Uma ironia das políticas públicas brasileiras está no contraste entre aquilo que gastamos com os pobres e o que efetivamente se investe neles. O orçamento destinado a programas sociais, transferências e benefícios assistenciais não é baixo. Contudo, o que a realidade mostra é que não estamos conseguindo transformar o gasto em investimento sustentável para melhorar as condições de vida da população. Em outras palavras, não gastamos pouco para mitigar a pobreza, mas investimos pouco para superá-la de forma estrutural. (Michael França)