade –
essa clareza de realidade
é um risco. Apagai, pois, minha flama, Deus,
porque ela não me serve
para viver os dias.
Ajudai-me a de novo consistir
dos modos possíveis.
Eu consisto,
eu consisto,
amém.

15:01Palmas para eles!

Uma víbora do Centro Cívico que anda de mãos dadas com as tropas de Ratinho Junior e Rafael Greca para fazer de Eduardo Pimentel prefeito de Curitiba aplaudiu pra valer a escolha de Luciano Ducci como candidato de Lula para disputar a eleição. Foi assim mesmo que ele falou. Isso é política!

14:54Ele é…

O Gaiato da Boca Maldita Já deu sua sugestão para acalmar os petistas radicais contra a indicação de Luciano Ducci para ser o candidato das esquerdas à prefeitura de Curitiba: “O Ducci é doce”.

 

12:07No PT continua a treta pelo candidato

A Executiva Nacional do PT fez hoje uma reunião online sobre as eleições municipais de Curitiba e, mais uma vez, aprovou a aliança para ter o deputado federal e ex-prefeito Luciano Ducci (PSB) como candidato. Na mesma hora o deputado federal Zeca Dirceu, que defende a candidatura própria do partido, postou mensagem afirmando que, como tinha acontecido anteriormente, não se alcançou 2/3 dos votos e por isso vai recorrer ao Diretório Nacional. Durma-se com um barulho desses!

 

11:20O prefeito Herivelto

por Vanderlei Rebelo, no blog Paraná Político

Herivelto Oliveira assume como prefeito de Curitiba na sexta-feira

O vereador Herivelto Oliveira (Cidadania) assume interinamente o cargo de prefeito de Curitiba na próxima sexta-feira, dia 31 de maio, data em que o titular, Rafael Greca, viaja para Buenos Aires, onde fica uma semana para ver duas apresentações da Camerata Antiqua, uma delas no histórico Teatro Colón, e para divulgar a capital.

O vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, o presidente da Câmara, Marcelo Fachinello, e outros vereadores que antecedem Herivelto na linha de sucessão não vão assumir as funções de prefeito porque, neste caso, se tornariam inelegíveis, conforme determina a legislação. Como não é candidato à reeleição, Herivelto assume o cargo.

Aos 60 anos, ele sabe que este breve período será um ponto alto em sua vida pública, iniciada como repórter e depois apresentador da RPC TV. Ele aproveitará os sete dias como prefeito para uma série de visitas a bairros da cidade para se reunir com cidadãs e cidadãos comuns – uma das atividades que mais o atrai na política – e para vistoriar obras.

Não vai provocar marolas ou tomar medidas polêmicas. E depois da interinidade, se dedicará aos meses finais de seu mandato, além de atuar pela pré-candidatura de Eduardo Pimentel (PSD) a prefeito.

Blogs e jornais anunciaram que Herivelto seria o primeiro prefeito negro de Curitiba. O tema é polêmico. Segundo o repórter Maurício Geronasso, em texto publicado no site da Câmara Municipal de Curitiba em 2022, esta primazia coube ao vereador negro Antenor Pamphilo dos Santos, médico baiano radicado em Curitiba que era o presidente da Câmara e foi empossado interinamente como prefeito em 16 de julho de 1948. Continue lendo

11:06JORNAL DO CÍNICO

Do Filósofo do Centro Cínico

Com mais essa treta entre governo e professores por causa da privatização do gerenciamento das escolas, ainda tem gente querendo saber se os televisores cor de laranja já desbotaram.