por José Maria Correia
“A memória é o paraíso do homem”
Com o perdão do cronista e mestre Rubem Braga que abominava os textos dos memorialistas, como escrever sobre Curitiba sem a evocação da memória? Afinal são mais de sete décadas de andanças e perdições, percorrendo caminhos e descaminhos.
As esquinas antigas que me viram jogando as pequenas bolas de vidro e correndo inutilmente atrás dos balões nas festas juninas, são as mesmas que escondem solidárias até hoje os ecos de minhas ingênuas paixões adolescentes.
Essa, a minha velha Curitiba, confidente única, a parceira do silêncio que comigo dividiu os roteiros juvenis e secretos de sentimentos ardentes e poesias declamadas por inocência e ausência de crítica e malícia.
Com que saudades, Curitiba, vejo ainda nas fotografias do imaginário os lambaris translúcidos povoando todos os rios da minha infância, águas cristalinas terminando em pequenas quedas e cascatas.
E os domingos de futebol, campos verdes e multidões em tardes douradas de encantamento onde o silêncio da pequena cidade permitia ouvir o canto e a comemoração das torcidas .
Como esquecer as doces manhãs de guarda-pós brancos, brilhando alvos como marfim nos pátios de saibro das escolas,19 de dezembro, Julia Wanderley e Belmiro Cesar, onde aprendemos o lema, ‘firme, forte, franco e fiel.”
Quanta devoção pelas primeiras professoras, musas inatingíveis e primeiros amores a criar sonhos febris e fantasias irrealizadas.
E que tempos os do Colégio Estadual, dos esportes olímpicos, do teatro de vanguarda, da música e da literatura, tudo tão diferente de hoje, da linguagem virtual minimalista e da solidão do ensino à distância.
Foi no Estadual, na antiga biblioteca, com a cumplicidade dos mestres e eruditos, que expandi a mente, devorei a trilogia “Os Subterrâneos da Liberdade” e toda a coleção de Jorge Amado, autor proscrito e no índex da ditadura militar que nos sufocava e restringia , mas não nos submetia.
E os roteiros underground: o voyeurismo de espiar as lindas modelos posando nuas no subsolo da Biblioteca Pública, os olhos grudados nos vitrôs semiabertos embaixo da rampa e as mãos nervosas nos bolsos das calças .
Levar as namoradas de surpresa na terrível morgue da Universidade, e tirar proveito da imobilidade causada pelo terror da visão da morte mumificada em formol para minutos de roubado erotismo.
Invadir à noite os porões e os labirintos onde aconteciam os rituais de iniciação das lojas maçônicas, tentar decifrar as inscrições e os símbolos proibidos e os desenhos de esqueletos.
E finalmente a prova suprema de coragem, pular o muro do Cemitério Municipal à meia noite e atravessar sozinho de ponta a ponta, passo lento e sem pressa, entre assustadoras cruzes de bronze e sombrios anjos de pálido mármore iluminados por esquecidas velas e círios até ajoelhar ao pé da tétrica Cruz das Almas e trazer como prova a cera derretida das velas do dia de finados.
Essas proezas conferiam status, só não me perguntem quem criava tais desafios que depois foram sucedidos por outros como atravessar de carro ou de moto a Galeria Tijucas fugindo da poderosa Harley Davidson do implacável guarda Guerra do Detran .
Depois, deixado o Estadual e já na Faculdade de Direito na Federal vieram outros enfrentamentos bem mais sérios , riscos maiores e nem sempre considerados.
Em 1968, o ano da rebeldia em todo o mundo , aqui fizemos a tomada da Reitoria na luta pelo ensino público e gratuito, os muitos confrontos com a repressão, as passeatas que tomavam toda a Rua Quinze e as barricadas que erguíamos com os paralelepípedos que arrancávamos com apenas com as mãos.
Comícios relâmpagos proibidos , panfletagens, jornais clandestinos e mensagens de protestos pela cidade pedindo o retorno do estado de direito e das liberdades públicas.
Tudo que significava contestação era censurado e proibido. Livros, filmes, teatro, músicas, jornais, reuniões.
Quem era preso apenas por se posicionar contra o arbítrio ficava recolhido, uma longa temporada nos presídios. Quem escapava , resistia e na rua permanecia por conta e risco até escolher entre o exílio e a clandestinidade.
Essa foi a geração do festival de Woodstock, dos cabelos longos , do amor não tão livre como diziam e da consciência dos manifestos de coragem , da utopia por uma sociedade mais justa dos mimeógrafos, da tinta spray e das canções contra os tanques e os blindados, as bombas e as torturas nos calabouços.
Contra os fuzis, os cassetetes e os mosquetões, apenas os estilingues e as pedras como fazem hoje as crianças e os adolescentes na Palestina.
Quando eu poderia imaginar que hoje, com um simples celular, se divulgam livremente milhões de mensagens de protestos e denúncias , enquanto em nosso tempo o arbítrio criminalizava com violência e brutalidade umas dezenas de panfletos em nossas mãos por pedir liberdade de expressão.
Mas é olhando para esse tempo que não morre nunca que remanesço ainda um peregrino de todos os meus lugares santos.
Sou romeiro do antigo Bar do amigo Pasquale, cantado em prosa e verso pelos escritores Dante Mendonça e Carneiro Neto, pares da Academia Paranaense de Letras.
O Passeio Público, por décadas a nossa praia curitibana, onde no rio de concreto deslizavam canoas e pedalinhos circunavegando a Ilha da Ilusão do poeta Emiliano Perneta , ali coroado o Príncipe da Poesia.
Socorrido sempre fui nas emergências da fome pelos sanduiches de pernil do bar Triângulo e comensal de jantares em neblinas invernais no restaurante Palácio da Barão do Rio Branco onde mulheres desacompanhadas inexplicavelmente não eram admitidas, ordens da casa- diziam os cordatos garçons Mozart e Adriano.
E é na memória emotiva já fragilizada que ainda procuro todos esses lugares.
Procuro eterna e inutilmente a minha taça de morango com nata, objeto de desejo, encantada e perdida para sempre em alguma mesa de almoço de domingo com meu pai no restaurante Bar Paraná da rua Quinze de Novembro.
Procuro na dor da perda, o pai, com um grito que não cala em meu coração e ecoa esses anos todos, cada vez mais sofrido, mas também cada vez mais próximo de silenciar na eternidade .
Procuro na orfandade adulta o abraço da mãe que nunca mais sentirei.
Procuro inutilmente, mesmo em lembranças, minha juventude e a mim mesmo.
Tenho nostalgia do que fui, do que vivi.
Nem sei se estive mesmo em uma noite de delírios de meu corpo jovem na imagem caleidoscópica multifacetada em cor neon- luxúria, criada pela célebre Maria Japonesa na magia da cama giratória , como uma imensa roleta, a do quarto dos espelhos da boate 4 Bicos, o enorme chalé no formato suíço, na Vila Oficinas onde muitas belas mulheres foram atraídas por convincentes cafetões e gigolôs .
A pobre Maria, de sobrenome Guilhermina, foi arruinada por um deles e de rainha da noite curitibana acabou como idosa dependendo de favores das antigas garotas que agenciava para poder sobreviver.
Coisas da noite sempre implacável em seus mistérios onde brilhavam as cigarras em volta das luzes de neon.
E a imensa boate Stardust iluminando a noite da Praça Osório e o repuxo das sereias que pareciam dançar ao som dos boleros de Armando Manzanero .
As lembranças voam, mas sempre retornam .
No antigo estádio Joaquim Américo eu me sentava à sombra dos pinheiros e nas arquibancadas de madeira onde se sentia o cheiro inebriante do éter dos vestiários logo abaixo, e da fumaça dos bifes dos churrasquinhos das barraquinhas logo acima.
A memória tem odores , sabores e sons .
Fechando os olhos ainda agora escuto os gritos a cada gol do furacão rubro-negro, o verdadeiro do Jackson e do Cireno, assim como escuto em meus sonhos de olhos abertos, as batidas de pés no assoalho do Cine Curitiba a cada vez que arrebentava a já gasta fita do antigo seriado do maléfico vilão Fu-Man-Chu ou do paladino herói Sombra (pam /pam/pam/pam/pam/pam.)
Cada vez que vou ao aeroporto ainda ouço ao longe os metais da orquestra do maestro Genésio do dancing Águas Belas, perto do primeiro motel, o 007 do pioneiro Cobrinha, e as sirenes assustadoras das viaturas em mais uma das intermináveis batidas policiais da Ronda do Delegado Paulo Lagos e intuitivamente olho em volto em busca da proteção do armário em que, menor de idade me escondia.
E no porão do prédio da antiga sede do Clube Curitibano no centro da cidade ainda paro para escutar o eco do querido cantor Natinho em dueto com a paraguaia Perla da animada boate dancing Presidente, do gigante night-man o saudoso Coelho, “ Galopeiraaaaa ,eu também entrei a bailar…”
No fim da madrugada e já raiando o dia e lá perto do Clube Operário, na boate Caverna da Bruxa eu ia encontrar o craque e ídolo do Atlhético , o Zé Roberto, o Gazela de Ouro, tomando a penúltima e descrevendo para as meninas os gols que faria algumas horas depois , fugido da concentração e do velho técnico- o grande Tim, quando já jogava pelo rival Coritiba.
Dos carnavais lembro bem que em um grandioso baile, do Clube Operário, suprema glória da viadagem curitibana, o decano os gays , o delicado Osvaldinho abandonou por uns dias o banco onde reinava na Praça Osório, seu ponto para seduzir os soldados vindo do interior para ir desfilar no internacional Gala Gay.
Foi fantasiado de Candelabro Italiano, um traje desenhado pelo figurinista Clovis Bornay e inspirado no filme sucesso da época com a música hit-parade Aldila e estrelado pela bela dupla Suzane Pleshette eTroy Donahue.
Não deu muito certo e nesse famoso desfile, o Osvaldinho com um corpo de toureiro espanhol, entrou em cena com candelabros e velas acesas em cada braço e plumas, muitas delas de pavão por todo o corpo e muito bem maquiado.
O público vibrou com a coreografia, só interrompida pelo inesperado incêndio causado pelas chamas sobre os adereços, o que forçou o bravo artista a ser retirado nos braços atléticos de um dos bombeiros de plantão ,para delírio da viadagem.
Há quem diga que nosso representante Osvaldinho foi vítima de sabotagem de um jovem travesti argentino que desfilava seminu e agiu por inveja da bela fantasia de Candelabros que havia sido financiada por damas da sociedade que eram amigas do Osvaldinho, mordomo de uma das mais tradicionais famílias curitibanas.
Já em outra Rua, a tradicional Comendador Araújo quase ao lado da Igreja Presbiteriana, estouravam todas as noites nas panelas as pipocas do maitre Orlando na boate Gogó da Ema, metade milho, metade sal para matar de sede os clientes, circunspectos doutores em seus ternos escuros e gravatas de seda das coleções da elegante Casa Coelho .
A boate faturava alto nos drinques fajutos de frutas chamados de clericô , Campari ou Saint Remy exigidos por ordem da casa e consumidos pelas meninas de programa, docemente apelidadas de bailarinas, embora só bailassem mesmo na cama das espeluncas onde eram levadas pelos fregueses.
Para os cavalheiros uísque batizado produzido cuidadosamente pela boa destilaria do querido Vovô Rovedo, saudoso parnanguara , bebida que em muitos aspectos superava algumas marcas populares conhecidas no Brasil .
E para os clientes mais considerados era servido o legítimo escocês providenciado pelo contrabandista Mandico da loja da Avenida Vicente Machado.
Quando a boate fechava iam todas as moças em séquito matar a fome com uma canja da madrugada na cafeteria do Hotel Colonial, sempre servida com gentileza pelo garçom Antonio Colaço.
Ali ouviam por horas e até o nascer do sol as histórias cheias de ironias, sabedoria, metáforas e advertências aos boêmios, platéia cativa do sábio velhote Ernesto Perly.
O colonial era uma espécie de exílio da boêmia onde se reuniam jornalistas, artistas, músicos ,advogados, delegados , políticos, juízes, promotores , escritores, , pequenos traficantes, garçons e toda a fauna noturna que tem seus códigos, valores e redutos.
O amplo salão tinha suas turmas e no centro a mesa redonda cativa que o decano Perly dividia com o escritor Jamil Snege, comigo , o vereador Emilio Mauro e o publicitário Almir Feijó.
Circulando ficava o terrível rufião apelidado de Açucareiro por sempre estar em pé com os braços em forma de xícaras ao redor das mesas.
O genial repórter policial Ali Chaim, codinome Califa 33, as chamava de bruxas de pano, já que ao final de noite surgiam , trágicas, cansadas e entristecidas como a pintura da Sien de Van Gogh.
O fato é que por onde andei tratei de marcar como sacras todas essas referências antigas.
São todas portas que já se cerraram .
As dos botequins e armazéns vizinhos dos bons polacos Estacho e Popadyuk que nunca mais serão abertos e que tinham em suas prateleiras vidros coloridos e opacos com os mais preciosos tesouros de minha infância, balas de ovos, balas de banana de Antonina, as figuras do Zequinha, copos de capilé, biscoitos Lucinda e Maria Mole e muitas folhas de papel de seda para as nossas pipas que em curitibanês se chamam raias.
Só esta Curitiba que tanto vimos ser atacada nos programas eleitorais jamais de deixar de amar e sendo única, foi minha companheira de desabafos etílicos em madrugadas brancas de névoa, paixão e neblina entre rubros vômitos de Cuba-Libre, Gin e Hi-Fi, drinks de adolescentes que nunca souberam beber.
Nas esquinas ficaram também as serenatas e os buquês de rosas que se revelaram inúteis , o bumbo silenciado do Fernandinho Louco , o som nas radiolinhas de pilha do Rock Around The Clock, Elvis Presley, twist, Chubby Checkeer, Beatles e Rolling Stones.
Só encontro agora nos museus de carros antigos o ronco dos escapes abertos dos DKWS e dos Gordinis em que o poeta Celso Portugal, o Guido Cecato e meu irmão Murillo faziam seus rachas da madrugada para aflição dos pais que sempre arcavam com os prejuízos das rodas tortas e dos paralamas amassados.
E uma a uma as lembranças foram substituindo as ilusões dos amores que seriam eternos ,mas não foram, das conquistas definitivas e dos amigos que durariam para sempre, mas já se foram sem despedida e muito antes do combinado.
Os rios e os riacho foram sucumbindo e as estrelas encobertas pelas luzes artificiais desistiram de pedir socorro, mas ainda estão lá nas mesmas madrugadas velando os doces cantos de amor dos sabiás laranjeiras
E os cinemas, ah os cinemas esses são os insubstituíveis, na Praça Zacarias e em frente da minha grande academia de artes marciais, a Budôkan , escola de gerações , havia o velho Luz com os cartazes de Sansão e Dalila pintados à mão pelo artista, o gigante investigador de polícia e meu amigo chamado de Maciste.
Na rua 15 o Avenida com as superproduções e épicos entre eles, Os Dez Mandamentos que tanto me impressionou.
E para as crianças e adolescentes as matinadas do cinema Ópera com os desenhos depois da missa e a as matinês do cine Palácio com as comédias água com açúcar de Dóris Day e Rock Hudson, estranhamente adorados pelo exigente Paulo Francis, embora de qualidade primária e sem nenhum conteúdo.
Nas bombonieres se buscava um drops Dulcora- a delícia que o paladar adora”, balas de chocolate e azedinhas, e life savers em formato de salva vidas tudo era diferente. mágico e apreciado.
O destaque era o gigante Cine Vitória que foi o nosso Chinese Theater tão louvado pelo cronista misógino da Tribuna, meu tio , o decano dos críticos de Cinema Ernani Gomes Correia, sempre impecável em sua inseparável capa de gabardine italiano e que ciceroneou Janet Leigh e Karl Malden depois de um festival organizado por ele e os colegas jornalistas , com direito a um jantar na Confeitaria Iguaçu da família Mehl.
Ernani frequentava Nova Iorque em uma época em que poucos o faziam , década de 60 e por lá indo aos teatros e cinemas acabou se aproximando de seus ídolos Marlon Brando e Joan Crawford, rival de Bette Davis , as duas vencedoras do Oscar, quando a premiação era mais séria.
Quem diria que eu que coloquei terno e gravata aos 15 anos para ver Janet Leigh ao vivo em 1964 ao lado do galã o jovem governador Paulo Pimentel, confundido com um dos atores convidados para a estreia. iria ver em 2023, bem depois de meio século a filha Jamie Lee Curtis recebendo a estatueta na transmissão do Oscar.
E quem imaginaria também que os grandes cinemas seriam primeiro transformados em bingos, depois em igrejas mercenárias ou estacionamentos, deles restaram só fotos e cartazes desbotados como se fossem figurinhas coladas para sempre nas páginas do álbum de minha alma-casa de memórias .
E de tantas perdas, salvo apenas as lembranças.
Os mortos que já procurei desesperadamente, desisti e não procuro mais .
Nem esperando inutilmente que um dia renasçam ou desmorram para me fazer companhia.
Sou eu que em algum momento deverei partir, sem protestos ou tristezas e minhas cinzas ficarão aqui por Curitiba à sombra dos ciprestes , das alamedas dos chorões ou dispersas por onde o vento as levarem como um sopro de adeus.
Mas procuro agora os vivos e a coragem de gritar bem alto quanto eu os amo e que a vida seria impossível sem cada um dos que restaram e dos que vieram depois.
E assim, já que o tempo não volta mesmo e as pessoas não se desencantam, fico com a alternativa única de que falava o poeta Rylke, viver apenas o que resta, mas com toda a plenitude em minhas causas e onde exista amorosidade.
Amparado com a esperança demencial a que se referia sempre o magnífico escritor argentino Ernesto Sábato.
Portanto – “ Viver tentando compreender tudo como um recomeço e não um fim de linha pois “a vida é o sonho de ontem que não retornará” como disse o poeta Gibran Kalil Gibran”.
E proponho me convidar e ao raro e indulgente leitor para as palavras que roubei :
“A aventura da interminável “gravidez do mundo, onde todas as manhãs, apesar de tanta desesperança, há um radiante parto de luz” e a rara perspectiva de um esperado reencontro com amores, ilusões e seres, que apesar de perdidos para sempre ainda habitam em cada um de nós.
Encontrar o que o destino trouxe e que e de quando em quando emerge.
Seja como miragem ou ilusão para nos aliviar e consolar.
A vida é o sonho de ontem que sonhamos sempre, não sei se haverá depois.
Somos sobreviventes dos tempos mais estranhos e sombrios dos quais escapamos de que retornassem agora nesta última eleição.
O dos funerais em massa de doentes solitários e amargurados que partiram sem despedidas nem cerimônias, em boa parte iludidos ou desassistidos . vítimas do negacionismo e da afronta à ciência .
Viva a Vida
Viva a Ciência
Abaixo o obscurantismo
Que dizer, prezado Zé Maria? Você, com o seu talento reconhecido e aplaudido, pôs a sua alma nas letrinhas e nos trouxe de volta uma Curitiba de tantas saudades. Bravo, velho companheiro! Um grande abraço.
Sensacional o texto. No alto dos meus 72 anos tive ao ler o texto o prazer de reviver praticamente tudo o que passei em minh vida. Lugsres, pessoas, prédios, sonhos ilusões e desilusões. Obrigado por este momento estepeciial
Que homenagem linda! Não a Curitiba, mas a sua memória, que deixa transparecer ficou muito feliz com todas estas lembranças que vc foi lá buscar… Como mais moço sou, uns bons 10 anos, acabei conhecendo um pouco de poucas coisas que ainda restavam quando para Curitiba acabei vindo, afinal cheguei atrasado aos anos 60 e 70, período para o qual tenho certeza fui parido, pois lá estão minhas melhores escolhas….
Brilhante, Zé Maria! “A memória tem odores, sabores e sons”. O presente exige discernimento, crítica fundamentada e conclusões lúcidas sobre os riscos que corremos e os caminhos que precisamos evitar. Pela ciência, pela vida e pelo amanhã. Como chegamos aqui, se as memórias nos mostram tanta criatividade, dedicação, emoção e ousadia? Em algum momento, os tolos viraram uma massa barulhenta e disposta a impor aos demais os seus pontos de vista. Mas ainda há esperança. Quem tem memória não perde a capacidade de aprovar o que é bom e rejeitar o que é ruim.
– Não gosto de sorvete de Natal com morango.
– Se esqueceu da Caverna.
– No Estadual pulei da plataforma da piscina ( uma vez só. E de ponta.
Viu como eu te li todim…
…de nata, disse.
Grande Zé Maria meu Xerife predileto ………fantastico sua escrita pois cheguei em Curitiba em 1971 ( nascido em santo antonio da platina mas vindo de Ivaiporã) , viajei em tudo que vc descreveu ………vc é o cara…………….joao feio
Parece vinho, Zé?
Passa o tempo e alcança o sublime.