Do ombudsman
A jornalista Dora Kramer, colunista da Folha de S.Paulo, escreveu artigo para analisar a “cabeça de extremista de Jair Bolsonaro”. Perfeito, mas lá pelas tantas ela registra que em 1986 ele era cabo do Exército e foi preso por 15 dias por atos de indisciplina relacionados à reinvindicação por aumento de salário. No ano seguinte apareceu como autor de um plano para explodir bombas em quarteis pelo mesmo motivo. Foi julgado, condenado e depois absolvido pelo Superior Tribunal Militar, quando passou para a reserva como capitão. De cabo a capitão em pouco mais de um ano é algo impossível de acontecer. Mas ele fez mais na democracia brasileira. Entrou para a política e, anos depois, de deputado federal anônimo, chegou a presidente da República. Se ficasse como “cabo”, poderia chegar a subtenente e ido para a reserva no anonimato, deixando o Brasil um pouco menos espantado.