17:38CARLOS CASTELO

Já sou idoso, posso falar sobre Biden e Trump.
O debate entre os dois estava realmente mais para debacle.
Não se sabe qual dos dois velhotes é pior: o que trava ou o que mente. O problema nessa escolha gerontófila entre os candidatos norte-americanos à presidência é que ela não esbarra apenas nos lá do Tio Sam, respinga em todos os cantos do mundo. Vai que um tiozinho desses confunde o botão vermelho com uma cápsula de Gerovital, tamos na roça. Joe e Donald são a prova de que o planeta usa suas derradeiras energias e está prestes a colapsar, exatamente como as duas múmias paralíticas que se engalfinharam ontem.
Não tem jeito: se correr o Biden morre, se ficar o Trump some.

14:57Sem vaga

No Tribunal de Contas essa história de negociação de uma vaga de conselheiro no meio da disputa para prefeito de Curitiba soa como maluquice. Motivo: tão cedo não há vaga disponível, a não ser que alguém saia antes do tempo.

14:23Paulo Martins agora é viável

Paulo Martins, assessor de Ratinho Junior, agora é considerado uma opção viável para ser o vice na chapa de Eduardo Pimentel para a disputa da prefeitura de Curitiba. Isso será decidido quando o governador voltar das férias e depois da conversa entre os interessados. Acontece que, antes disso, o esforço da tropa de Pimentel é para conseguir atrair o União Brasil para fazer uma grande composição. Paulo Martins ganharia mais chance porque traria Jair Bolsonaro e o PL para o pacote. A situação no momento é essa.

10:29Cadeira no TCE

Do enviado especial

No pano verde do jogo eleitoral da capital seguem as apostas. Agora, é a de que podem ser colocadas muitas fichas na oferta de uma cadeira no Tribunal de Contas do Estado para convencer candidato e desistir da disputa.

10:04Teste para Ducci

O Gaiato da Boca Maldita acha que a homenagem que será feita aos fundadores do PT em Curitiba é uma baita oportunidade para Luciano Ducci testar a receptividade do seu nome como candidato a prefeito que vai representar, entre outros, o partido da estrela.

9:41Cinco cabeças no Congresso

Assim veio:

O Paraná tem cinco “cabeças” entre os 100 parlamentares no Congresso Nacional, conforme seleção do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) divulgada nesta sexta-feira (28). Na ordem alfabética estão a deputada Gleisi Hoffmann (PT), e os deputados Luiz Carlos Hauly (Podemos), Pedro Lupion (PP) e Zeca Dirceu (PT). Aliel Machado é a primeira vez que está na lista dos mais influentes.

O levantamento, realizado desde 1994, aponta os congressistas mais influentes do país entre os 513 deputados federais e 81 senadores. O Diap considera “cabeças” do Congresso, os parlamentares que reúnem qualidades como “capacidade de conduzir debates, negociações, votações, articulações e formulações”, seja “pelo saber” ou pelo “senso de oportunidade”. O órgão também destaca a capacidade de “leitura da realidade” e “facilidade para conceber ideias, constituir posições, elaborar propostas e projetá-las para o centro do debate, liderando a repercussão e tomada de decisão”.

Entre os os 50 parlamentares em “ascensão”, o Paraná tem mais seis congressistas na lista do Diap: a deputada Luísa Canziani (PSD) , os deputados Beto Richa (PSD), Filipe Barros (PL), Tadeu Veneri (PT) e Toninho Wandscheer (PT), e o senador Flávio Arns (PSB). Luísa Canziani, Felipe Canziani, Veneri e Wandscheer estão pela primeira vez nesta lista. Continue lendo

7:59Novelas por elas

por Carlos Castelo

Sou uma dessas pessoas que odeia telenovelas. Para mim, a maioria presta um desserviço à educação, são alienantes e, por vezes, estimulam maus costumes. Se você me conhece, já deve ter me ouvido reclamar sobre o drama interminável de “O direito de nascer”. Mas vou contar uma outra história para vocês.

Numa noite qualquer, enquanto zapeava os canais, deparei com uma reprise de “Tropicaliente”. Na hora, pensei: “isso é um verdadeiro ‘Esplendor’!” E assim começou minha vida de noveleiro involuntário.

“Elas por elas”, as personagens foram me envolvendo numa trama tão arrebatadora quanto uma “Escalada”. Resisti, mas era como ser a “Escrava Isaura” do controle remoto, subjugado àquela programação.

O meu destino estava “Escrito nas estrelas”. E diante do “Espelho mágico” televisivo, me vi envolvido naquele “Pantanal”, entre “O cravo e a rosa”. Achei que precisava de uma “Estrela-guia” para me salvar. Até o “Estúpido cupido” parecia em conluio com a “Eterna magia” dessas tramas.

Então decidi: vou virar “O Rei do gado” e comprar essa emissora, só para botar fim a tamanha tortura. Mas a promessa ficou “De quina pra lua” e assisti a novela até o final. Sim, admito, eu me encontrava numa “Cama de gato” de emoções.

Mesmo com a “Força de um desejo” de mudar de canal, me vi preso numa “Guerra dos sexos”, dividido entre “Gabriela” e “Helena”. Tentei escapar, mas a cabeça girava como um “Bambolê”. O “Insensato coração” me levava de volta à frente da tela.

Foi aí que “Um anjo caiu do céu” me fazendo indagar: “peraí, isso não se assemelha a um ‘Jogo da vida’?”

Só que, entrementes, surgiu “Locomotivas”. Uma trama desenfreada como um vagão desgovernado, e percebi que estava envolvido novamente numa “Mandala” de sentimentos. O “Olho no olho” dos atores me hipnotizava. Lembrei-me de todos “Os gigantes” que já desafiaram a TV e me senti como um “Pai herói” fracassado, tentando me salvar, e a família, da influência maléfica das novelas.

“Paraíso tropical”? Longe disso. “O bem-amado” se tornaria o próximo pesadelo. A luta entre minha “Passione”, e o Pé na jaca” para desligar a TV, parecia interminável. Tentei até jogar “Pedra sobre pedra” para bloquear o sinal, mas infelizmente as “Duas caras” me mantiveram dividido.

No final, era como viver “Cobras e lagartos” com os folhetins eletrônicos. “Páginas da vida” que eu não queria, mas que continuavam a ser escritas.

E assim, no dilema típico de um “Que rei sou eu?”, me desesperei e dei para gritar pelos cômodos: “Uga, Uga”. Nem a “Rainha da sucata” conseguiu me libertar. “Marron glacé” ou “Feijão maravilha”, tudo era uma “Salsa e merengue” de perturbações desconexas.

Então, se um dia me encontrarem “Sassaricando” pela sala de estar, saibam que essa é uma “Selva de pedra” que não escolhi. “Sem Lenço, sem documento”, mas com muitos dramas vivenciados, minha existência se transformou num eterno “Renascer”. Ai, como é terrível ter “Duas Vidas”! Nem mesmo “O Clone” suportaria tanta ambiguidade.

Bom, chega de “Ti ti ti”, preciso me controlar para não rever “Tieta”. Espero que nos próximos capítulos acabe esse “Morde e assopra”.

(Publicado no Rascunho)