9:03Sem impeachment

Ao saber que pediram o impeachment do governador Ratinho Junior, o Gaiato da Boca Maldita disse que isso jamais acontecerá – e explicou o motivo: “E quem vai inaugurar a ponte de Guaratuba?”

8:03Diga 33!

Sem tempo na tv, sem dinheiro, sem marqueteiro, Roberto Requião anuncia sábado que é pré-candidato a prefeito de Curitiba pelo Mobiliza. O encontro acontece no Clube Literário do Portão. O partido é nanico, mas o número pode ser uma chave para a propaganda boca-a-boca: 33. Diz aí Requião!

7:32Não é ferrorama!

A notícia de que a Ferroeste será privatizada, segundo disse o governador Ratinho Junior a investidores, não causou nem marola. Talvez quando a mensagem do Executivo chegar ao Legislativo “dentro de dez dias” aconteça aquele bafafá de sempre. Por enquanto, parece que o governo está se desfazendo de um daqueles brinquedos chamados ferrorama.

7:28JORNAL DO CÍNICO

Do Filósofo do Centro Cínico

Não é por causa dos juros que Lula bate em Campos Neto. É que ele acredita que o atual presidente do Banco Central já acertou os ponteiros com Tarcísio de Freitas para ser o ministro da Fazenda no próximo governo.

7:15A morte de Enéas Lour

É com imenso pesar que informamos o falecimento do nosso amado Enéas Lour. O corpo será velado nesta quarta-feira (19) no saguão do Teatro Guaíra, das 10h às 15h. O sepultamento acontecerá às 16h no Cemitério Parque Iguaçu.

6:51O governo caiu na real

por Elio Gaspari, na FSP

Notícias ruins acordaram os doutores

A alta do dólar, a queda da Bolsa e a confirmação de que o aumento da arrecadação era um sonho levaram o governo a admitir a relevância do controle de gastos e a consequente valorização de uma administração comprometida com o feijão com arroz.

Em dois anos de governo, o ministro Fernando Haddad teve vitórias e derrotas. Brilhou com o projeto de reforma tributária, mas seu déficit zero era lorota. Ele conseguiu restabelecer as boas relações de um governo petista com a banca.

Na segunda-feira (17), Haddad e Simone Tebet, sua colega do Planejamento, mostraram a Lula o dreno provocado pela distribuição de incentivos. A iniciativa tem mérito, mas não tem valor, o Sol congelará antes que um Congresso resolva podar os benefícios dados à Zona Franca de Manaus. Cada incentivo é um jabuti velho, escolado e bem relacionado.

A discussão da política de incentivos, como a taxação das grandes fortunas, é um tema que lustra a biografia de quem a propõe, mas não vai a lugar algum.

Infelizmente o déficit zero era um espécie de pau do circo de Haddad: arrecadando mais, o governo poderia induzir o crescimento. Daí viriam as picanhas prometidas durante a campanha. Sem esse salto arrecadador, Lula 3.0 arrisca tornar-se um governo durante o qual a economia andou de lado.

É melhor andar de lado do que ir galhardamente na direção errada, como sucedeu com a nova matriz econômica do governo de Dilma Rousseff.

Vendo que não pode gastar, Lula terá a oportunidade de se voltar para a boa administração do dia a dia. Apesar do estilo triunfalista do presidente, seu governo vai bem no feijão com arroz. Vai bem mesmo quando é comparado a outros governos, sem levar em conta o caos de Bolsonaro.

Derrapou feio na compra de arroz importado, pretendendo comercializá-lo a preços tabelados. Esse desastre só aconteceu porque no lance estava a mão peluda do interesse político.

Terminar obras que estão paradas é uma das boas maneiras de administrar o trivial variado. Infelizmente ela vem sendo instrumentalizada em marquetagens.

Getúlio Vargas foi um presidente de grandes ideias, mas, lendo-se seu diário, percebe-se a atenção quase obsessiva com a rotina da administração.

Lula, ou qualquer político brasileiro, dispõe de um boqueirão, resgatando o agronegócio e colocando-o na galeria do orgulho nacional, como Juscelino Kubitschek colocou a indústria no final dos anos 50.

Por diversos motivos, Lula jogou fora essa oportunidade e hoje ela está em cima de um montinho de cal, esperando que alguém bata esse pênalti.

16:41JORNAL DO CÍNICO

Do Filósofo do Centro Cínico

Lula chutando Roberto Campos Neto faz lembrar o avô do presidente do Banco Central que disse: Os governos latino-americanos desejam é um capitalismo sem lucros, um socialismo sem disciplina e investimento sem investidores estrangeiros.

16:29E a escolha é…

Na propaganda partidária que sacode a poeira para a eleição e faz o tucanato reviver, só há uma escolha: ele mesmo, Beto Richa. Essa a grande sacada de quem pensou grande e está criando as peças.

16:16Edison Mauad, adeus

Da Banda B

Morre Edison Mauad, ex-presidente do Coritiba

Histórico dirigente do Coxa, com duas passagens como presidente, não resistiu a uma cirurgia no coração. Ele tinha 77 anos

O Coritiba está de luto. Faleceu nesta terça-feira (18), aos 77 anos, o ex-presidente Edison Mauad, que comandou o clube em dois períodos, entre 1980 e 1981 e entre 1995 e 1996. Participante direto da história alviverde por pelo menos 50 anos, Mauad também era sogro de Alex, o maior jogador do Coxa em todos os tempos, casado com a sua filha Daiane. Ele não resistiu a uma cirurgia no coração. Os detalhes do velório ainda não foram divulgados.

Dono de uma das principais construtoras do Paraná nos anos 1960 e 1970, Mauad assumiu um lugar no Conselho Deliberativo do Coritiba, e em 1980 assumiu a presidência após a saída de Amauri Cruz dos Santos. Em um período de 28 anos de protagonismo de Evangelino da Costa Neves, ele foi um dos quatro presidentes que comandaram o Coxa nos seis anos em que o “Chinês” se afastou do clube.

E quando Evangelino encerrou seu ciclo no Coritiba, em 1995, com o clube envolvido em dívidas, Edison Mauad se uniu a Joel Malucelli e Sérgio Prosdócimo, outros dois empresários bem-sucedidos, para criar o que se chamou de “triunvirato”. Os três lideraram o Coxa por quase dez anos, alternando-se na presidência.

Mauad foi o primeiro, assumindo o Coritiba em 1995. Era o mais “boleiro” do triunvirato, e por isso foi o escolhido para organizar o clube para a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro daquele ano. Numa jornada longa e cheia de desafios, o Coxa acabou garantindo o acesso ao lado do Athletico, confirmando a volta à primeira divisão vencendo o rival por 3×0 no Couto Pereira.

Naquele período, um jovem meio-campista era lançado pelo técnico Paulo César Carpegiani. Alex rapidamente recebeu a camisa 10 do Coritiba, e passou a ser figura decisiva no time. E acabou também conquistando Daiane, a filha de Edison Mauad. Eles estão casados até hoje, dando três netos ao ex-presidente. Ele teve, no total, quatro filhos.

9:19Bolo e cereja

Ontem, na convenção que elegeu a deputada estadual Maria Victoria presidente do PP do Paraná, estavam lá o governador Ratinho Junior e o vice Eduardo Pimentel, que é pré-candidato a prefeito de Curitiba, assim como Maria Victoria. Quem olhava o palco, que ainda tinha os pais da presidente (o secretário Ricardo Barros e a ex-governadora Cida Borghetti) e o senador Ciro Nogueira (presidente nacional do PP), só viu sorrisos, abraços e tapinhas nas costas, uma alegria só. Para traduzir bem era tudo bolo e cereja ao mesmo tempo.