Os idiotas da objetividade dirão: ele não fez quase nada em campo. Os mesmos que teimam em menosprezar Zico, porque “ele não ganhou uma Copa do Mundo”. Mas revejam o lance do gol que começou a tirar a Argentina de uma pressão estratosférica na partida contra o México Não, não vamos falar do chute mais que preciso, com o lado externo daquele pé esquerdo que produz encantamento há anos e a bola o reverencia. Não, naquele único momento em que o deixaram livre, de frente pro gol, no passe de outro monstro, de nome Di Maria, reparem o encontro dele com ela, que veio da direita. Ali o menino fez o carinho e o pedido – e ela, agradeceu por ser mais uma vez tocada por um que nasceu com o talento dos raros privilegiados entre os 8 bilhões de seres deste Planeta – e ficou pronta, e atendeu para a explosão em alegria e gol. O resultado: 2 a 0 – e o gol de Fernandez foi lindo, numa tarde e numa Copa de reverência ao melhor do mundo há anos.