9:29Entre um e uma

O Gaiato da Boca Maldita não perde a oportunidade oferecida e pergunta: “E os eleitores que ficaram entre o Picolé de Chuchu Curitibano e a Pabla das Araucárias ?”

 

9:18JORNAL DO CÍNICO

Do Filósofo do Centro Cínico

A urna eletrônica, que já foi considerada herege e por pouco não derreteu em chamas pelos que a consideraram pecadora, agora recebe olhares de súplica pelos mesmos maluquetes de ocasião. Estes agora querem chegar ao poder com os números de votos que ela registra – e esperam ganhar o passaporte para o céu, mas sem confessar os pecados mortais do passado recente.

9:02A bizarra cabeça tiktok do dono da RBS, o maior grupo de mídia do sul

Por Luiz Cláudio Cunha*, em GGN

O empresário Nelson Pacheco Sirotsky, gaúcho de Porto Alegre, é uma grande figura humana. Sorridente, afável, simpático, acessível, bem-humorado, cabelos pretos ordenadamente penteados para trás, um bigode quase imperceptível e uma barba bem aparada que não esconde os primeiros fios brancos, arredio a terno e gravata e adepto de esportivas sapatilhas de solado branco, Nelson aparenta ter bem menos do que seus 71 anos.

Presidente da Maromar, empresa de investimentos da família, membro do conselho nacional da Endeavor Brasil e acionista da Maiojama Empreendimentos imobiliários, dona dos dois maiores shopping centers de Porto Alegre, Nelson Sirotsky é formado em Administração de Empresas pela UFRGS, a universidade federal gaúcha, com curso de executivo na maior escola privada de Los Angeles, a University of Southern California. Nelson foi presidente da Associação Nacional dos Jornais (ANJ) por dois mandatos sucessivos, de 2004 a 2008. Ele não é jornalista, mas entre os vários títulos que possui o que mais gosta e usa é o de publisher da RBS. Ele tem muito orgulho de sua condição de principal editor da RBS, o mais expressivo grupo de comunicação do sul do país, com 12 emissoras de TV afiliadas à hegemônica Rede Globo, cinco rádios (incluindo a Gaúcha, a maior no Estado), a mais vigorosa plataforma de jornalismo digital da região (a GZH) e três jornais, liderados pela Zero Hora, o maior e mais importante do Rio Grande do Sul.

O grupo teve em 2023 uma receita bruta de R$ 900 milhões e as marcas da RBS chegam a 98% dos 497 municípios gaúchos. Com as audiências somadas de TV, rádios, jornais e portais da internet atinge 11,2 milhões de pessoas, mais de 100% da população do Estado. Em julho passado, a RBS concluiu um processo de dois anos de reorganização societária que deu uma nova harmonização facial para o grupo. Alguns sócios saíram, como a irmã mais velha, Suzana, outros perderam força e o núcleo da família Sirotsky se fortaleceu: os outros três filhos do patriarca e fundador Maurício Sirotsky Sobrinho (1925-1986) – Sônia, Nelson e Pedro – e a preservada figura do presidente emérito do grupo, Jayme Sirotsky, irmão de Maurício, permaneceram. Mas é Nelson, hoje o líder principal do clã, que surge como a cara e o jeito mais visível e influente da RBS.

Essa ampla cirurgia facial foi o tema de uma entrevista revelador com Nelson Sirotsky realizada no final de agosto passado, via YouTube, e promovida na Coonline, um encontro virtual de veteranos jornalistas gaúchos reunidos semanalmente sob a liderança do experiente José Antônio Vieira da Cunha, fundador e primeiro presidente da mítica Cooperativa dos Jornalistas de Porto Alegre (Coojornal), que iluminou a imprensa brasileira nos anos de treva da ditadura entre 1974 e 1983, até ser mortalmente apagada pela pressão sobre os anunciantes da cooperativa exercida pelos generais incomodados com a liberdade crítica da entidade. Agora, todo final de quarta-feira, Vieira convida nomes expressivos da mídia nacional, entre jornalistas, executivos, pensadores e especialistas em comunicação, para debater virtualmente as graves questões que afligem a mídia nos trepidantes anos digitais do início do Século 21. Vieira comanda o debate com uma dezena de jornalistas veteranos do sul, muitos deles contemporâneos dos bravos tempos da Coojornal e hoje espalhados pelo Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Na Coonline de número 45, ao anoitecer de quarta-feira, 28 de agosto, foi a vez de ouvir Nelson por uma hora e meia.

Reveja aqui: https://www.youtube.com/watch?v=A7tz0ipQIP0

Continue lendo

7:43Wellington Dalmaz será o novo diretor-geral da Alep

O Diário Oficial da Assembleia Legislativa do Paraná publicou uma série de mudanças que vão acontecer nas diretorias. Elas passam a valer no próximo dia 1 de novembro. A principal delas é a nomeação de Wellington Dalmaz para a Diretoria-Geral. Ele já foi diretor-geral da Casa Civil do governo do Estado, superintendente do Paranacidade e diretor da Fomento Paraná. Advogado e engenheiro, vai acumular o novo cargo com a de Diretor Financeiro, que exerce atualmente. Roberto Costa Curta, atual diretor-geral, vai assumir a Diretoria Administrativa. Fernanda Abduch Santos, que ocupa este posto, assumirá a Controladoria-Geral. Paulo Rossi deixará a Procuradoria-Geral.

DOA_2024-10-14 (1)

6:49Riqueza é distribuída pelo mérito ou pelo privilégio?

por Michael França, na FSP

Parte considerável da alocação dos recursos pouco tem a ver com o trabalho duro

A vida não é apenas o que você faz, mas também de onde você começou. Imagine um jovem que cresceu em um bairro rico, com escolas de qualidade, desfrutando de bons contatos e amplo apoio financeiro.

Agora pense em outro que nasceu em uma família pobre, frequentou escolas ruins e está imerso em um ambiente que pouco contribui para seu desenvolvimento pessoal. Esses dois jovens podem ter os mesmos sonhos e a mesma capacidade, mas as probabilidades estão fundamentalmente a favor de um deles.

A questão é que esse tipo de vantagem não é conquistada, ela é herdada. Isso não significa que muitos daqueles que estão em uma posição favorecida não se esforçaram. No entanto, significa que eles tiveram um empurrãozinho a mais. E, enquanto chamarmos essa vantagem de “meritocracia”, estaremos negligenciando as verdadeiras forças das desigualdades que moldam nossas vidas.

Grande parte dos recursos não é distribuída com base no esforço individual. Ela é distribuída por um sistema que, por décadas e gerações, favoreceu alguns em detrimento de outros. A isso chamamos de privilégio.

Mas não me entendam mal. O mérito é importante. A ética do trabalho é importante. Contudo precisamos reconhecer que as portas do progresso nunca foram realmente abertas para os brasileiros que perderam na loteria do nascimento. Precisamos admitir que essas portas não dependem de o quão forte você bate, mas de quem segurava as chaves desde o começo.

Apesar disso, algumas vezes ouvimos histórias sobre pessoas que conseguiram superar adversidades e realizar grandes feitos. E não há dúvidas de que essas pessoas são admiráveis. Elas nos inspiram, mostrando o poder da resiliência e do esforço. No entanto, precisamos ser honestos e encarar a realidade.

A realidade é que, para cada história de sucesso que ouvimos, existem milhares que não tiveram a mesma sorte. Há milhares que deram o melhor de si e trabalharam duro, mas enfrentaram dificuldades que os deixaram pelo caminho.

Quando alguém consegue avançar, devemos celebrar. Porém também precisamos lembrar que essas pessoas são a exceção, não a regra. Quando olhamos apenas para as exceções, estamos nos enganando. E um país que se engana nunca conseguirá progredir.

Se focarmos apenas nas poucas histórias de sucesso, correremos o risco de ignorar os muitos que ficaram para trás. Estamos falando aqui de milhares de mulheres e homens talentosos, jovens cheios de sonhos, que não conseguiram alcançar seu potencial. E não foi por falta de vontade.

O verdadeiro desafio de uma nação não é produzir alguns exemplos para dizer que o sistema funciona. O desafio é reformar o sistema para que ele funcione para todos. Para que não precisemos mais nos contentar com as poucas histórias de exceção, mas possamos nos orgulhar da construção de um país onde qualquer um, independentemente do local de nascimento, tenha as mesmas chances de sucesso em suas escolhas.

O texto é uma homenagem à música “Batendo o Martelo nas Mesmas Cabeças”, interpretada por Cabruêra.

6:37Ecos do debate

por José Maria Correia

Gostei bastante do formato do debate organizado pela Band TV . Duro, mas sem ofensas pessoais e com bastante tempo para os candidatos em suas falas . Também sem necessidade de direitos de respostas, apesar dos muitos pedidos indeferidos da candidata Cristina Graeml. Faz parte do jogo apenas

Coube ao vice- prefeito Eduardo Pimentel defender a gestão em que participou como Secretário de Obras, o que fez com lealdade citando as principais obras e realizações , mas também mostrando personalidade própria e apontando para avanços e novos projetos .

Os principais problemas de Curitiba foram todos abordados e são complexos e conhecidos – e soluções mágicas não existem. Mesmo com as desigualdades sociais históricas,
decorrentes da baixa renda e poder aquisitivo de grande parte da população trabalhadora, Curitiba é uma das melhores cidades para se viver em termos de organização, urbanização e serviços públicos.

O que não cabe ainda para os bolsões de pobreza extrema , mas estamos avançando e vontade política existe.  Os recursos suficientes só com a complementação de verbas estaduais e federais. Um exemplo muito positivo é o bairro da Caximba que sofreu total transformação.

A candidata do PMB, no direito de adversária, usou a estratégia e a retórica de se
colocar como a antissistema , no jargão de “contra tudo que está aí”. Entretanto, não apresentou alternativas claras do que poderia mudar. Na verdade não é fácil ir além da crítica sem soluções factíveis. Nos debates, onde os marqueteiros tem grande influência, a ideia forte da anti-política não é nova .

Considerando o que já vi e vivo em tantas eleições e crises sistêmicas, me preocupa esse discurso que tem apelo popular sobre o descontentamento com a classe política e que não apresenta alternativas concretas ao processo de escolha pelo voto. Se não estou contente com o sistema me apresentem outro melhor, parafraseando o velho Winston, o Churchill

Assim, surpreendeu de certa forma a insistência da candidata Graeml ao criticar mais de uma vez durante o debate as alianças feitas por Eduardo Pimentel com diversos partidos políticos. Alianças que são características do processo democrático, assim como as que ocorrem em muitas outras capitais, e não só do Brasil. Todos os candidatos buscam em coligações para formar coalizões.

Alianças só critica quem não as consegue realizar, é fato. E apoios também não se recusam, como dizia o sábio doutor Tancredo Neves quando citava o antigo ditado mineiro: “ Catitu fora de manada é comida de onça.” Ou seja, o prefeito não deve e não pode ser um autocrata com poderes absolutistas como se não existissem o poder legislativo municipal e os adversários.

A Câmara é composta de vereadores de diversos partidos, e o prefeito eleito precisa de alianças para compor uma base parlamentar. Sem a base não poderá aprovar seus projetos de lei e propostas orçamentárias. E nem seus vetos serão mantidos .

Uma sustentação democrática é necessária, pois se reflete também na sociedade por seus representantes eleitos nos bairros e segmentos sociais. É o que acontece na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional. São relações republicanas imprescindíveis. Fora disso é mera bravata.

Atacar apenas por atacar na busca de votos não tem se mostrado uma boa estratégia em Curitiba. Uma cidade cujas administrações municipais sempre foram muito bem avaliadas pelos curitibanos e os que aqui moram ou visitam, com uma ou outra rara exceção. Essas avaliações feitas com critérios para uma cidade tida como laboratório em geral do que possa surgir como novidade para o todo o país. A capital paranaense é uma cidade exigente e tradicional, mas que gosta de inovar.

Também é progressista em tantas iniciativas e ações políticas como o inesquecível Comício pelas Diretas Já, de 1984, onde ainda jovem fui um dos primeiros oradores , honra que sempre me orgulha e gosto de lembrar. “ A memória é o único paraíso do qual não podemos ser expulsos “

Enfim , penso que as eleições municipais deste ano podem ter até cedido espaços para candidatos extremistas que obtiveram índices altos nas pesquisas mas não foram suficientes para ir ao segundo turno. E os que chegaram ao segundo já trataram de suavizar suas imprecações ou catilinárias, como foi o caso específico de São Paulo.

Mas em Curitiba , minha maior preocupação, falando por experiência própria , é que tenhamos a continuidade e o aperfeiçoamento de nosso sistema de saúde pública municipal, com seus postos , unidades, secretaria , hospitais, medicamentos laboratórios e toda uma rede de atendimento universal para os milhares de curitibanos e moradores da região metropolitana e de outras cidades.

Digo por experiência própria por ter sido salvo do agravamento da COVID pelas vacinas e pela intensa mobilização e campanha em todo nosso estado com aviões, caminhões, ônibus , embarcações e ambulâncias.

Só quem, como eu, esteve internado no isolamento da ala hospitalar chamada popularmente de Covidário é capaz de saber da angústia da incerteza dos dias e das noite de solidão onde não poderia haver amanhecer e o silêncio seria eterno. Sem a ciência eu não estaria dando esse testemunho.

Por isso onde houver negacionismo e posições contra a ciência e os avanços da medicina eu irei me posicionar.

Em homenagem também aos meus queridos amigos que morreram com muito sofrimento, esquálidos e vítimas de pseudos tratamentos ineficazes que enriqueceram charlatães vendedores de placebos e são responsáveis pelos enterros em massa de homens , mulheres e crianças .

Esses haverão de responder nos tribunais da história ou ainda nesta vida mesmo , quando a justiça despertar.

Viva a ciência

“ Viva a morte e a inteligência “ foi o urro já sepultado do general fascista Milan Astray na então conservadora Universidade de Salamanca , prontamente contestado com coragem por Dom Miguel de Unamuno.

E que as luzes do saber nunca mais sejam cobertas pelas túnicas do obscurantismo.

 

16:02Com estoque baixo, Hemepar solicita com urgência doações de quatro tipos sanguíneos

Da Agência Estadual de Notícias

A Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa) reforçou nesta segunda-feira (14) a urgência de doações de sangue dos tipos A+, B-, O+ e O-. De acordo com o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), o estoque atual para esses tipos sanguíneos é suficiente para aproximadamente dois dias, o que caracteriza a situação como crítica.

https://www.aen.pr.gov.br/Noticia/Com-estoque-baixo-Hemepar-solicita-com-urgencia-doacoes-de-quatro-tipos-sanguineos

15:07Ex-secretário da Saúde na pandemia inicia campanha em favor da ciência e da vida

O deputado federal Beto Preto incentiva médicos, enfermeiros e autoridades da saúde de Curitiba para escolher, como ele, o lado da disputa da prefeitura de Curitiba que valoriza a ciência. O texto a seguir é da assessoria dele, que foi secretário estadual da Saúde durante da pandemia da Covid:

O deputado federal Beto Preto, ex-secretário de Saúde do Paraná, está intensificando seu apoio a Eduardo Pimentel, candidato à prefeitura de Curitiba pelo Partido Social Democrático (PSD), com uma campanha que mobiliza profissionais de saúde e cidadãos em defesa da ciência e da vacinação.

Durante a pandemia da Covid-19, as equipes de saúde da capital paranaense, sob o comando de Rafael Greca e Eduardo Pimentel, atuaram em conjunto com o Governo do Estado para combater a doença e salvar o maior número de vidas possíveis. Essa estratégia teve um salto significativo com a chegada da vacina, em 2021, que possibilitou imunizar os curitibanos, diminuindo a proliferação do vírus.

“Só aqueles que perderam ou conhecem alguém que perdeu um ente querido para o coronavírus, sabem da importância da vacinação nessa missão pela vida. Não podemos deixar que ideias contrárias, notadamente falsas, tomem o lugar da saúde pública curitibana, uma vez que isso pode significar a ascensão do obscurantismo, colocando em risco a saúde coletiva da nossa população”. Continue lendo