6:16LEROS

de Carlos Castelo

Tanta gente contando histórias com a Rita, também vou contar a minha. Corte brusco para a finalíssima do Festival dos Festivais, da Globo, em 1985. O grupo Língua de Trapo está interpretando a minha composição (com Ayrton Mugnaini Jr.), “Os metaleiros também amam”. Assisto a performance da boca do palco. Nervosíssimo, é claro. A Rita Lee, que era jurada do festival, do nada, se posta ali do meu lado. Até hoje não sei a razão, já que ela deveria estar junto aos outros avaliadores. O fato é que, sem saber quem eu era, a cacica do rock brasileiro passa a rir muito do que vê. Fico olhando, ora para ela, ora para o palco, até o final da música. Não há comentários de ambas as partes, somente risadas e mais risadas. Ela volta ao júri, eu volto ao camarim. Nunca mais voltei a ser o mesmo.

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