por Mário Montanha Teixeira Filho

Ainda restam quatro horas. O que fazer nesta segunda-feira modorrenta? Acordei cedo, com disposição de me desintoxicar, suspender temporariamente a bebida, dar início a uma nova fase na vida. Até agora, nada. Apenas o passar arrastado das horas e um pouco de fome, o que é natural.

Fico a admirar os seres modernos e suas preocupações, o seu encantamento com o mundo eletrônico, maravilhas da tecnologia. Pronto. Roubaram-nos, ao que parece para sempre, o que sobrava de liberdade. Nada mais de frases, de pensamento, letras desenhadas em folhas de papel. O grande deus engoliu tudo.