9:02Traição como munição de campanha

Assim que foi oficializada a pré-candidatura de Rosangela Moro como vice na chapa de Ney Leprevost, a tropa de choque de Eduardo Pimentel tirou da gaveta uma munição que estava só esperando o momento para ser colocada como uma das possibilidades de ser utilizada na campanha – se a disputa ficar feia. O artefato tem até nome: traição – e atinge tanto ela quanto o marido, afinal, o sobrenome é a marca do senador. Começa com o fato dos dois terem mudado de domicílio eleitoral de Curitiba para São Paulo – e neste ponto arremata com o retorno de Rosangela (Sergio foi obrigado pela Justiça) para a capital, deixando 200 mil eleitores paulistas chupando dedo. Volta no tempo ao lembrar que o ex-juiz federal abandonou a carreira que o fez famoso na Lava Jato, foi convocado por Jair Bolsonaro para ser ministro da Justiça e deixou o cargo um ano depois, já sonhando em se candidatar à presidência para disputar contra o ex-chefe. Para dar um molho apimentado, está anotado o epísódio da votação para que o ex-comunista Flavio Dino se tornasse ministro do STF. Até hoje não se sabe se o senador votou contra ou a favor, porque ele nunca abriu o jogo sobre sua escolha. Isso só alimentou a especulação de que não remou contra a maré.

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