de Carlos Castelo
§ São tantas canções de amor, engajadas, outras que brincam habilmente com a linguagem, as rimas, as aliterações…Os irmãos Veloso, com sua música que une sertão e vanguarda, conseguem transformar até um carro estacionado no Leblon em poesia. Para os filhos de dona Canô, a linguagem é um joguinho de montar Lego adulto: uma peça aqui, uma metáfora ali, encaixou, virou arte. Caê com suas letras piramidais, Bethânia com aquela voz de quem poderia declamar até uma bula de remédio que faria o Brasil inteiro chorar. Só que, veja bem, a genialidade é uma coisa bonita, mas sorrateira. Em nome dela, porém, perdoamos muitos pecados. E, no caso aqui, o pecado é a ordem dos nomes no show. Por que “Caetano & Bethânia”? Podia muito bem ser Bethânia & Caetano. Mais sonoro, harmônico, em ordem alfabética. E menos machista e indelicado com a dama que foi curtir um segundo lugar. Contudo, no fundo, lá no fundo, acho que a razão da gafe foi bem outra: a falta de coragem de encarar uma briga em família, ainda mais perto do Natal. Paz e amor, bicho!
Nem demorou muito para surgir sentido “desabafo” do cronista, tentando ironizar crítica um pouquinho ácida sobre o viés
Ideológico de uma crônica??).
Repito: vade retro!!!
E não é que surge novamente a figura, com o mesmo viés embutido.m?