Do correspondente internacional
Ontem, no X Fórum Jurídico de Lisboa, juízes e representantes dos empresas que administram os planos de saúde privada participaram de um painel sobre “Saúde, acesso e eficiência”. Depois deles, um ex-ministro de Portugal disse com todas as letras o óbvio, ou seja, que a saúde é um bem público, na contramão dos discursos que o antecederam. Ao final não abriram para perguntas. Na plateia uma claque de assessores e representantes dos planos. Um que conhece a realidade brasileira disse que ausentes estavam os 49 milhões de usuários brasileiros e as famílias dos autistas que tiveram seus tratamentos interrompidos pela recente decisão do Superior Tribunal de Justiça do Brasil. Em tempo: o relator do voto que julgou o processo favorável aos planos de saúde estava na plateia – animado e sorridente.