Nos dias que eu precisava de sinceridade, vestia minha roupa mais brega e ia até a Rua Quinze tomar o tradicional cafezinho. Era ali que encontrava os amigos. E onde exercia minha invisibilidade.
Dia seguinte, botava um terno e gravata, sapato brilhoso, sorriso na cara. Vinha todo mundo pra tomar cafezim, quanto tempo o amigo não aparecia, pensamos que estava nas oropa.
Não tomo mais cafezinho na Boca. Garrei desgosto por café.