“Uma guerra contra o Brasil” é um livro da editora Topbooks que será lançado na próxima semana. Nitroglicerina pura. Foi escrito na primeira pessoa por Emilio Odebrecht, o principal dirigente da famosa construtora. Quem já leu afirma que, no texto, muito mais que relatar as fraturas familiares resultantes do que expôs a Lava Jato, o poderoso deixa claro que o propósito desta foi inabilitar a candidatura de Lula à presidência, eleger Bolsonaro e aniquilar a poderosa indústria nacional da construção pesada, abrindo caminho para concorrentes estrangeiras. Um número: até ser ser moída pelos procuradores federais comandados por Deltan Dallagnol – e pelo então juiz Sergio Moro, a partir da República de Curitiba, a baiana Odebrecht tinha 180 mil funcionários espalhados pelo planeta. Hoje foi reduzida a 25 mil, mais de seis vezes  menos. Foi o jogo jogado. O embaixador Rubem Ricúpero escreveu o prefácio do livro de Emilio. Por ser inédita, a leitura é obrigatória para quem quer conhecer um pouco das entranhas do país e cotejar o relatado com os fatos recentes da história, mesmo porque dois dos principais personagens, Moro e Dallagnol, protagonistas do que seria o lado dos mocinhos, saíram do anonimato e hoje são parlamentares no Congresso Nacional, eleitos que foram pelos paranaenses.