8:16NELSON PADRELLA

Quando a guerra acabou eu tinha sete anos. Lia os jornais que o Pai trazia, ficava sabendo do que se passava no mundo e no meu país. Então, uma coisa mágica aconteceu.
A alegria voltou a sorrir no rosto das pessoas, tinha-se esperanca que nossos pracinhas que pereceram na Itália não morreram em vão. Eles ajudaram a salvar o mundo do Fascismo. E então, todos nós tínhamos uma dívida de sangue com esses heróis.
Foi quando compreendemos a dimensão do que tinha acontecido. E passamos a amar e a respeitar a aventura desses garotos que foram lutar por nós, defender nossos valores, criar uma pátria brasileira.
Eu me lembro da maneira como as pessoas se tratavam: o respeito pelos heróis sepultados em Pistóia, os abraços no meio da rua, as lágrimas de saudade pelos que não retornaram. Imagens que ficaram gravadas para sempre, de um país que renascia, de um povo cheio de esperança, e a certeza de que nunca mais, nunca mais mesmo, nenhum brasileiro voltaria a flertar com o Fascismo.

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