Estou no meio dos pinheiros de Campo Magro. Bate na minha cara o vento de um inverno que esqueceu de partir. No Natal teremos neve? Não me venham com renas, que a carne é fraca e está pelo preço da morte. Morte, no caso, do animal que se prestará a ser peru na noite que a estrela de Belém, também chamada Fafá, vier honrar nossa mesa. Cada um tem a rena que merece. Natal não é para todos. Faz um frio desgraçado, eu entre pinheiros, sem Fafá ou alfafa, vejo perus atrás da cerca. Peru de fora não entra. O bom peru não berra.