9:10Ao Herivelto

Parabéns ao jornalista Herivelto Oliveira, vereador que assumiu ontem a prefeitura de Curitiba por uma semana e, por isso – e mais que isso, encerra no final do ano sua passagem como político sem concorrer à reeleição. .

8:52Na foto

Do Analista dos Planaltos

Entre os candidatos bem cotados nas pesquisas a prefeito o ex-governador Beto Richa é o mais discreto – e ultimamente aparece na companhia mais discreta ainda de Fernanda Richa.

8:46Quantos?

Já se aposta na Boca Maldita quantos candidatos de fato concorrerão à prefeitura de Curitiba. Mais: tem gente que gostaria que ela fosse bem antes de outubro, pra acabar com tanto teretetê de bastidores e negociações insondáveis.

8:34JORNAL DO CÍNICO

Do Filósofo do Centro Cínico

E pensar que Bolsonaro está com inveja boa de Trump porque este, condenado em 34 acusações, pavimentou seu retorno à Casa Branca, já que é vítima de perseguição em casos infundados.

8:25O Brasil precisa de notícias falsas?

por Cláudio Henrique de Castro

O Congresso Nacional manteve no dia 28 de maio o veto do ex-presidente Bolsonaro à tipificação de crimes contra o Estado democrático de direito, entre eles, a criminalização das fake news nas eleições (VET 46/2021). 

Foram 317 votos favoráveis, 139 contrários e 4 abstenções na Câmara dos Deputados. A tipificação de crimes contra o Estado democrático estava prevista no Projeto de Lei (PL) 2.108/2021, que gerou a Lei 14.197, de 2021, e revogou a Lei de Segurança Nacional (Lei 7.170, de 1983).

O texto vetado estabelecia até cinco anos de reclusão para quem cometesse o crime de “comunicação enganosa em massa”, definido como a promoção ou financiamento de campanha ou iniciativa para disseminar fatos inverídicos e que fossem capazes de comprometer o processo eleitoral.

Também definia crimes como “atentado a direito de manifestação”, com pena que poderia chegar a 12 anos de reclusão; e o aumento de penas para militares e servidores públicos envolvidos em crimes contra o Estado democrático de direito.

Um estudo recente da Coalizão Direitos na Rede (CDR), que reúne mais de 50 organizações acadêmicas e da sociedade civil, analisou cento e quatro leis de setenta e um países ou blocos regionais e verificou que em apenas três não criminalizam a disseminação de desinformação no ambiente digital.

A União Europeia considera a desinformação como uma informação comprovadamente falsa ou enganadora que é criada, apresentada e divulgada para obter vantagens económicas ou para enganar deliberadamente a população, e que é suscetível de causar um prejuízo público.

Em Portugal desde 2021 há uma lei sobre os direitos humanos na era digital que coíbe o uso da inteligência artificial na produção das mentiras coletivas.

A Câmara dos Deputados rejeitou a criminalização das notícias falsas (fakes news) por que este é o instrumento da comunicação daquela maioria parlamentar?

Com efeito, há uma indústria milionária da criação de fatos distorcidos, notícias falsas, de ideias negacionistas e anticientíficas. Tudo isso se conecta com milhões de pessoas, por meio das redes sociais.

O resumo da ópera; o veto que foi mantido pela Câmara dos Deputados preserva a impunidade das notícias falsas.

Tal procedimento afronta a Constituição que prevê que são invioláveis a intimidade, a vida privada e a imagem das pessoas. Igualmente, o direito constitucional da liberdade de expressão não assegura a divulgação de mentiras.

Criadores e divulgadores de notícias falsas permanecem impunes, em prejuízo de milhões de cidadãos.

8:11MACHADO, 2024

por Carlos Castelo 

Com a participação de Pai Divaldo de Oxalá, Janete Sensitiva e Dona Odete da Maré, após horas de sessões espirituais e leituras de borra de café, por fim, obtivemos sucesso. Conseguimos entrevistar o bruxo do Cosme Velho, Joaquim Maria Machado de Assis, na redação do Rascunho. Trajado em seu indefectível terno escuro e de pince-nez, o autor fluminense, que recentemente se tornou celebridade nos Estados Unidos, usou a pena da galhofa e a tinta da melancolia para nos pintar um quadro de 2024. 

Pergunta: Um prazer tê-lo conosco em 2024, senhor Joaquim Maria. E que tal essa experiência de viajar no tempo? 

Machado de Assis: Viajar no tempo vem sendo uma prática inusitada, diria até rocambolesca. O que mais me impressiona são essas máquinas de bolso, os tais celulares, e como as pessoas parecem conversar mais com elas do que entre si. 

P: Falando em conexão, como o senhor avalia a recepção das suas obras nos dias de hoje? Ainda acha que suas críticas à sociedade seguem atuais? 

M de A: Devo confessar, é quase como se eu tivesse escrito ontem… A hipocrisia, a vaidade e as peculiaridades humanas são eternas. Talvez apenas tenham mudado de roupa e de palco. Vejo que a essência humana permanece a mesma, e por isso meus livros ainda são best-sellers. 

P: Falando em roupa, o senhor viu como a moda mudou? O que acha das vestimentas modernas? 

M de A: Estou perplexo. Vi jovens vestindo o que parece ser uma combinação de pijamas e trajes de astronauta. E essas calças rasgadas que custam uma fortuna? Parece que a moda decidiu abraçar o absurdo de vez. No meu tempo, rasgado era consertado, não vendido a peso de ouro. 

P: E sobre a tecnologia? O senhor já experimentou usar um smartphone? 

M de A: Experimentei, sim, mas confesso que foi um desastre. Tentei escrever um soneto no bloco de notas de um iPhone e, por algum motivo, o aparelho transformava quase todas minhas palavras em um tal de “emoji”. Acho que prefiro minha velha pena e tinta. Pelo menos elas não tentam alterar meu texto.

P: Senhor Machado, afinal, Capitu traiu ou não traiu Bentinho? 

M de A: Ah, a eterna pergunta! Posso dizer é que Bentinho, com toda aquela insegurança, bem… ele talvez precisasse de umas sessões de psicanálise para resolver suas dúvidas. Ou tomar esse emplastro do século XXI, o Rivotril. Mas deixemos essa questão no ar. Afinal, a dúvida é o que torna a narrativa sedutora, não é?

P: Nos dias de hoje, quem o senhor vê como seu herdeiro literário no Brasil? 

M de A: Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria.

P: Ressente-se, de alguma maneira, por não ter recebido um prêmio Jabuti?

M de A: Em absoluto, a glória é a vaidade dos mortos. E, como podem ver, estou vivíssimo.

P: Como analisa que, após 143 anos, suas “Memórias Póstumas de Brás Cubas” foram finalmente descobertas e aclamadas nos Estados Unidos? Sente-se um vencedor? 

M de A: É uma sensação curiosa. Quem diria que precisariam de quase um século e meio para perceberem que até um defunto pode ter algo interessante a dizer? Talvez os norte-americanos estivessem ocupados demais, como escreveu esse menino Caetano Veloso, com seus podres poderes, para notarem minha modesta obra. Mas, de todo modo: ao vencedor, sempre asbatatas.

P: Para finalizar, o que o senhor gostaria de dizer aos leitores de 2024? 

M de A: Apesar das mudanças tecnológicas e sociais, não se esqueçam que a literatura é um espelho da alma. E a alma humana é atemporal. E, hélas, leiam mais Machado de Assis no Brasil, não só nos Estados Unidos da América.

(Publicado no Rascunho)

 

16:45NELSON PADRELLA

Fui ver o tapetão de serragem que os cristãos passaram o dia inteiro produzindo. Conseguiram fazer momentos muito bonitos. Até agora, cinco horas da tarde, ainda fazem arremates.
Daqui a pouco vem o padre e faz vlkjddhb naquilo tudo. É a vida.

15:07JORNAL DO CÍNICO

Do Filósofo do Centro Cínico

Na Marcha para Jesus em Sampa o líder disse que os fieis poderiam ser hostis tanto a Lula quanto a Bolsonaro. Melhor mesmo foi erguer as mãos aos céus e seguir quem é totalmente confiável.

15:00Cinema de graça para 40 mil na praça

Da Agência Estadual de Notícias

Projeto Cinema na Praça exibe filmes gratuitos para 40 mil pessoas em três meses

De fevereiro a maio deste ano, 40 mil pessoas de municípios que não possuem salas de cinema puderam assistir filmes de forma gratuita, exibidos em local aberto e de fácil acesso. Com investimento de R$ 4,25 milhões, viabilizado com recursos da Lei Paulo Gustavo (LPG), o projeto da Secretaria de Estado da Cultura (SEEC) realizou 140 sessões gratuitas de filmes em 71 cidades do Paraná, dentro do projeto Cinema na Praça.

https://www.aen.pr.gov.br/Noticia/Projeto-Cinema-na-Praca-exibe-filmes-gratuitos-para-40-mil-pessoas-em-tres-meses