7:03Se bandidos tivessem sindicato, fariam protesto para denunciar policiais

por Elio Gaspari, na FSP

Faltam bandidos com dedicação exclusiva ao crime e abundam policiais ou ex-policiais na lista de presos por atentados contra Marielle e Gritzbach

Nos últimos anos, o Rio e São Paulo tiveram duas execuções retumbantes. A da vereadora Marielle Franco, em 2018, e a de Vinícius Gritzbach, no aeroporto de Guarulhos, em novembro passado.

Cerca de 20 pessoas estão presas por algum tipo de envolvimento nesses atentados.

A lista tem uma curiosidade: nela faltam bandidos com dedicação exclusiva ao crime e abundam policiais ou ex-policiais.

O matador de Marielle e seu motorista eram ex-sargentos da Polícia Militar do Rio.

No caso de Gritzbach, a promiscuidade foi maior. Um PM da ativa é suspeito de ter feito os disparos. Outros 14 faziam bicos ilegais (e tolerados) nas escoltas do empresário, que tinha negócios com o PCC e colaborava com o Ministério Público. Nesse lote, ao menos cinco PMs estiveram na tropa de elite da corporação. (O matador de Marielle havia servido numa unidade semelhante, no Rio.)

Em tempo: os mandantes da morte de Marielle seriam os irmãos Brazão, gente do andar de cima.

Aviso amigo

Se o novo ministro Sidônio Palmeira, da Secom, não quiser ir para a frigideira pública, conseguirá de Lula algum poder sobre a farândula de eventos que o governo patrocina.

O repórter André Shalders mostrou que a Viúva gastou R$ 83,4 milhões em torno da reunião do G-20 realizada no Rio.

Ganha uma viagem espacial quem souber o que Itaipu tem a ver com uma reunião do G20.

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