Do enviado especial

Os portos de Itapoá e São Francisco do Sul, em Santa Catarina, receberam o aval do Ibama para aprofundar o canal de acesso para 16 metros. Assim, poderão receber navios de até 366 metros. A obra vai custar R$ 300 milhões. Quando Roberto Requião colocou em Paranaguá seu irmão Eduardo como superintendente do porto, a situação ficou tão grave que ele recebeu o título de “melhor governador de Santa Catarina”. O estado vizinho acelerou a modernização de seus portos enquanto os mais céticos e irônicos paranaen

ses achavam que, se a situação se agravasse mais no litoral do estado, o porto seria perfeito apenas para a atração de caiaques. Agora não se chega a tanto, mas enquanto se defende a obra para aprofundar o canal de chegada dos navios, desde 2019 nem a licença para o Ibama foi pedida para tanto. O motivo é simples e foi divulgado: a ideia de privatizar o canal. No cais do porto quem entende do assunto garante que, com os recursos do Moegão, projeto que vai custar quase R$ 600 milhões para capacitar o descarregamento simultâneo de 180 vagões de trens em três linhas independentes, seria possível aprofundar o canal e possibilitar a chegada navios com grande calado e, assim, trazer de volta ao Paraná o hub de contêineres.