O governo do Paraná apresentou uma explicação para justificar a venda da Celepar, que deverá ser aprovada definitivamente hoje na Assembleia Legislativa. O título da matéria da Agência Estadual de Notícias: ” Desestatização da Celepar vai gerar economia de R$ 19 milhões por ano em cargos” (ver abaixo). Hummmmmm. Os cargos em questão são comissionados e chegam ao espantoso número de 40. Não é preciso pensar muito para saber que eles são políticos e que o governador Ratinho Junior poderia ter extinto todos no dia em que assumiu o governo em 2019. Com certeza deputados da oposição e os funcionários efetivos da empresa vão perguntar: “Precisava privatizar para isso?” Durante seis anos o governador usou politicamente estes cargos. Seu sucessor vai ficar sem eles. Um exemplo: o ex-secretário da Fazenda, Renê Garcia Junior, entrou na folha de pagamento da Celepar por três meses enquanto esperava a aprovação do Banco Central para ingressar no BRDE. Não podia ficar sem salário, não é mesmo? Isso é política!
Basta verificar quantos dias, nesses 3 meses, o ex-Secretário foi efetivamente trabalhar.
Sempre oportuna e atual a fala do personagem Tancredi em O LEOPARDO de Giuseppe di Lampedusa: “Se queremos que tudo fique como está, é preciso que tudo mude”.