8:04Enquanto isso, em Balneário Camboriú…

Jair Bolsonaro e Javier Milei se encontram neste final de semana em Balneário Camboriú na quinta edição do Cpac Brasil. São as estrelas do evento que reúne a turma da pesada da direita na América do Sul que vai levantar a bandeira da anistia ao ex-presidente brasileiro. Então, tá.

7:44JORNAL DO CÍNICO

Do Filósofo do Centro Cínico

Depois da divulgação da pesquisa da Band, alguns candidatos a prefeito de Curititiba foram participar da abertura da festa do frango com polenta em Santa Felicidade. O gosto da comida variou conforme os números do levantamento, mas ninguém engasgou.

7:21Separação entre drogas lícitas e ilícitas é linha imaginária que não leva em conta efeitos reais das substâncias

por Reinaldo José Lopes, na FSP

Pensamento mágico incrustado na legislação sobre essas substâncias precisa ser substituído pelo conhecimento científico

Definitivamente não sou a pessoa mais experiente do mundo quando o assunto são “entorpecentes” (leia a palavra entre aspas com voz de apresentador de programa sensacionalista, por gentileza). Não bebo álcool. Não fumo cigarros, cachimbos ou charutos de qualquer natureza. Cogumelos? Só os que podem ser colocados na pizza ou no estrogonofe. No ramo dos estados alterados de consciência, as únicas coisas que consumo são chocolate, catolicismo e romances de fantasia.

Não escrevo isso para me vangloriar. É bastante possível que alguém tenha esquecido de instalar o aplicativo da busca por sensações insólitas no meu cérebro antes de ele sair da fábrica, e pronto. Só resolvi listar de antemão todas as substâncias psicoativas que não aprecio porque sou incapaz de compreender, mesmo assim, por que tanta gente se descabela diante da tímida decisão do STF sobre o consumo de maconha, ou sobre o tema da descriminalização do consumo de drogas, de forma mais geral.

É, eu sei que estamos diante do Congresso mais conservador a ser eleito no país desde o Segundo Reinado (para não falar da população que o escolheu). Mas tentemos raciocinar juntos.

O que todas as drogas têm em comum é, conforme mencionei no primeiro parágrafo, a capacidade de produzir estados alterados de consciência por meio de seus efeitos no cérebro. É por isso que todas as culturas humanas sempre usaram substâncias desse tipo, pelo que sabemos. Acho que ninguém vai discordar disso, certo?

O próximo passo lógico é o seguinte: não existe nenhuma razão objetiva para supor que drogas de consumo legalizado (e tributado), como o álcool e o tabaco, sejam intrinsecamente “mais seguras” para consumo do que todas as demais. Não foi esse o critério que fez delas drogas “lícitas”, enquanto todas as demais seriam ilícitas por natureza, por decreto divino concedido no monte Sinai ou coisa que o valha. O critério foi pura e simplesmente cultural e histórico.

É possível que o álcool, digamos, cause menos dependência, menos danos aos neurônios e menos risco de desencadear doenças mentais do que drogas proibidas por lei? Talvez, mas isso é algo a ser determinado caso a caso, por uma comparação criteriosa, e não por um tabu cultural que traça uma linha imaginária entre um tipo de droga e o outro.

Uma vez feita essa comparação, é um bocado provável que a droga “lícita” exceda, em seus efeitos nocivos, ao menos algumas substâncias hoje proibidas. Basta pensar na letalidade da mistura álcool + veículos automotivos.

A pergunta inevitável que viria depois disso é: e aí? Algum congressista teria coragem de defender a proibição completa da venda de bebidas alcoólicas em território nacional, como os EUA tentaram fazer no começo do século 20? Se a resposta for “não”, o que impede que drogas de “periculosidade” similar à do álcool sejam igualmente legalizadas além de, mais uma vez, mero tabu?

Note que eu nem toquei nos dilemas sobre liberdades individuais versus custos sobre o sistema de saúde, a viabilidade de barrar venda e consumo por meio da repressão etc. –até porque tem gente muito mais qualificada para abordar essas variáveis.

Mesmo sem levar tudo isso em conta, o fato é que a legislação brasileira de hoje divide os tipos de drogas com base em pouco mais do que pensamento mágico. Se a intenção é realmente proteger a saúde pública, os direitos dos cidadãos e evitar injustiças, trata-se de uma base extremamente frágil, que precisa ser substituída pelo que realmente sabemos a respeito dos efeitos de cada substância.

20:10Paraná Pesquisas: Pimentel 24,1%; Ducci 14,9; Ney 13,6; Requião 12,4.

Paraná Pesquisas contratada pela Band Paraná divulgada nesta sexta-feira (05/07/2024) no Band Cidade – Segunda Edição.

Para a realização da pesquisa foi utilizada uma amostra de 800 eleitores, entre os dias 29 de junho e 3 de julho. A pesquisa tem um grau de confiança de 95% e a margem de erro é de 3,5 pontos percentuais. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número PR-04643/2024 para o cargo de prefeito. É necessário informar que a fonte utilizada para a estratificação do eleitorado quanto ao nível econômico foi o Censo 2010, e para gênero, idade e grau de instrução os dados do TSE de Maio de 2024.

Confira todos os cenários:

https://bandparana.com.br/curitiba-confira-numeros-da-parana-pesquisas-contratada-pela-band-parana/

17:24Retrato do artista quando coisa

de Manoel de Barros

Há um cio vegetal na voz do artista.
Ele vai ter que envesgar seu idioma ao ponto de alcançar o murmúrio das águas nas folhas das árvores.
Não terá mais o condão de refletir sobre as coisas.
Mas terá o condão de sê-las.
Não terá mais ideias: terá chuvas, tardes, ventos, passarinhos…
Nos restos de comida onde as moscas governam ele achará solidão.
Será arrancado de dentro dele pelas palavras a torquês.
Sairá entorpecido de haver-se.
Sairá entorpecido e escuro.
Ver sambixuga entorpecida gorda pregada na barriga do cavalo —
Vai o menino e fura de canivete a sambixuga: Escorre sangue escuro do cavalo.
Palavra de um artista tem que escorrer substantivo escuro dele.
Tem que chegar enferma de suas dores, de seus limites, de suas derrotas.
Ele terá que envesgar seu idioma ao ponto de enxergar no olho de uma garça os perfumes do sol.

16:42Apocalipse

…Não é de hoje que certas épocas imaginam estar no limiar do fim dos tempos. A própria Bíblia se encerra com os quatro cavaleiros escatológicos do apocalipse —peste, fome, guerra e morte. Em termos contemporâneos, são Covid, Gaza, Ucrânia e o risco de uma terceira guerra mundial. (Mario Sergio Conti)

16:30A Eurocopa e o olé da Colômbia

Quem viu hoje o jogaço entre Alemanha 1 x 2 Espanha pela Eurocopa não pode esquecer o que tem feito seleção brasileira e o que disse o grande Gerson, canhotinha de ouro, depois do último jogo pela Copa América: “Para tudo! Tomar olé do time da Colômbia? Não dá! Tem que mudar tudo”.

15:56Convite mantido e trama por fora

Do Goela de Ouro

A oferta da primeira secretaria da Alep para Ney Leprevost em troca da desistência dele da disputa da prefeitura de Curitiba continua – de forma insistente. O governador Ratinho Junior é um dos que mais participa da negociação. Por fora, contudo, tem gente de olho na cobiçada vaga da mesa diretora e,  por isso, costura até uma vice para Leprevost ir para a disputa municipal, deixando livre o caminho no Legislativo.

15:46Dalledone é condenado a 11 anos de prisão

Do portal da Banda B

Dalledone é condenado a 11 anos de prisão em processo que investiga desvios de indenizações de pescadores em Paranaguá

Outras treze pessoas foram condenadas no processo

O advogado Claudio Dalledone Junior e outras treze pessoas foram condenadas no processo que investiga desvios de indenizações de pescadores em Paranaguá, no Litoral do Paraná. Ele poderá recorrer da decisão em liberdade, com uso de tornozeleira eletrônica. A sentença desta sexta-feira (5) foi proferida pelo juiz Leonardo Marcelo Mounic Lago, da 1ª Vara Criminal da cidade litorânea.

Segundo as investigações, o juiz aposentado Hélio Tsutomu Arabori e o cartorário Ciro Antônio Taques, o servidor público Arival Tramontin Ferreira Júnior e o advogado Marcos Gustavo Anderson eram os mentores da quadrilha acusada de se apropriar de indenizações pagas pela Petrobras a pescadores após dois desastres ambientais na cidade entre 2001 e 2004. O advogado Claudio Dalledone Junior representava o grupo e, segundo, o Ministério Público do Paraná tinha conhecimento dos esquemas milionários de corrupção, por isso foi incluído no processo.

https://www.bandab.com.br/seguranca/dalledone-e-condenado-em-acao-que-investiga-desvios/