Do deputado federal Pedro Lupion, presidente da frente parlamentar do agronegócio:
Arroz com rótulo do governo é ‘abuso de poder político.
Do deputado federal Pedro Lupion, presidente da frente parlamentar do agronegócio:
Arroz com rótulo do governo é ‘abuso de poder político.
Do Filósofo do Centro Cínico
Luciano Ducci é gente boa e um batalhador, mas tem gente que quer ver ele com um boné do MST.
O Gaiato da Boca Maldita diz que ainda não ouviu direito a voz do candidato Eduardo Pimentel. Aí conclui que é por isso mesmo que ele anda liderando as pesquisas para prefeito de Curitiba no meio da barulheira.
O fanatismo consiste em redobrar os esforços quando se esqueceu os objetivos. (George Santayana)
Foto de Ricardo Silva
por Ruy Castro
O que está acontecendo com o brasileiro, que não sai das manchetes por crimes abomináveis?
Nos jornais, apenas nos últimos dias, leitura talvez imprópria para o café da manhã:
“Suspeita de jogar soda cáustica por ciúme em rosto de mulher de 23 anos no Paraná usava peruca da avó para disfarçar.” “Jovem de 16 anos mata os pais a marteladas e incendeia corpos no RJ.” “Ataque a tiros em festa de aniversário infantil deixa pai, filho e prima mortos em MG.” “Marido e filho de 14 anos são detidos por morte de mulher enterrada viva em casa em SC.” “No Rio, adolescente mata os pais após ser impedido de faltar à aula e avisa PM.” “Em SP, adolescente que matou pai, mãe e irmã porque foi proibido de usar o celular se surpreende por ter sido apreendido.”
“Suspeito de matar filho de dois meses a golpes de celular é preso em Goiás.” “Em SC, casal que se apropriou de dinheiro do filho com doença degenerativa ficará preso, diz Justiça.” “Preso marido de cantora gospel acusado de abusar da filha de 6 anos da assessora.” “Em Goiás, pastores são condenados por torturar em clínica clandestina.” “No DF, pastor preso por abuso de fiéis diz que sua cúmplice se inspirava em profeta bíblico.”
“Stalker perseguiu médico com 500 telefonemas e 1.300 mensagens em Ituiutaba (MG).” “Professora é esfaqueada na frente de escola no interior de SP.” “Em MG, ex-policial diz que queimou vivo delegado por rancor de quase 20 anos.” “Policial baleado em SP por urinar na rua foi desarmado antes.” “Suspeito de matar mulher em Guaramirim (SC) filmou corpo e enviou para a namorada, diz polícia.”
O brasileiro, esse homem cordial, não? Algo está acontecendo conosco, e não é de hoje. Ou talvez sempre foi assim, nós é que não reparávamos. Essa turma do abuso, da bala, da faca etc. acabará pagando, mesmo que a prazo, pelo que fez. Mas, outro dia, um deles, coitado, pagou à vista: “Homem morre baleado ao tentar assaltar ônibus no Rio que trazia 28 PMs voltando de uma cerimônia”.
*Publicado na FSP
Saudade daquele tempo em que o pagamento por pix era feito colocando-se o dinheiro num envelope que seguia preso à perna de uma pomba.
Em Curitiba – Foto de Lina Faria
Do Analista dos Planaltos
Do jeito que estão se ajeitando as coisas, entre agosto e setembro o futuro prefeito de Curitiba já estará dando um trato na principal cadeira do município.
Do Filósofo do Centro Cínico
Seria muito melhor ter a eleição para prefeito agora. Seria muito mais emocionante com essa tropa de candidatos mais ou menos embolados nos dois primeiros lugares.
Mais uma pesquisa foi divulgada ontem. Da Futura/100% cidades foi registrada no TSE como PR-09761/2024 e ouviu 800 pessoas entre os dias 12 e 22 de abril, usando a abordagem CATI (entrevista telefônica assistida por computador). A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais para um nível de confiança de 95%. A parceria é com a Exame.
Eduardo Pimentel lidera disputa pela prefeitura de Curitiba, aponta pesquisa Futura
Na segunda posição, outros quatro pré-candidatos aparecem empatados técnicamentes
O atual vice-prefeito de Curitiba e pré-candidato à prefeitura, Eduardo Pimentel (PSD), lidera a disputa pelo comando da cidade, segundo a pesquisa da empresa 100% Cidades, em parceria com a Futura Inteligência, obtida com exclusividade pela EXAME.
Na segunda posição, outros quatro pré-candidatos aparecem empatados tecnicamente. O deputado federal Ney Leprevost (UNIÃO) tem 11,2%, o deputado federal Luciano Ducci (PSB) aparece com 9,9%, o ex-governador e deputado federal Beto Richa (PSDB) tem 9,4% e o ex-governador Roberto Requião (Mobiliza) registra 9,3%. Continue lendo
Para o pobre, que se contenta com o mínimo, o suficiente já parece um luxo. (Millôr)
Foto de Roberto José da Silva
O senador Sergio Moro já é pré-candidato ao governo do Paraná em 2026. Ele já foi pré-candidato a presidente da República. Começou como juiz federal e foi ministro da Justiça. É um caso a se estudar.
por Mário Montanha Teixeira Filho
Lembro-me de ter assassinado, numa tarde gelada de 1978, o poeta que me atormentava com palavras românticas e sonhos incorrigíveis. O poeta e sua obsessão por transformar tudo, corrigir tudo, destruir tudo, o poeta era apenas uma criança a repetir ideias velhas de aparência bela e justa. Não sei o que foi feito daquele ser confuso. Sei que o cadáver do poeta que fui não me pertence mais. Talvez tenha sido implacavelmente soterrado pelos rascunhos e letras cujo teor somente eu, na profundeza da minha intimidade, seria capaz de desvendar. Talvez tenha estado comigo durante algum tempo mais, amaldiçoando meus passos.
O certo é que, aos poucos, a figura sombria do poeta perdeu forma, ficou longe. Segui sem ele, carregado de liberdade, joguei fora as roupas que me apertavam e me vesti de mim mesmo. Assim, confortável e com a certeza de que os dias ganhariam brilho e vigor, retomei as palavras, despejei-as em outras folhas, aos milhares, aos milhões, aflito para dizer ao mundo o que o mundo talvez precisasse ouvir (não tardei a perceber que o mundo estava surdo, que eu era pequeno demais e que a minha intimidade continuava absoluta, adormecida no pântano da solidão).
Por que, afinal, me vem o poeta de 1978? Pelo que me consta, a sua eliminação súbita não me constrangeu, não me emocionou. Quando deixei o seu corpo lá, no dia fatídico de quase chuva, meu coração estava frio como o vento que agitava as águas do lago que se exibia aos meus olhos sem lágrimas. Pode ser que a baixa temperatura de agora queira levantar um fantasma, como a dizer que a vida seria diferente se o poeta de 1978 não sucumbisse ao meu impulso avassalador. Na verdade, suposições assim não interessam. O poeta de 1978 era, e sempre foi, o não-ser. Nunca existiu. Minha vontade não determinou o seu destino trágico.
Eu não matei o poeta de 1978. O que me cabe, e isso eu não tenho como negar, é outra culpa. Sou culpado por aprisionar frases, desperdiçar frases, dilapidar frases, repetir frases. Minha vítima, a grande vítima de mim, foi o deserto. Senhores, eu matei o vazio do deserto que acolheu os meus gritos!
Procuro alguém me entenda e depois me explique.
O projeto de lei do governo do estado para gerenciamento privado de 200 escolas públicas vai passar na Assembleia ao mesmo tempo que a greve dos professores será deflagrada. A conferir.
Em Curitiba – Foto de Maringas Maciel