De Ernesto Rodrigues, jornalista e autor de ‘A Globo’
-Não acredito em isenção no jornalismo. Um esforço sincero para apresentar as várias interpretações de um acontecimento é o melhor caminho.
-Não é só um caminho de mão única, ou seja, a Globo julgando a informação e inundando o país. Ela fez isso ao longo dos anos, com uma leitura do que o país estava jogando para dentro dela, mas não concordo com a visão de que havia uma espécie de conspiração: “Vamos controlar a opinião pública brasileira, direcionar só esse tipo de conteúdo, porque conseguimos controlar a população”. Acho essa leitura maquiavélica. O que existia e continua existindo eram profissionais de jornalismo e de dramaturgia tentando fazer conteúdos que pudessem agradar a população, porque televisão só existe se tiver grande público