por Clodomiro Bannwart*
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Ontem, na capital Federal, morreu um cidadão. Morreu de ódio. Sim, morreu envenenado de ódio. Ele morreu com o desejo de matar. Morreu atirando bombas e destilando fúria contra as instituições da República. Morreu como lobo solitário, saudoso da turba do 8 de janeiro. Registraram os jornais o óbito do senhor Francisco Wanderley Luiz. O cidadão que nela habitava já havia morrido desde quando o rancor passou a ser ofertado como elixir pela extrema-direita. Já havia sido morto desde o dia que foi alvejado pela fúria do gabinete do ódio. Morreu como terrorista. Um corpo insepulto na praça dos Três Poderes, no coração da República. Dói perder um cidadão. O discurso de ódio mata. O fanatismo também! Que os políticos histriônicos reflitam o que plantaram no país. Que os religiosos de arminha em punho repensem o fanatismo maniqueísta que ajudaram a endossar nos púlpitos de suas igrejas.
*Academia Londrinense de Ciências, Artes e Letras