SOCANDO PORTA DE QUARTEL
Eram tantas as brincadeiras naqueles gloriosos acampários. Eram tantas alegrias enquanto, entre ansiosos e amedrontados, esperávamos ajuda do espaço sideral, seja lá o que isso signifique.
A gente brincava de Carla, a Louca, e um de nós era sorteado e saía atrás de todo mundo, com um trintoitão. Quem ficasse encurralado recebia três tiros, a Carla recebia uma salva de palmas e o morto era defenestrado. Uma vez jogaram o cara por cima do muro do quartel.
A gente brincava de Jefferson, o Louco. O cara se armava com tudo que pudesse e gritava: “podem vir”. A gente ia e era recebido a pedradas, uma vez rolou até tiro, não sei daonde que saiu o revólver.
Bons tempos. Quero ver como é que a gente vai se divertir se rolar Democracia.